DA SÉRIE: ENSAIOS
QUE NOS LEVAM A PENSAR
Subsérie:
Analisando nossa relação com o universo
O homem é o único
animal que busca sua origem e o seu destino...
“gnōthi seauton”, “nosce te ipsum”, “conheça-te a ti mesmo”
1(AB). Em termos cósmicos, as abordagens metafísicas, por si mesmas, têm conotações
intuitivas, mas vamos por partes: no princípio, o que fez a humanidade se
desenvolver foi a lógica intuitiva; depois, veio a lógica racional, e, bem mais
adiante, a lógica formal Aristotélica; bem mais recentemente passamos pela
lógica dialética da síntese da “ideia” de G. W F. Hegel (1770 1831), fruto do
coroamento da lógica transcendental de Immanuel Kant (1724 1804) na sua crítica
da razão pura e suas antinomias. Os
entreveros entre ambos disfarçam isso. Mesmo anteriormente com o advento do
método científico de pesquisa, intuído por Descartes (1596 1650), olha a
intuição! (Se puder, analise a obra de Francis Bacon, (1561 1626) a quem,
muitos não têm como o pai da ciência, mesmo se não o foi, mas, pelo menos foi
quem enxergou e intuiu os caminhos da pesquisa). É bom que se diga que o
verdadeiro precursor das ideias de Sir Francis Bacon foi outro pensador Inglês,
Roger Bacon (1221 1295). Após isto tudo, e com as “ideias” de outros
pensadores, que não vamos citar aqui por absoluta falta de espaço, (nunca entendi,
onde anda ou está, esta tão citada falta de espaço, deve ser na burrice de quem
escreve), o desenvolvimento da ciência realmente tomou impulso, principalmente
nas áreas correlatas às ciências exatas.
2(AB). Formulando perguntas e encontrando respostas é que chegamos à Lua e chegaremos
às estrelas. Mesmo sabendo que vive com seus desacertos em sua busca pelos
acertos, o homem transcende a si mesmo. Não custa lembrar que o “picturista”
rupestre de há vinte ou trinta mil anos já tinha a mesma capacidade cerebral do
homem tecnológico atual. O espírito
humano estará sempre voltado para sua origem. Toda a humanidade gasta tempo ou
dinheiro em sua busca das estrelas. A maior nação do planeta gasta bilhões de
dólares nos projetos espaciais e isto com aquiescência da maioria de sua
população; CAPELA nunca será esquecida!!!... A história espírita de capela
merece um ensaio à parte.
O ENIGMA DA VELOCIDADE DAS GALÁXIAS
3(AB). Sobre os mistérios do Universo já foram feitas quase todas as perguntas (e
encontradas muitas respostas), menos para esta pergunta: Que força tão poderosa
acelera as galáxias a velocidades tão grandes? Pois, conforme cálculos
astronômicos, fontes emissoras de luz que estiverem a vinte bilhões de anos-luz
de distância, estarão próximas de ultrapassar ou já ultrapassaram a velocidade
da luz. No Universo da “Grande Bolha” mais de noventa por cento da matéria
deste Universo está na parte central, mais próxima da grande esfera vazia, na
forma de matéria escura mais adensada e em constante, e crescente adensamento.
Assim fica identificada a fonte da força que acelera os focos massivos ou
galáxias a tais velocidades.
A TERCEIRA ESFERA E A FÍSICA DE
EINSTEIN
4(AB). Resta dizer ao mundo que o Universo é
reverso; falta esclarecer por que o Universo é considerado em fase de expansão
e não de contração. A pista está na teoria da relatividade generalizada de
Albert Einstein. Antes recordemos a textura do nosso Universo da “Grande
Bolha”, onde a primeira textura é a forma vazia existente numa enorme esfera
central, ausente de qualquer vestígio de matéria, a segunda textura é outra
esfera que envolve a primeira e é onde está localizada quase toda a matéria
escura faltante no Universo dos cosmólogos e que representa muito mais de
noventa por cento de toda a matéria do Universo. A terceira e última textura é
também a última esfera e que contém muito menos de dez por cento de toda a
matéria do Universo, sendo a maior parte em forma de corpos massivos, como
protogaláxias, galáxias, nebulosas, aglomerados-globulares, quasars, pulsars,
buracos-negros, etc. etc. Esta é a zona do caos, do turbilhão, dos megaacontecimentos
cósmicos e da constante impermanência; este é o mundo das galáxias, este é o
mundo einsteiniano. Foi neste mundo que Einstein visualizou suas megateorias,
fundamentadas (conforme ele) nas leis de Galileu, de Newton, Lorentz, e
principalmente nas quatro leis de campo de Maxwell, que as deduziu das leis de
Faraday. O que na realidade a lei da relatividade restrita nos diz é que todas
as leis da natureza são invariáveis com respeito à transformação de Lorentz e
que sua validez é para todos os Sistemas Coordenados inerciais em movimento
uniforme, uns em relação aos outros, e que a física clássica é um caso
limitativo da relatividade restrita, sendo chamada relatividade restrita porque
se restringe somente aos Sistemas Coordenados inerciais, em movimento uniforme
uns em relação aos outros, não abordando a lei maior do Universo, que é a
gravitação, pois é a gravitação que dá forma ao Universo.
5(AB). Assim como a relatividade restrita é um caso limitativo da relatividade geral,
Einstein chegou a uma linha de raciocínio, em que as equações, embora mais
complicadas, seus princípios básicos e fundamentais são extremamente mais simples.
Os conceitos de tempo absoluto e de sistema inercial desaparecem por completo;
a desigualdade entre massa gravitacional e massa inercial não mais existe;
desde a relatividade restrita, energia e matéria se inter-existem, segundo a
equação E=Mc2. Observe que a transformação de Lorentz já considerava
as propriedades “quadridimensionais” de um espaço-tempo, isto muito antes de
Einstein, e na transformação clássica somente as nossas conhecidas três
dimensões, sendo o tempo tido como absoluto em todos os SC inerciais, por isto
o tempo não é considerado na equação da transformação clássica. As leis da
relatividade geral, ou seja, as novas leis, não invalidam as leis anteriores,
ou as velhas leis; sob certas injunções e condições, todas as leis são válidas.
O conceito de inércia primeiro foi concebido por Galileu, tendo sido depois
formulado por Newton como a lei da inércia; a inércia é o princípio fundamental
da física. Assim, toda física está alicerçada num raciocínio de Galileu. A
teoria da relatividade geral nos mostra a importância do conceito de campo em
física, embora vivamos num mundo euclidiano, onde é fundamental o conceito de
matéria tridimensional, mas, assim mesmo, Einstein nos ensina que o nosso macromundo
(Universo) “(da terceira esfera, assim achamos!)” não é euclidiano e que a
natureza geométrica do mundo é moldada por suas massas e suas velocidades, por
isso é que a textura da terceira esfera do Universo da “Grande Bolha” é o mundo
de Einstein, onde a geometria euclidiana, em termos cósmicos, não tem nenhuma
expressão equacional. Na textura da terceira esfera predominam as concentrações
das grandes massas e das grandes velocidades, o que não ocorre nas outras duas
esferas. Isto assegura a validez do item (02). O conceito de campo era
desconhecido na época de Newton; caso contrário estaríamos trezentos anos
adiante no desenvolvimento da física. O grande feito de Einstein foi, contra
tudo e contra todos (no sentido de não ser compreendido) ter formulado uma
teoria em que eletromagnetismo, ótica e gravitação eram interdependentes. É
sabido que, conforme a relatividade geral, a gravitação não é
uma resultante
da interação entre as massas, mas, sim, a distorção do espaço na presença das
grandes massas (sic). Como a textura da terceira esfera do Universo da “Grande
Bolha” é o mundo das grandes massas, natural que seja uma zona de plena
distorção do espaço, daí a nossa visão de expansão do Universo e não de um
Universo em contração, como na realidade é, e está.
CONSEQÜÊNCIAS
DE UMA EXPANSÃO ATÉ,
OU ALÉM DO
LIMITE DA VELOCIDADE DA LUZ.
(ANALISANDO O UNIVERSO COMO UM TODO)
6(AB). Conforme o principal conceito da cosmologia ou princípio cosmológico, o
Universo é isotrópico e homogêneo. É isotrópico porque nele supõe-se que, de
qualquer parte do Universo dos cosmólogos que se o observe, tem-se a mesma
visão deste mesmo Universo. A ciência que estuda o Universo estabeleceu que ele
é homogêneo, em conseqüência da suposição do isotropismo. No entanto esta mesma
cosmologia confessa que não sabe onde se encontram mais de noventa por cento da
matéria deste Universo! Como pode, então, afirmar que ele é homogêneo e
isotrópico? Isto leva-nos a raciocinar que somente este Universo diminuto (que
é o Universo conhecido ou dos cosmólogos é que é tido como isotrópico e
homogêneo. Num raciocínio lógico e puro, nada se pode afirmar sobre o
desconhecido, e tão-somente fazer conjecturas probabilísticas. É de se concluir
que o Universo é muito maior do que a ciência cosmológica admite. Como “este”
mais de noventa por cento faltante não se encontra no estado de matéria
adensada, é de se esperar uma dimensão muito acima da relação dez/noventa da
matéria existente/faltante. Com respeito à taxa de aceleração da velocidade das
galáxias, podemos deduzir as seguintes conseqüências advindas deste fato: Primeiro,
no caso de não haver uma massa frenante no centro do Universo, a velocidade das
galáxias atingirá valores próximos ou maiores que a velocidade da luz e assim,
o destino das galáxias, inexoravelmente, é transmudarem-se para o estado de
energia e desaparecer para sempre na direção e para dentro do infinito, sendo,
então, um Universo aberto. Isto, considerando sua velocidade atual de expansão
e aceleração. Segundo, se existir, conforme a teoria do Universo da
“Grande Bolha” o prediz, também o destino das galáxias é o estado de energia,
com um senão! Como estas energias se encontrarão no centro do Universo, haverá uma
singularidade. Após a singularidade, a inflação e depois, o Big-Bang, e tudo
reinicia, perpetuando o Universo, sendo então um Universo fechado e cíclico. Terceiro,
não posso conceber qual força externa aceleraria de forma tão descomunal as
galáxias em um Universo
em expansão.
7(AB). É impressionante ver como a humanidade é cega! Realmente, só vemos quando
queremos ver! Acordem! cosmólogos, astrofísicos, astrônomos, físicos e radioastrônomos,
vocês estão sonhando; a forma do Universo como um todo é a forma esférica da
“Grande Bolha”. Esqueçam que Einstein tenha dito que a forma do Universo é esta
ou aquela! E que a maioria ache que o estado em que ele se encontra é o estado
de expansão! Estas velocidades tão grandes, detectadas no Universo, só são
possíveis na fase de contração devido à existência da grande massa da matéria
escura presente na zona mais interior da segunda esfera contendo 90 por cento
da matéria do Universo. Ao se aceitar este modelo de Universo como real,
soluciona-se a maioria dos mistérios do Universo, tais como: Origem, destino,
duração, massa total, velocidade das galáxias, se em estado de expansão ou de
contração, matéria escura, buracos-negros e, sobre tudo, define a forma do
Universo, o que é um verdadeiro vexame para a ciência cosmológica; fazer parte
de um objeto, estudar este objeto, desconhecendo a forma deste mesmo objeto,
restando para serem resolvidos os problemas de mensuração. O que leva a ciência
ao insucesso é buscarem uma forma complexa para o Universo, quando, na
realidade, o que predomina no Universo, em todos os aspectos, são as formas
mais simples. Principalmente em sua forma como um todo.
O FAROL DO FIM DOS TEMPOS
8(AB). Embora ainda demore alguns bilhões de anos, já é hora de se calcular quando
será o próximo Big-Bang, pois o Universo está em contração e quando só faltarem
uns poucos bilhões de anos para o fim, o farol do fim dos tempos acenderá e
então não haverá mais noite, e tão-somente uma penumbra, pois teremos dois Sóis
no firmamento; o dia terá luminosidade tão intensa que nos tornaremos
cavernícolas (me refiro às humanidades
existentes em todo o Universo); aí então
será iniciada a transmigração a que me refiro na “Teoria da Grande Bolha”.
Quando cito o farol do fim dos tempos, faço referência a um fato previsto na
“Teoria da Grande Bolha”, em que, dentro da segunda esfera, no início, após o
limite entre a primeira e a segunda esfera há uma zona de maior densidade de
matéria escura, devido à precipitação constante e acentuada desta mesma matéria
escura. Após a fuga dos corpos massivos, quando de seu retorno, o que
coincidirá com a chegada dos últimos traços de matéria escura a esta zona.
9(AB). Dar-se-á, como uma chuva das primeiras estruturas massivas (galáxias, pulsars,
buracos negros, quasars, protogaláxias, nebulosas etc.) vindas de todas as
direções, sempre em direção ao centro comum do “grande vazio” onde se dará o
encontro de toda a matéria do Universo. “Chamo de “grande vazio” por falta de
uma denominação mais apropriada”, provocando, assim, nova singularidade no
Universo, sendo que quando esta precipitação passar pelo início da zona
adensada de matéria escura, toda esta zona acenderá como um enorme farol, e milhões
de anos após, o nosso observador, aqui em seu Sistema Coordenado ,
verá acender um enorme farol, a que chamei farol do fim dos tempos. A chegada
da matéria escura já em fase final de precipitação e dos corpos massivos já em
forma de energia à zona de matéria escura mais adensada ao centro do Sistema
Coordenado sideral fará criar o último e o maior de todos os buracos-negros,
fazendo com que até a luz dispersa pelo espaço externo “próximo” ao Universo
regresse ao seu ponto de origem. Até a radiação de fundo dispersa pelo espaço
externo próximo ao Universo regressará à sua origem, pois, ao escapar para o
espaço externo ao próprio Universo, ainda é uma energia vibrátil da matéria
externa e, assim, ainda pertencente ao nosso Universo. A radiação de fundo tem
o mesmo som do Mantra, impronunciável para os lábios! (Impressionante; como os
Vedas na antiga Índia, há mais de quatro mil anos, tomaram conhecimento da
radiação de fundo, a que chamavam de sílaba sagrada (Ommm! Ou Aumumm!) ou
símbolo do absoluto).
UMA NOVA SINGULARIDADE
10(AB). A chegada destas massas energéticas, em tremenda velocidade, criará um vórtice
de aniquilamento total de massa, espaço e tempo no Universo, por uma duração de
tempo não mensurável, pois nesta fase o tempo estará em completo aniquilamento.
E, sem tempo, torna-se impossível até mesmo conjecturar; neste estado, tudo cessa
inclusive o pensamento; sem o tempo, só o imponderável absoluto se fará
presente, após o que o antiuniverso existirá e se fará uno e em absoluta
singularidade. E neste estado dar-se-á o nascimento de um novo universo.
Itacaré, Bahia:
descrição iniciada em fins de 1999 e concluída no verão de 2002
Edimilson
Santos Silva Movér
11(AB). A descrição de “Os Três Insights” não segue uma ordem cronológica, conforme já explicitado
noutro capítulo. Esta parte da descrição foi uma das últimas a serem feitas, já
disse antes, nunca consegui saber a qual insight pertencia cada descrição, daí,
advém a invalidade da cronologia. Como
os fatos ocorridos em os “Os Três Insights” foram descritos conforme observado
acima, sem base cronológica. A ordem da leitura dos capítulos não altera ou
influi em nada na sua compreensão. Movér
CONHECENDO
NOSSOS IRMÃOS
12(AB). É impossível conhecermos a nós mesmos, sem conhecermos o nosso próximo.
A única forma que temos
para compreendermos e conhecermos o que seja um “Ser falante”. Digo um “Ser
falante” qualquer... (E veja bem, que não estou me referindo a esta
insignificância que vos fala!) É através da leitura dos seus raciocínios, mesmo
que; dos seus mais singelos e mais mal elaborados raciocínios. Aqueles que não
praticam a arte do diálogo e da leitura passam pela vida desconhecendo
completamente tudo. Inclusive e principalmente seus irmãos de jornada, portanto
passam pela vida sem conhecerem a si mesmos... São uns pedaços de asnos! Duro,
mas, verdadeiro. À luz da verdade e, frente à realidade encontrada nesta minha
corta existência, incluo-me entre estes últimos... Na postagem passada, (UMA
REVISITAÇÃO), eu disse que era um nada, agora já sou um pedaço de asno, portanto
progredi, já sendo um pedaço de alguma coisa.
Prezado, inteligente e paciente leitor.
13(AB). As salas da casa do conhecimento! Se pretenderes e quiserdes adquirir um pouco
de conhecimento e, terdes um vislumbre da essência desta tua curta existência!
Podes ter meu amigo! Mas, não podes conviver com aqueles que pensam que tudo
sabem. Pois, mais cedo ou mais tarde descobrirás assustado que ao abrirdes a
porta da antessala do conhecimento, verás que ali encontrarás escrito somente a
palavra “CONHECIMENTO” escrito nas infinitas portas destas antessalas. Nesta
antessala verás então que existe um imenso número de portas que levam a outras
salas onde estão guardados todos os conhecimentos acumulados pela humanidade
através dos milênios. Que também denominamos de episteme ou gnosis. Portanto,
se afaste dos que dizem que visitaram todas estas salas. Ou te tornarás um
deles! Te tornarás um “Ser” estulto e, o pior, convencido de que tudo sabes. É
fácil identificar o “Ser” que pensa que tudo sabe! Ele não diz que tudo sabe,
ele sutilmente e humildemente dá a entender que tudo sabe, pois, disso ele está
convencido por si mesmo, e pela burrice dos bajuladores. Ele não é possuidor de
um conhecimento infinito, mas sim de uma burrice infinita. Ora! Meu preclaro
leitor, mesmo se tu viverdes por 100 “cem” anos e visitardes uma sala por dia,
isto, do teu primeiro ao teu último alento! Visitarás somente 36.500 (trinta e
seis mil e quinhentas salas. Lembra-te!
Que somente em uma única biblioteca do planeta existem 120.000.000 (cento e
vinte milhões de salas ou livros).
Edimilson Santos Silva
Movér
Vitória da Conquista, Março
de 2012.
moversol@yahoo.com.br
A BUSCA - ENSAIO (98)fcw