DA SÉRIE:
ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR
Sub-série:
Temas completamente polêmicos
(Esta abordagem do tema, será sob uma visão heurística)
1* Este ensaio é dedicado ao
amigo e jornalista, Renato Sena, grande figura humana, soube a pouco, que o
mesmo vive atualmente numa sua propriedade rural às margens do açude do
município de Tremedal-Bahia, “tangerindo” suas “miunças”, suas “graunças” e
pescando. Vous en faire bon usage de votre temps. Trabalhamos juntos, na mesma
empresa em Salvador no princípio da década de 90. Dele, sempre admirei a
retidão de caráter, sua postura como cidadão e como jornalista. Muito aprendi
com o mesmo. O meu eterno reconhecimento pelos seus ensinamentos e exemplos. Na
época, ele fazia (à noite), a tradução para o vernáculo, de Sagesse, uma das melhores
obras de Verlainne, (pelo menos pra mim), e, fazia isto, como aprendizado.
PEQUENO E
DESPRETENCIOSO ESTUDO DAS FUNÇÕES
SIMBIÓTICAS E INTERRELACIONAIS DOS SERES.
2* Toda a complexidade do “Ser”
advém da sua “soma” contendo um número “quase” infinito de simplicidades
inerentes também ao “ser” material, (no estudo do “Ser” os números não fazem
sentido algum). No “ser” material sua “soma” é feita exclusivamente de
simplicidades, que ao interagirem com o meio “interior” que as confinam,
refletem-se como o “Ser” dual. Alcançando então, o “Ser” dual o estado de um “Ser”
altamente complexo. São bilhões de interações simbióticas ocorrendo entre a
una/simplicidade do “ser” material e a una/simplicidade do “Ser” Espiritual.
Atente para o fato de que em meus ensaios, grafo estes entes, da seguinte
forma: o imaterial como “Ser”, e o material como “ser”, e de que o verbo ser é
grafado como ser, sem “ ” aspas.
Edimilson Santos Silva
(O PRIMATA QUE VIVEU HÁ 70
MILHÕES DE ANOS) DEU ORIGEM AO DE (300 MIL ANOS, JÁ COMO ANTROPÓIDE, ANTES DA
AQUISIÇÃO DO SABER), AO DE (150 ou 125 MIL ANOS, JÁ COMO HOMO SAPIENS SAPIENS), E AO
DE (30 MIL ANOS COMO HOMO PICTOR) ATÉ CHEGAR AO HOMEM ATUAL, COMO "HOMO DIGIY
TALIS", SENDO UM “SER” UNO/DUAL/TRINO.
TALIS", SENDO UM “SER” UNO/DUAL/TRINO.
3* Estas interações complexas do “Ser”
dual geram o mais perfeito consortismo de toda a natureza. Não estou agora
tratando das relações do “Ser” material com o ambiente externo material que o
cerca. Mas sim, da simbiose entre os dois “Seres” interiores, ditos “unos
duais”. O “Ser” material se comparado com o “Ser” espiritual torna-se um “Ser”
extremamente simples, porque o “Ser” é composto por uma infinidade de
simplicidades. A complexidade do “Ser” espiritual, (embora, seja um “Ser”
simples), advém da sua relação com o “Ser” material, isto devido ao “continuum”
dos bilhões de interações entre os dois “Seres”, estas interações estão em
oposição à simplicidade do “Ser” “dito material”. Digo “dito material” porque
numa análise físico/quântica profunda, ele não é material, o que não vem ao
caso no momento.
4* Esta complexidade, (do “Ser”
dual), advém da sua “soma” representada por um número “quase” infinito de
simplicidades. O “Ser” espiritual interage com o “ser” material refletindo-se nessa interação, já
como “Ser” dual, expondo todas suas complexidades, isto deverá ser
entendido não como uma ambiguidade, mas sim, como a mais absoluta unicidade dos
dois “seres”, material e espiritual. Devemos compreender que estes dois “Seres”
só interagem com o ambiente material que os confinam de forma “una”. Disto
advém a negação das pessoas não versadas em assuntos espirituais, da existência
do “Ser” espiritual, chamado de “espírito”. Estas interações conforme creio e
afirmo só ocorrem no nível quântico, mesmo as interações “sígnicas” da
semiótica de Sanders Peirce são sempre no nível quântico. Ora! Se só
conseguimos interagir com o meio ambiente de forma “una” (agora me refiro ao
ambiente externo ao “ser”). Isto se dá através do “ser” material, extremamente
complexo, natural que estas interações exponham suas faces refletindo a “soma”
das complexidades do “ser” material. Como o número de todas estas interações
que ocorrem continuamente entre os dois “seres”, provocam no “ser” a percepção
do ambiente externo! O “Ser” senciente indigita o infinito, inquirindo, de onde
e para onde flui o acúmulo da sua complexidade interior, em sua interação com o
meio que o circunda, esta inquirição ontológica equivale ao (De onde vim? Quem
sou? Onde estou? Para onde vou?, etc.). Trato agora do meio ambiente ecológico biodiverso
externo na sua relação com o meio interior do “ser” material e suas
simplicidades, interagindo com todas as simplicidades do “Ser” imaterial.
Resultando na ‘‘soma” interior das complexidades ou das interações entre estes
dois seres. Embora o “Ser” espiritual seja um “Ser” simples, não tem como interagir
com um “ser” complexo de forma simples, tornando-se inescapavelmente um “Ser”
complexo. Atentar para a rubrica de “soma” abaixo explicitada.
5* As formas “quase infinitas”
que são simples componentes do “Ser” espiritual podem ser reduzidas a uma única
forma, a que denomino de vontade, (autodeterminação). Nem Kant negaria tal assertiva.
A “estaticidade” da não vida corrobora este raciocínio em oposição ao dinamismo
da vontade, (vitae), no devenir destas simplicidades, ou seja, nas contínuas
relações que precedem as atuais (do agora), relações, e que resultam em todas
as futuras relações do (devir), relações estas, oriundas da vontade, gerando o
“continuum” inter-relacional dos “Seres” duais. Parece uma incoerência, mas não
é, pois todos os outros atos próprios do espírito são frutos e oriundos de sua
vontade ou de sua (autodeterminação) e estes atos possuem valores contínuos
(não pontuais). E não trato só da sua relação, mas também da sua interação a
“priori” e “necessária”, (no sentido kantiano das duas expressões), com o “ser”
material.
6* Devido a importância do
conceito! Vou repetir! Observar e notar este fato importantíssimo na relação
entre os dois “seres” (as relações que precedem as relações atuais, (do agora),
são os fatores constituintes da nossa memória, base fundamental de nossa
personalidade). Já as interações entre os dois “seres” resultam nas relações do
(devir), no “Vitae”, no existir propriamente dito. Espero que tenha conseguido
deixar claro que o “ser” material embora seja um “ser” dinâmico não possui
potencialidade para modificar ou alterar sua interação com o “Ser” espiritual.
Ao contrário, o “Ser” espiritual ou “vitae” possui potência ou energia para
modificar o “ser” material. As alterações interativas cabem exclusivamente ao “Ser”
espiritual. Aos doutos em filosofia faço lembrar que a vontade de que trato
aqui não se trata da “vontade e representação de Schopenhauer” não trato,
portanto, de filosofia tão complexa, onde as representações chegariam segundo
Schopenhauer a constituir o “vir-a-ser” ou a “coisa-em-si” (não é um
trocadilho). Sempre entendi a “coisa-em-si” a que se refere Kant, simplesmente
como a plenitude do “Ser” em todas suas conotações, inter-relações e potências
existenciais, e nada mais.
7* Agora a entendamos de forma
abrangente compreendendo os “Seres” viventes ou não, isto é, “seres” estáticos
ou dinâmicos. Você pode argumentar que nós não temos, ou que não existe, ou
mesmo que não é possível uma inter-relação nossa, com um “ser” ou objeto
estático! Mas tem sim! Por exemplo: todos nós temos profunda inter-relação com
o nosso lar, ou com os objetos que nos são caros. Ou como descobriu Charles
Sanders Peirce! De que temos acentuada interação com os nossos signos, que em
sua maioria são estáticos. Isto é fácil de perceber, deixe em casa ao sair para
a rua, teu relógio, mas leve teu celular que possui relógio, você continuará
sentindo a falta do relógio, faça uma experiência mais forte! Saia de casa sem
camisa e verás que tua personalidade estará profundamente modificada. Isto reflete
a profunda inter-relação que possuís com tua camisa, e te sentirás incompleto.
Esta inter-relação é tão forte que os teus semelhantes, ou “seres” falantes, te
julgarão incompleto, no mínimo, acharão que deixaste teu juízo em casa, e não a
tua camisa.
Anotações:
8* Aqui estou emparelhando as
duas preocupações maiores dos dois filósofos alemães, sem conotação
dissecativa. Movér.
Não confundir (soma adição) com
“soma”
Houais, “Soma” – Rubrica:
psicologia, medicina: o organismo considerado fisicamente, em detrimento de
suas funções psíquicas,
Houais, ” simbiótico” adjetivo:
relativo a simbiose
O MAIS MARCANTE PODER DO “SER”
DUAL
(Sua complexidade)
9* Mesmo no existir da natureza
como um todo, pode-se observar a lei da predominância dos “seres” mais
complexos sobre os menos complexos. Embora o oposto ocorra casualmente,
conforme o enfoque que se faça da interação do dualismo do “Ser”. Consideremos
o modelo das funções inter-relacionais inerentes a dualidades dos “Seres” como
uma das mais inteligentes proezas do existir, sua consequência mais notável é a
marcante predominância da simplicidade do “Ser” espiritual sobre a complexidade
do “ser” material. (Entendido aqui a complexidade, como a componente maior do “ser”
material como “ser” funcional, e sua simplicidade como o resultado das suas
interações com o “Ser” imaterial, enquanto este funcionar como “ser”), ou
melhor, enquanto estiver vivo. Sendo que esta complexidade do “ser” material possui
toda sua totalidade e plenitude em si mesmo. Compreendamos este outro “Ser”
imaterial existente, e de difícil percepção como nossa enteléquia, nossa “mente
pensante”, nosso espírito, o mesmo cogito utilizado na frase: (cogito ergo sum)
de Descartes, e nada mais.
10* Na natureza física “una” é
justamente o contrário, o comum são os “seres” mais complexos possuírem ascendência
sobre os “seres” menos complexos. Observemos o comportamento do reino vegetal
onde os “seres” mais evoluídos na escala biológica, geralmente se fazendo notar
(se expressando) por meio do porte, sempre predominando sobre os “seres” menos
evoluídos, ou seja, menos complexos e com menos porte. No reino animal o melhor
exemplo é o próprio homem, já neste caso desprezando a influência do porte, isto,
devido ao potencial da mente, os homens no limite da última glaciação com
talvez 70 quilos de massa corpórea exterminaram imensas manadas de animais de
porte como os mamutes! Elevando sua predominância ao máximo como o fator mais
relevante na sua complexidade comportamental. Na natureza podemos observar: que
nas relações entre os “seres” com o mesmo grau de complexidade ou “evolução”
não há predominância entre si, é o caso das manadas, onde um “Ser” sobressaindo
já é suficiente para orientar e garantir a existência da manada. (O que não
ocorre no reino vegetal), no entanto nos “seres” com diferentes graus de
evolução ou “complexidade” existe naturalmente a predominância dos “seres” mais
complexos ou simplesmente mais evoluídos, o que faz gerar a aparente
incoerência do raciocínio. Deduz-se assim! Que: às vezes, em algumas espécies, porte,
complexidade e evolução não possuem simultaneamente, equivalência ou relações
de valores entre si! Principalmente, no que se refere a sua complexidade/evolução.
O ESCUDO PROTETOR DO “SER” NO SEU
EXISTIR COMO ANTROPOIDE AO LONGO DO TEMPO.
(Num enfoque
mecanicista/espiritualista)
11* Uma miríade de atitudes e
comportamentos oriundos da complexidade do “Ser” dual (agora mente e matéria) portanto,
corpo material inda sem completa evolução! Evolução esta, que deve ser
compreendida como o desenvolvimento gradual das interconexões neuronais a nível
quântico. E nada mais! Serviu como paredes ou escudos que o protegeram ao longo
de sua evolução no tempo. Nesta altura inevitavelmente já abordando o “Ser”
dual sob a visão da semiótica peirceana, isto a partir de certa altura de seu
desenvolvimento como “Ser” senciente, assim o analisaremos mais como um “ser” “ôntico”
e “sígnico”, em seu passado não muito remoto. É quase impossível traçar uma
rota no devir deste “Ser” complexo, só o podendo analisar como “ser” “uno”
comparando-o com seus semelhantes (espécies) que ficaram no caminho do evoluir,
tomando como exemplo os mais variados ramos dos primatas que pararam de evoluir
(por extinção), tornando-se simples fósseis. Observemos que várias espécies realmente,
e a paleoantropologia comprovadamente nos diz que pararam no caminho do
existir. Sendo esta, uma verdade indiscutível.
12* Para alcançarmos ou termos
como pretendemos ter, uma visão do “Ser” dual, no que diz respeito a sua
representatividade como “Ser” espiritual, só o podemos fazer, em curta escala
de tempo, só podendo adotar em última instância, um modelo metafísico de
análise. Já para termos uma visão do “ser” “uno” material pode-se utilizar da
experiência sensível no campo da antropologia e da paleontologia, por ser bem
mais simples e inteligível, no que tange, e com o apoio dos últimos
descobrimentos e conhecimentos destas ciências.
13* Tratemos primeiro do “ser”
material, (adiante cuidaremos de tentar analisar o “Ser” espiritual). Sendo
interessante observar que a interação entre estes dois “Seres” cria um terceiro
“Ser”, adiante trataremos mais detalhadamente deste terceiro “Ser”. Fato este,
ocorrido, como disse em uma escala de tempo muito mais recente, digamos! 30 mil
anos, portanto do “homo pictor” para cá.
14* Voltemos ao “ser” material!
Segundo os mais recentes valores lidos e reconhecidos como conceitos tidos como
válidos, por terem sidos descobertos pela paleontologia e pela antropologia,
(em torno do ano de 1877), nesta data encontraram-se os primeiros sinais dos
primeiros ancestrais dos primatas dos quais descendemos, que datam de mais de 70.000.000
(setenta milhões) de anos, remontando ao final do (Cretáceo) no mesozóico.
Sendo, portanto, (cinco milhões de anos) anterior ao desaparecimento dos
dinossauros, ficando assim, estabelecido que nossa origem venha de uma espécie
de primata de um passado mais remoto do que imaginávamos. Sendo este primata
contemporâneo dos dinossauros, e por bastante tempo! (5 milhões de anos é uma
eternidade). Estes primatas receberam o nome científico de Purgatorius, [o que
justificaria nossas atribulações atuais]. Estes animais eram diminutos, menores
que um mussaranho, (do porte de um rato). É bom que fique bem explicitado! Esta
denominação adveio do nome do sitio onde primeiro o encontraram, nas Colinas do
Purgatório, ou (purgatorius hill), nas Montanhas Rochosas nos Estados Unidos.
Os antropólogos supõem que devido ao seu tamanho reduzido tenha escapado em
pequenos nichos subterrâneos de sobrevivência, da destruição em massa que dizimou
os dinossauros há sessenta e cinco milhões de anos passados.
15* A paleontologia admite que
cada período de evolução biológica dos primatas não tenha duração de mais do
que dois milhões e meio de anos, deduzimos assim que já passamos, desde o
“purgatorius” por, no mínimo, vinte e oito fases evolutivas e continuamos a
evoluir, agora já, por dois fatores evolutivos, o biológico e o espiritual, e
logo, logo no futuro pelos fatores tecnológicos, em marcha acelerada que vem por
aí, a neurociência, a nova genética, que denominam de biotecnologia, a nanotecnologia
e a computação quântica, e a IA. A crer no que nos diz a ciência da paleontologia, de que
evoluímos muito lentamente no passado! Espera-se que nossa espécie vá evoluir
no futuro, rápido e exponencialmente. Abstraindo algumas fases desconhecidas.
(Farei adiante uma descrição sucinta das fases conhecidas).
16* Assim já fomos ou descendemos
do PURGATÓRIUS, em torno de setenta milhões de anos passados, período
paleocênico, com seu habitat nas Montanhas Rochosas nos Estados Unidos,
descritos por: L. Van Valen e R. E. Sloan em 1965 estando em McCone Country em Montana.
Isto, como primatas, não como antropoides, claro! Depois vieram os PLESIADAPIS,
prováveis descendentes do Purgatórius. Seus fósseis (estudados) datam de cinquenta
milhões de anos. (Era terciária, pleno período pleocênico-eocênico), aparecendo
simultaneamente no novo, (américa), e no velho continente, (europa) o que nos
leva a um paradoxo sem precedentes. Ora! Sendo o Plesiadapis um descendente do
Purgatórius que viveu há setenta milhões de anos e, se já próximo ao fim do
período Cretáceo (144 a 65 milhões de anos). Há 70 milhões de anos, os
continentes já estavam completamente separados, isto é, o continente da Pangeia
já havia desaparecido, como pôde o Purgatórius aparecer simultaneamente nos
dois continentes há setenta milhões de anos atrás? Em Utah e Wyoming, em 1965, sendo
antes identificados em 1877 na França, em Paris e em Reims na Chanpagne, 20
(vinte milhões de anos depois um descendente do purgatorius, chamado de
Plesiadapis sendo este, descrito primeiro por P. Gervais e depois pelo padre
Teilhard de Chardin, esta identificação foi confirmada por antropólogos atuais.
Fica aí a pergunta como pôde duas espécies tão bem descrita aparecer em dois
continentes, então já separados há mais de 50 milhões de anos, pela deriva dos
continentes? Como é que este descendente do purgatorius chegou a Europa? Este
Plesiadapis é incontestavelmente meio misterioso. Como é que este descendente
do purgatorius chegou a Europa? o mais antigo primata é o purgatorius e, é
datado de 70 milhões de anos. O plesiadapis, seu descendente é datado de 50
milhões de anos, se na data de 120 milhões de anos atrás Pangeia já tinha
desaparecido? Então apresentei o problema para o amigo e geofísico Rui Bruno Bacelar
no fim do século passado, debatemos o assunto por semanas, e não encontramos
uma explicação para a questão, geologicamente não havia coerência no fato, o
Rui brincalhão como sempre, propôs sorrindo! Eles cavaram um túnel sob o
atlântico.
17* Na mesma época do Plesiadapis
em pleno Eoceno (58 a 35 milhões de anos) surgem vestígios fósseis dos
ADAPÍDEOS e dos OMOMÍDEOS, novamente animais extremamente pequenos, não maiores
que um esquilo, eles aparecem nos continentes já separados do Setentrião. Como
ninguém conhece o clima destas eras passadas, todos se calam, na esperança de
que houvesse uma ligação terrestre e de que o clima no estreito de Bering fosse
ameno o suficiente para uma migração entre as Américas e a Eurásia! Dos
Adapídeos descritos e encontrados na América, o melhor descrito é o Northarcus,
Marsh o identificou como um primata em 1872, já os Omomídeos surgidos em
parelha com os Adapídeos, estão, segundo uma corrente da antropologia, mais
aparentados com os futuros antropóides, nossos reais tataravôs. No entanto os
vestígios fósseis dos Prossímios só foram encontrados somente a partir de 40
milhões de anos. Sendo a ordem dos Prossímios
a fonte mais aceita como a origem dos
Símios e dos antropoides (estes últimos, realmente nossos avôs). Olhe que atrás
e acima trato dos primatas, e não dos antropoides.
18* Hoje em dia a ciência paleoantropológica definiu como o berço e a origem dos antropoides como sendo a
Àfrica, e não a América, como queriam alguns Paleoantropólogos, (se não me
engano), americanos e ingleses.
O Oligopiteco surgiu em torno do
oligoceno (40-30 milhões de anos), é um catarríneo, isto é, com as narinas
frontais, daí dizer-se que ele seja o primeiro primata realmente Antropóide,
fósseis deste Antropoide foram encontrados em Fayum no Egito, portanto no
nordeste da África.
19* Também há um catarríneo, o
Propliopiteco que viveu próximo ao mesmo período, o Oligoceno, talvez tenha sido
um ramo descendente do Oligopiteco. O Propliopiteco já possuía as
características de um futuro bipedalista.
20* O Egiptopiteco entre (29 e 22
milhões de anos) e na mesma região de Fayum no Egito, também é considerado como
um dos primeiros representantes da família da qual pertence o homem atual, é um
catarríneo em que primeiro nota-se o aumento do depósito do crânio e da verticalizaçao
da testa. Embora com caixa craniana ainda diminuta, nele iniciou-se este
importante fator anatômico que nos difere dos primatas comuns descendentes dos
Símios. Solange minha amada esposa (evangélica que é), não pode ver um macaco
na televisão que exclama! Olha teu avô! Movér!
21* Todos os descendentes do
Propliopiteco andavam, ou pelo menos ficavam de pé por alguns momentos, (talvez
na vigília) seu próximo descendente iniciou o “antropoidismo” com o sucessivo
crescimento da caixa craniana. O DRIOPITECO foi identificado como o antepassado
dos pongídeos e dos hominídeos, o fóssil do Driopiteco ou procônsul foi
identificado na África, no inicio do miocênio (Terciário) em torno de 22
milhões de anos. Descobertas recentes, (ainda sob estudos), identificaram um
primata com vestígios antropoides de 28 milhões de anos, aguardemos os
resultados destes estudos.
22* Dois fatores primordiais
levaram os hominídeos até ao homem moderno. O primeiro fator foi o abandono da
vida nas árvores, tendo como consequência a completa postura erecta, adotando o
bipedalismo, e a liberação dos membros superiores atuais, transformando as
patas posteriores em mãos e muito depois com a oposição do polegar, facilitando
e permitindo a habilidade manual, levando-o à caça, enriquecendo sua alimentação
com mais proteínas animais, o que levou ao segundo fator da contínua
cerebralizaçao dos hominídios até chegar ao homem sapiens, neste ínterim
passa-se pelo Pithecanthropus Anamensis, pelo Pithecanthropus Afarensis , 3,5 a 4 milhões de
anos), pelo (“homo erectus”, 1,8 milhão a 300 mil anos), pelo (Homo sapiens,
250 a 150 mil anos), e pelo (Homo sapiens sapiens, a partir de 125 mil anos
atrás), pelo (Homo pictor), há 30 mil anos) e pelo (Homo scriptor), a
aproximadamente 6 ou 7 mil anos atrás). Há 50 anos iniciou-se a era do “homo
digitalis”, ou seja, a era do homem informatizado. Este é o homem que utiliza o
dedo para sobreviver. E para apontar as mazelas do mundo!
23* Um número muito grande de
primatas parou no meio da evolução tornando-se simples fósseis, pois somente
dois ramos descendentes dos primatas chegaram até o fim da era quaternária. Talvez
3 (três), existe a polêmica ainda não resolvida do homem de Denisovo, guardem
este nome! No final, descobrimos e confirmamos a validade do axioma da
predominância sutil do “Ser” mais simples ou de menor porte, embora a aparência
diga o contrário, via de regra, estes “seres” são os responsáveis pelos atos
mais notáveis entre os antropóides (são os chamados especialistas), senão
vejamos! Existe um imenso número de espécies que pararam de evoluir, hoje seus
fósseis comprovam esta assertiva, (Lucy mal passava de um metro). Entre
milhares, as únicas espécies de hominídeos que evoluíram até os dias de hoje
foram o “Neanderthal e o Cró-Magnon” que formaram uma única raça, atualmente
existente no planeta. A subespécie “Homo sapiens sapiens”. Daí, a falência e a
burrice da teoria eugênica ariana dos alemães da década de 1930. A Eugenia de
Galton foi a maior burrice acontecida no planeta no último milênio. Eugenia
significa “bem nascido”, mas, que resultou em “mal morrido”.
O “SER” ESPIRITUAL SOB A ÓTICA
DEÍSTICA
24* Vamos agora a inconcebível,
inalcançável, dificílima e quase impossível tarefa de analisar o “Ser”
espiritual, chego a me arrepiar. Fato é, que ninguém nunca o conseguiu, em
função do que já me confesso derrotado. Como princípio confesso e exponho minha
fragilidade e pequenez ao enfrentar esta tarefa, só tentada pelos expoentes da
filosofia. Tanto é que, o que virá adiante, será tão somente, singelas
proposições e elucubrações da mais diminuta de todas as mentes que ora habita o
planeta.
SÍNTESE DA DISTINÇÃO ENTRE O “SER”
DUAL E O “SER” TRINO
25* O “Ser” dual é composto de
matéria e espírito, as inter-relações entre estes dois “Seres” geram um
terceiro “Ser” criando assim o “Ser” trino. O “Ser” trino possui uma componente
a mais que o “Ser” dual, a que a ciência chama de “mente”, é o que chamamos de
trindade do Homem. Veja a interpretação da “mente” feita por eles! Os cépticos.
Schopenhauer a analisou e a denominou de “vontade”, e deu a pista para Freud da
sua existência, Freud e Jung a chamaram de “inconsciente” e a dividiu em Id,
Ego e Superego, o Id é responsável pela função da descarga das tensões
biológicas, e emocionais, (internas), do “Ser”. Correspondendo segundo Freud,
ao mesmo que a alma concupiscente de Platão. O Id contém a força do desejo e os
impulsos que geram a perpetuação genética da espécie. O Id é integrante da
“mente”. O Ego é o lado consciente e regulador dos atos do “Ser” (enquanto id),
é o fiscal do Sarney, da moral e da personalidade. É a função inteligente que
no adulto regula e limita os seus atos, impondo limites aos atos prazerosos do
existir, limitando os impulsos perversos ou não, sem impedir as funções que
perpetuam a vida. O Ego é parte integrante da “mente”. O Superego é o pai dos
fiscais do Sarney puxando constantemente as orelhas do Id e do Ego fazendo a
vida comportamental do “Ser” fluir dentro dos limites do bom senso ou pelo
menos, do razoável. O Superego é parte integrante da “mente”. Veja a
interpretação que dou ao “Ser”! O “Ser” tem três componentes. A “mente”, a
“personalidade”, e o “espírito”. Sei que meu amigo e psiquiatra Tolentino vai
puxar minhas orelhas.
26* A “mente” é a transdução
resultante da interação de energias do Espírito (ou da centelha divina) com as
energias do “ser” material. Tendo como resultante a personalidade do “Ser”
“encarnado” ou mais simplificadamente, a individuação do “Ser”, do “eu”, entendendo-o
como “ser” isolado, senciente e falante dentro da grande família humana, mas,
um “ser” material. A mente é o que chamamos de “vitae” é o que nos vivifica e
nos diferencia dos “seres” (embora vivos), mas, inanimados. A personalidade não
é herdada, ela é adquirida e moldada, ela desaparece com a morte. Sendo fruto
do aprendizado, da educação e das interações com o meio em que vivemos. O
espírito é a energia que nos dá inteligência e nos diferencia de nossos irmãos
irracionais, para falar do espírito um livro só não bastaria! Imagine um
simples ensaio! O mais é pura “Terttulias Placidas”, é puro comércio, são bilhões
de dólares gastos nos divãs dos psicólogos e dos psicanalistas. Agora, creio
que o puxão de orelha vai doer pra valer.
A SOCIEDADE DOS LOUCOS
(Uma análise da visão
espiritualista da cura dos males da alma)
(Um enfoque do lado místico)
27* Ora! As ditas doenças da
personalidade são resolvidas, (a maioria) com uma simples regressão a outras
vidas passadas, ao que a ciência iniciada por Stanislav Groof chama de
psicologia transpessoal. Não posso compreender de onde estas
“transpessoalidades” do “Ser” surgiram ou andaram! Senão de, ou em outras
encarnações. Quando uma doença psíquica é tratada com uma regressão às vidas
passadas, o que se consegue, simplesmente é adiar o cumprimento da lei de
“causa e efeito”, conhecida na teosofia universal como lei (do plantio e da colheita). geradora daquele velho e conhecido “Karma” e
nada mais. O fato de postergarmos um ato irrevogável de maneira nenhuma o
elimina como um ato a ser cumprido, isto em função da lei de “causa e efeito”.
Eis que estamos tão somente adiando-o para as encarnações futuras. Assim a
psiquiatria ou a psicologia transpessoal ou não! E somos forçados a admitir,
não só as seções psicológicas, mas, as seções mediúnicas também o estão
fazendo. Todos estes atos estão unicamente adiando o cumprimento da lei do
“Karma” Admitindo este fato, estou alertando os responsáveis, para esta dura
realidade podemos deduzir que estamos criando no planeta, para as gerações
futuras, uma sociedade de loucos e desequilibrados.
O “SER” EM SUA FORMA DE
CONSCIÊNCIA TRÍPLICE
28* O “Ser” trino em sua
“representatividade” como “Ser” abstrato permanece Uno, ele é somente o mesmo “Ser”,
mesmo quando abandona sua conotação material, assumindo a forma da consciência
tríplice, que denominamos de mente, personalidade e espírito. Este é o “Ser”
trino.
Eis porque não nos sentimos como
tríplices pessoas.
A mente é a parte do espírito que
tem a tripla função de “Ser” geradora, mantenedora e portadora da vida do “ser”
material, incluindo aí a personalidade, sendo esta, no entanto isolada do espírito.
A personalidade, nada tem a ver com o “ser” material, nem com o “Ser”
imaterial, ou espírito.
29* A personalidade embora sendo
isolada, é uma parte concomitante, mas, não integrante do espírito, sendo
resultante do aprendizado do existir, enquanto o “Ser” estiver na condição de
“Ser” trino ou encarnado, esta, desaparece com a morte. A principal função da
personalidade é o aprendizado, só transmitindo ao espírito o aprendizado que
leva à evolução espiritual. Temos que entender que não é a personalidade que só transmite
evolução ao espírito. É o espírito que não pode “involuir”! Daí, o eterno
evoluir do espírito, não havendo assim involução espiritual.
30* O Espírito é a
transubstanciação da centelha divina em “vitae” isto é, nós mesmos como
consciência, e sobre tudo como nossa memória. Nossa memória é que forma nossa
personalidade o que nos permite agir como indivíduos, como entidades e como
força vivificadora da matéria, como “seres” materiais, sem a memória não temos
como perceber o “tempo” não perceberemos o passado, nem o presente, nem o
futuro, ou seja, não existiremos! Na ausência do Espírito, que é nossa caixa de
memória, a personalidade tem morte súbita, no entanto a mente mantém o corpo
material vivo, mas inconsciente. Em função do que podemos afirmar que a “mente”
não tem nenhuma conexão com o Espírito. O Espírito é o único responsável pelos
atos “bons ou maus” da personalidade do “Ser”. Se o Espírito não os controlar
com certeza em vidas futuras redimirá tais atos na forma de Karma, pela força
da lei de “causa e efeito”. Estudiosos da mente humana como: Josef Breuer, Carl
Jung, Alfred Adler, Viktor Frankl, Otto Rank, Karl von Hartman, Franz Brentano
e sobretudo Sigmund Freud e Jung. Todos estes magníficos pesquisadores da mente
humana se mais humildemente estudassem uma simples regressão às “vidas
passadas”, com certeza teriam atingido um grau maior de acerto em suas
pesquisas das “coisas da alma”. O poder do materialismo de “cataratizar” a mente dos pesquisadores é inconcebível. Somente quem enveredou pelo caminho da
regressão foi Breuer, mas seus estudos foram obscurecidos pela maciça oposição
dos outros estudiosos da mente humana, somente no último quarto do século XX,
Stanislav Grof retomou a pesquisa de Breuer. Nós a conhecemos e a utilizamos agora,
nas maiores universidades do planeta como: Psicologia Transpessoal.
31* O verdadeiro “descobridor” e
iniciador da psicanálise foi Josef Breuer que a ensinou a Sigmund Freud e a
Jung, Breuer a iniciou com a regressão da memória ou consciência cognitiva,
pelo motivo exposto acima não houve progresso na área até na segunda metade do
século XX, quando Stanislav Grof notou a extrapolação do “Ser” no campo do seu
“eu” pessoal em suas pesquisas. Estava aberto para a ciência toda a
potencialidade do “Ser” Espiritual e sua comunhão com o Universo, aos
interessados ver a obra de Grof “O Jogo Cósmico, Ed. Atheneu”. Graças a
Stanislav Grof a Doutrina Espírita não precisa mais apregoar aos quatro ventos
a verdade da reencarnação, a ciência agora é que cuida disto. As maiores
Universidades do mundo é que apregoam e divulgam esta realidade universal
através de suas aulas da moderna psicologia transpessoal.
32* Espero não ter emitido
raciocínios incoerentes com a lei maior do existir, que se traduz no “vitae”. E
na incompreensível lógica existente dentro de uma célula, mesmo numa célula
eucarionte ou mesmo numa procarionte, ou na grandiosidade da harmonia existente
no Cosmos. A lógica e a simplicidade “complexa” existente no DNA confunde,
machuca, e fere o orgulho dos cientistas ateus. Em nossas religiões ocidentais!
(Seus mestres maiores) os gigantes do Pentateuco, compreensivelmente não
concordarão com este ensaio, não concordância esta; fruto da temporalidade e da
visão do existir a que seus contemporâneos (dos mestres do pentateuco)
estiveram sujeitos). Não o compare (o ensaio), com os fundamentos sagrados dos
mesmos, vais perder tempo. Se por ventura o fizerdes, faça-o, compreendendo que
esta é simplesmente uma abordagem metafísica do “Ser” do “ser” e, do (EXISTIR).
Quanto ao vernáculo, simplesmente não sou filólogo, confesso, a Fina Flor do
Lácio nunca foi o meu forte, nem o meu fraco. Todo processo é mutável. Tenho um
amigo em B. Horizonte. (engº e físico teórico, um gênio) que criou uma nova
maneira de compreender e abordar a física quântica iniciada por Planck e a
física relativista de Einstein, este amigo é o Geraldo Antunes Cacique, alguns
físicos o apoiam, no entanto a maioria da comunidade científica não o
compreende ou o apoia devido a “cataratização” provocada pelo academicismo.
Quem gostar de física, faça uma visita ao site do Geraldo: “Emerveillez-vous”.
www.deducoeslogicas.com/
www.deducoeslogicas.com/
33* Prezado leitores deste Blog,
não tomem este singelo ensaio como um tratado filosófico, pois, ele não passa
de um ponto de vista de um curioso da filosofia, e nada mais, sendo este o
capítulo de nº 47 de um total de 100 capítulos da Obra. Digo, rabiscos, a que
denominei de “O “SER E O EXISTIR”, os donos do “saber” não darão um centavo
furado por este ensaio. Creio que eles estão com a razão furada. A visão da
caverna de Platão sempre me persegue, deve ser mania.
Este ensaio foi atualizado em
outubro de 2008, eu o tenho, como um exercício de aprendizado, e não como um
exercício filosófico, ou mesmo escatológico. Pois, o estudo do “fim último” do
homem, não cabe a mim.
Edimilson Santos Silva Mover
Vitória da Conquista – Bahia, 10 de maio de 2006
Vitória da Conquista – Bahia, 10 de maio de 2006
A COMPLEXIDADE DO “SER” - ENSAIO