DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR
Subsérie: Ficção sobre o desenrolar do desenvolvimento humano na forma de contos paleoantropológicos
A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA
43 mil anos (a.C.) “África
central sub-saariana”,
local exato, indeterminado.
Capítulo 25 da obra “O Ser e o
existir”
O ATAQUE E O DESESPERO DO
SOBREVIVENTE
1”ALPS”. O ataque foi
fulminante, não havia como escapar de um grupo de quase dez leões e leoas
famintas, rugindo na boca da caverna, o maior perigo eram as fêmeas, que nos
bandos sempre mais numerosas, dava para notar que havia outro bando rugindo do
lado de fora da caverna. Estava próximo do raiar do dia, e nesta hora o fogo
estava quase apagado. Dentro da caverna havia o patamar das “provisões”, que
ficava fora do alcance das feras, a dificuldade era chegar até ali, todos os
guerreiros acordaram e desesperadamente tentando proteger suas famílias, se
juntaram em bloco, e de lanças em punho tentavam rechaçar o primeiro ataque,
uma lança matou o primeiro leão, o que retardou por alguns minutos a ataque
maciço das feras, ao todo eram nove homens, sendo a maioria jovens guerreiros
com pouca musculatura e experiência de luta, o restante eram velhos
demais. Os mais fortes e experientes se encontravam distantes, na
caça. E só retornariam depois de mais de uma Lua! As mulheres, velhos e meninos
se encolhiam no fundo da caverna. Uma fêmea pulou para dentro da caverna, esta
foi morta imediatamente, o que retardou mais ainda o ataque maciço das feras
famintas. Mas, o cheiro do sangue dos animais mortos reacendeu o instinto de
sobrevivência dos felinos esfaimados, quando os animais do outro bando, que
estavam mais distantes da boca da caverna se uniram ao primeiro grupo a fome
falou mais alto e o ataque foi fulminante, só um guerreiro conseguiu subir até
o patamar das “provisões”, ficou ali por uma semana vendo todos seus familiares
dia a dia sendo devorados pelos leões, era quase vinte animais de dois grupos
que se uniram para o ataque, o que era raro, só acontecendo em casos de extrema
fome. Depois que os leões se retiraram, as hienas chegaram, este guerreiro não
tinha certeza! Mas, parecia que ele tinha observado no meio da agonia, dentro
da sua impotência, bem no fundo da caverna, pelo canto dos olhos, algumas
mulheres torcendo os pescoços de seus próprios filhos menores.
LEMBRANÇAS INDELÉVEIS:
2”ALPS”. Aquelas cenas nunca
mais saíram da memória do sobrevivente. O nome do guerreiro sobrevivente era
Mbser Taisof que queria dizer “O terror dos leões”, todas as pessoas das diversas
tribos só possuíam um nome, era o costume, o segundo nome só era adquirido
pelos guerreiros depois que matavam seu primeiro leão. Durante o tempo que
Mbser Taisof teve que ficar na caverna, (mais de uma semana), foi o suficiente
para o mesmo pensar em como se proteger dentro de uma caverna! Quando pode
sair, não sem antes, ter que matar duas Hienas velhas que chegaram depois da
carnificina, não suportaria ficar ali por mais tempo, o ar que estava
respirando tinha um odor insuportável. Depois que os leões terminaram o
banquete, ainda se passou mais três dias, pois alguns leões ficaram por perto,
tentando pegá-lo na plataforma, no entanto, desistiram e partiram desaparecendo,
deixando para trás aquele odor de morte e desespero. Ninguém na tribo sabia
explicar o motivo pelo qual os leões, leopardos e hienas, em certas épocas do
ano desapareciam completamente.
A VIAGEM
3”ALPS”. O jovem guerreiro
trazia em sua cabeça um plano nunca antes arquitetado por nenhum de seus
antepassados. Mbser Taisof por um longo período dormiu nas árvores, só voltou a
dormir em cavernas, depois do retorno do restante de seu povo. Ele era ainda
muito novo para conseguir ser levado a sério, e ouvido pelos mais velhos. Os
anos iam se passando e Mbser Taisof mais amadurecia seu plano, a grande
dificuldade de Mbser Taisof era a linguagem, era muito difícil detalhar ou
explicitar seu plano aos demais componentes do grupo, assim, ele resolveu da
forma mais inteligente possível, o impasse, convidou um seu irmão de armas mais
novo que ele, e que lhe devia a vida por diversas vezes, eles o chamavam de
Treb Naif. (O comedor de feras) e conseguiu o consentimento da maioria para se
retirar do bando por algum tempo com a desculpa de que ia arrumar umas fêmeas
para ele e para seu amigo. Era comum os jovens de todos os grupamentos humanos
saírem em busca de esposas, as moças de todos os grupamentos sabiam que um dia
estes jovens apareceriam. Há tempos Mbser Taisof estava insatisfeito com o tipo
de morada utilizada pelo seu povo, principalmente porque à noite ninguém
conseguia dormir no interior da caverna, principalmente no verão, o calor era
insuportável!
A VISÃO FRUTO DO DESESPERO:
4”ALPS”. O que Mbser Taisof
imaginou e observou quando estava no patamar das provisões passando pela maior
agonia de sua vida, foi o seguinte: a caverna onde moravam tinha os seguintes
inconvenientes. Era calorenta, (o fogo aceso dia e noite aquecia as paredes da
caverna), só tinha uma entrada, assim, não possuía uma saída, tinha a entrada
muito grande, deixando entrar um bando de leões de uma só vez, estava muito
próxima do território dos leões, estava muito longe da fonte de água, estava
muito longe da zona de caça e das arvores frutíferas, não era uma boa morada, sobretudo por que o vento não entrava na
caverna, o que significava que não havia saída para o ar nem para a fumaça, nem
pela parte dos fundos, ou pelo teto da caverna, todo vento que entrava na
caverna saia da mesma levando o cheiro da caça por ventura existente na
plataforma de provisões, atraindo assim os leões, que vinham antes atrás da
caça guiados pelo seu cheiro e não pelo cheiro dos homens, que eram por demais
temidos pelos Leões. Tanto assim que só se uniam em um ataque daquele tipo do
tipo acontecido na antiga caverna, se estivessem em crucial estado de fome.
EIS O QUE MBSER TAISOF E SEU
AMIGO FIZERAM
PELA SOBREVIVÊNCIA DO SEU
POVO.
5”ALPS”. A busca demorou diversos verões, os que ficaram
até acharam que os mesmos, ou tinham morrido ou teriam ficado morando nas
terras de suas novas mulheres. Quando acharam o que procuravam numa região que
era rica em cavernas a maioria com comunicação entre si, assim que descansaram
e fizeram uma boa provisão de caça defumada, iniciaram as modificações na sua
nova morada, primeiro fizeram uma limpeza completa na caverna, retirando restos
de animais e as pedras sem utilidade imediata e que serviram para confecção do
muro da entrada. Fecharam as saídas de nível baixo que podiam servir como
entrada de animais selvagens, deixando somente uma bem alta que serviria como a
saída do ar e da fumaça, os dois depois de muito esforço fecharam a entrada da
caverna com um muro bem largo, reforçado e na vertical pela parte externa, todo
de pedras até uma altura que não permitia a entrada de animais de porte, como o
Leão, o Jaguar, e as Hienas, construiu-se dois estaleiros bem altos em madeira
para armazenamento de alimentos e reserva de água em potes, os potes viriam das
cavernas antigas, fizeram um estacado duplo que ia da boca da caverna até a
fonte escavada na margem do rio, iniciaram os mesmos serviços em outra caverna
próxima. Mas, assim que terminaram tais serviços partiram em busca do que
restou do seu povo, que ocupavam várias cavernas, e que não passava de 150
almas, havia o costume dos que ficavam se reunirem numa única caverna, o certo
é que, na caverna do ataque foram perdidos 7 guerreiros ainda jovens, e 2
velhos 4 mulheres com 4 filhos de mama, 5 meninos pequenos que não puderam
acompanhar suas mães na expedição de caça, assim, na caverna se perdeu ao todo
22 pessoas, um sétimo dos componentes da Tribo.
A RESISTÊNCIA PELO NOVO
6”ALPS”. Mbser Taisof e seu amigo “comedor de feras” ao
cabo de cinco luas de cansativa viagem, finalmente chegaram ao seu antigo
reduto, sendo que a caverna do massacre continuava desabitada, as primeiras
perguntas que lhes fizeram foram pelas suas mulheres, ao que retrucaram,
faltaram-nos a sabedoria, a coragem e a beleza dos que ficaram, assim voltamos
solteiros. Desta forma foram muito bem recebidos deixando os motivos reais de
sua demora para serem tratados mais tarde. Depois de decorridos uns dias,
finalmente resolveram relatar suas atividades aos demais, para isto escolheram
um dos anciãos do grupo, chamado Ataif Riarut, (Leão da baixada), por ser o
mais respeitado, cordato e ponderado dos anciões para ser o interlocutor entre
as partes, depois de expor minuciosamente as peripécias dos dois ao ancião,
como se fora tudo fruto de um sonho ocorrido após o massacre da caverna, e ao
verem que tinham o irrestrito apoio do velho Ataif Riarut. Autorizaram-no a ser
o seu interlocutor e defensor da proposta de mudança do grupo para outro local,
o que de maneira nenhuma seria aceita se fosse proposto por dois jovens
inexperientes como eles! Após mais de uma lua de discussões que parecia não
acabar mais, finalmente concordaram em mandar um grupo de adultos como
observadores para verificar o local, e constatar a veracidade do que tinha sido
proposto e relatado pelos dois jovens. Duas luas depois da partida finalmente
retornaram, impressionados com o que viram e constataram, até aumentaram um
pouco, só assim, foi que a comunidade resolveu apoiar o plano de se mudarem, no
entanto, alguns homens não apoiavam a ideia da mudança, e passaram a olhar os
dois jovens como inimigos da tribo, somente com a interferência de Ataif
Riarut, os deixaram em paz.
AS MULHERES E SUA INFALÍVEL
LÓGICA
7”ALPS”. Durante a
marcha do grupo, os dois viajavam sempre mais atrás junto ao ancião temendo
alguma represália dos descontentes com a mudança. Bastava uma
flechada e tudo continuava como antes, no Quartel de Abrantes, eram comuns os
assassinatos, depois deste ocorrido ninguém viria em sua defesa, era a lógica
usual, está feito, está feito, nada mais há para se fazer. Então por puro medo
e precaução não se afastavam de Ataif Riarut. Como não havia chefes nestes
pequenos grupos humanos, os anciões eram sempre muito respeitados, e decidiam
quase tudo. A sabedoria dos anciões sempre salvava os grupos de apuros. Depois
de penosa marcha e muitas ameaças veladas, finalmente chegaram ao local das
cavernas. Quando viram como eram boas as cavernas modificadas. Então
a aprovação foi geral, até os descontentes sorriram para os jovens, depois de
alguns dias o mais ferrenho adversário da mudança depositou aos pés dos jovens
uma caça inteirinha, já sem o couro e sem as vísceras, como sinal de amizade e
de desculpas pelo engano de seu julgamento. O imbróglio foi esquecido e os dois
se tornaram os benfeitores do grupo. O que mais assustou os jovens foi a
decisão das mulheres, de darem todas as suas filhas em idade de casamento ou
não para os dois jovens, o que recusaram de pronto, pois sabiam que muitos
jovens estavam de olho em algumas donzelas, se aceitassem seria morte na certa!
Novamente o ancião Ataif Riarut veio em seu socorro, o ancião ponderou que
seria muito difícil para os jovens manter tantas esposas, e ele mesmo escolheu
duas jovens para os dois, a pendenga foi acertada e o assunto dado por
encerrado. Os dois jovens perguntaram ao ancião, o que haveria ocorrido com as
cabeças das mulheres? Ao que ele respondeu, as mulheres pouco estão ligando
para vocês como homens, são ainda muito jovens, e lhes falta desenvolver a
musculatura para suportar as agruras da caça e da guerra, no entanto, para elas
vocês representam o que nenhum homem do grupo conseguiu representar, assim
vocês representam no momento a segurança que ninguém soube oferecer aos jovens
mortos pelos Leões, na maldita caverna aberta. Portanto, vocês segundo o
pensamento e a opinião das mulheres representam toda a segurança do grupo, nada
mais natural que elas, como mães os presenteassem com as jovens, que são a esperança
e o futuro da pequena tribo de que todos nós fazemos parte. Mbser Taisof e Treb
Naif modificaram substancialmente a vida do seu povo.
8”ALPS”. As agruras e
dificuldades por que passaram a espécie humana no passado, foram muitas, muito
maiores que esta singela ficção tenta demonstrar. Nessa ficção observamos que
os jovens, são essenciais para o desenvolvimento da humanidade, mas, sempre
dependentes da sabedoria dos anciões.
9”ALPS”. Mesmo na era moderna,
os atos de alguns seres humanos, são de grande importância para um número muito
grande de outros seres humanos! Vejo como melhor exemplo: Mohandas Gandhi e
Vinoba Bhave, libertadores da Índia do jugo inglês. Todos já ouviram falar de Gandhi,
busquem por Vinoba Bhave na net. Colhi no site de Carlos Aveline, este pequeno
texto sobre o pensamento de Vinoba Bhave:
10”ALPS”. Aveline nos diz: “A
noção de que há interesses opostos entre diferentes seres humanos ou segmentos
sociais é falsa”, e sobre isso, Vinoba escreveu:
11”ALPS”. “O princípio
de Sarvodaya é que o bem de todos está contido no bem de cada um. É
impossível que o real interesse de qualquer pessoa entre em choque com os
interesses dos outros. Não há oposição entre os reais interesses de qualquer
comunidade, classe social, ou país. A própria ideia de interesses em conflito é
algo errado em si; o interesse de um ser humano é o mesmo interesse do outro, e
não pode haver conflito. Mas se olharmos para o que é mau como se fosse o nosso
bem, e pensarmos que o nosso bem consiste naquilo que é na verdade prejudicial,
então os nossos “interesses” poderão entrar em conflito.” Vinoba Bhave.
Voltemos
a nosso homem primitivo:
12”ALPS”. Tudo teve início há
4,5 milhões de anos na mãe África, na região onde hoje é o Kênia, no vale
Turkana quando os pithecanthropus anamensis adquiriram a mudança morfológica na
estrutura esquelética que os levou ao deambular bipedalista.
13”ALPS”. A invenção da escrita
cuneiforme dos sumérios, na mesopotâmia influenciou todo o ocidente, e não
passa de 5,2 mil anos atrás). No entanto, a história não escrita da humanidade
pensante, teve com certeza, uma duração de mais ou menos 300 mil anos. Sobre
como os nossos antepassados com tantas dificuldades sobreviveram, isto, não
podemos saber! A paleoantropologia analisa pequeníssima porcentagem do que
aconteceu com o sapiens nesses 300 mil anos, essa é uma verdade que temos que
entender, os vestígios fósseis deixados foram muito poucos, em relação ao tempo
e ao número de sapiens que viveram nesse intervalo de tempo. Aqui não me refiro
aos erros de leitura na interpretação desses fósseis.
14”ALPS”. Nós não podemos
conceber e não temos como saber, como milagrosamente, a subespécie “homo
sapiens sapiens” conseguiu chegar até aos dias de hoje. Não é possível imaginar
como venceram tantas dificuldades, o grande problema enfrentado pela espécie no
início da aquisição da razão, era a meu ver, a escolha entre a ação dos novos
atos racionais em desenvolvimento, e a ação com os antigos atos instintivos. Aqui
trataremos superficialmente do gargalo de 250 mil anos atrás e do gargalo ocorrido
há 74 mil anos atrás. Tão somente isso! Vejamos o primeiro caso. A nova espécie
“homo sapiens”, passou há 250 mil anos atrás pelo que os antropólogos e
geólogos tratam de forma diversa, e que chamam de “Gargalo de 250 mil anos”,
quando todos os vulcões das bordas das placas tectônicas entraram
simultaneamente em erupção, criando uma imensa
nuvem piroclástica que cobriu todo o planeta por uns cinco anos, os vestígios
dessa cinza depositada nos fundos dos mares e nos continentes permanecem até
hoje, essa nuvem foi grande e espessa o bastante, evitando que a radiação solar
evaporasse as águas dos oceanos, impedindo a existência de chuvas e também a
fotossíntese, provocando o desfolhamento
da vegetação de todo o planeta, provocando a extinção de algumas espécies
vegetais e animais. Nesse gargalo de 250 mil anos, a espécie humana se viu
reduzida quase a zero, eu particularmente creio que a espécie se viu reduzida a
uma única fêmea reprodutora, resultando desse fato, o aparecimento do DNA
mitocondrial na espécie humana. O certo é que o gargalo foi tão cataclísmico que
a espécie só sobreviveu por milagre, principalmente porque sabia pescar, e
óbvio, os sobreviventes moravam nas bordas de um grande lago piscoso, e viviam
em cavernas nas proximidades do equador terrestre. Conforme minha crença e
concepção, este gargalo de 250 mil anos atrás ocorreu devido a um quase
desastre planetário! Nessa época, um corpo celeste vindo de fora do sistema
solar, passou de raspão pela Terra, “chacoalhando” o planeta, sendo o interior
do planeta em estado de magma pastoso, isso provocou a erupção simultânea de
todos os vulcões das bordas das placas tectônicas. Vamos ao segundo gargalo de
74 mil anos atrás. Nesse caso somente um
vulcão entrou em erupção, mas, de forma tão violenta que escureceu todo o
planeta por vários anos. Esse vulcão Toba está inativo hoje, e situa-se na ilha
de Sumatra na Indonésia, a erupção segundo a geologia a caldeira de Toba
explodiu e atingiu a categoria ou escala 8 “mega-colossal” na classificação
“Indice de Explosividade Vulcânica”, ou “IEV”.
No entanto, a lógica nos diz que esse gargalo de 74 mil anos atrás, provocada
por um só vulcão, onde a antropologia admite ter resistido à catástrofe, de
1000 a 10.000 casais de humanos, deduz-se assim, que a erupção do Toba de 74
mil anos atrás, jamais atingiu o potencial do gargalo de 250 mil anos, onde
todos os 1500 vulcões do planeta entraram em erupção simultaneamente, por isso,
debito com mais lógica o surgimento do DNA mitocondrial no gargalo acontecido há
250 mil anos atrás, e não ao de 74 mil anos. Cientistas e burrice andam “pari
passu”, visto que os cientistas, embora não pareça, são humanos também, estando
todo mundo, ou pelo menos a grande maioria deles, em busca de seus lauréis,
devidos ou indevidos. Isso pouco se lhes importa. Um exemplo bom que todos
conhecem é o caso do osso esfenoide do “antropólogo e da dentista” com relação
ao surgimento do bipedalismo, e a evolução da espécie, um osso realmente, duro
de roer!
15”ALPS”. Foi somente a 300
mil anos que o Cro-Magnon começou a pensar, se tornando no “sapiens”! na fase
de transição entre o “homo erectus” Cro-Magnon e o “homo sapiens” a adaptação
foi lenta e difícil, e não temos como saber, como conseguiram passar por tais,
agruras e dificuldades, os diversos grupos de novos humanos viviam em plena
selva, naturalmente com os antigos Cro-Magnon ainda não pensantes, os novos
“sapiens” Cro-Magnons com pouca tecnologia, acompanhados desses grupos de
antigos Cro-Magnons não pensantes, seus semelhantes, tendo os novos “sapiens
ainda com as armas primitivas sem armas mais eficientes, para se defender dos
grupos de grandes predadores. Todos pensam que foi fácil, mas, certamente, que não
foi! O grupo de pensantes se distanciaram fisicamente dos semelhantes não
pensantes, para sobreviverem, e não me venham dizer que todos homo erectus
Cro-Magnons” passaram de uma vez de não pensantes para pensantes! Não me venham
propor essa burrice.
16”ALPS”. O grande problema
dos sapiens foi o fato de que, ao adquirir paulatinamente o raciocínio, ao
mesmo tempo iam perdendo paulatinamente o instinto, naturalmente, o uso da
lógica, faz o instinto aquietar e entrar em dormência, mas, não desaparece! Mais
recentemente, há 6 mil anos, ocorreu um fato importante, mas, ninguém se dá
conta de que o fim do neolítico e o início da era dos metais, aconteceu somente
há 6 mil anos atrás. Nossos antepassados se defendiam com armas de paus e
pedras, sem o concurso da tecnologia dos metais.
17”ALPS”. Se sobrevivemos! É
porquê! Existirá para sempre um resquício do latente instinto de sobrevivência
do homem primitivo, ainda presente em nós! Pois, somente assim,
sobreviveríamos.
18”ALPS”. Sempre existe algo
de inexplicável a rondar os caminhos da humanidade!
19”ALPS”. Humildemente
analisem a Grécia de hoje, e o estado de seus componentes atuais e, qual modelo
de pensamento criou o ontem e o hoje desse povo. Ora! A Ilíada e a Odisséia!
Eles são mais atuais que nunca.
20”ALPS”. Humildemente
analisem a Índia de hoje, e o estado de seus componentes atuais e, qual modelo
de pensamento criou o ontem e o hoje! Desse povo. O Mahabhárata e os Upanishades! Eles
são mais atuais que nunca.
E assim caminha a humanidade.
E, lembrem-se, não podemos julgar os povos, nem os
homens, "per se". Todos são responsáveis por seus próprios
atos. A própria existência dos povos e dos homens “per se”, cuida disso!
Edimilson Santos Silva Movér,
Vitória da Conquista, Bahia, maio de 2006
Ensaio revisado e atualizado em 2017
Ensaio revisado e atualizado em 2021
moversol@yahoo.com.br
77-99197 9768
A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA - ENSAIO (69)