DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR
Subsérie: Neste ensaio cuidaremos da verdade da
existência do espírito de forma imparcial, a bem da verdade trataremos
especificamente do “Espírito” e do “estado d’alma” do homem ou de seu “espiritualismo”.
Vagamente e sem profundidade trataremos do seu oposto o antiespiritualismo.
Não creio que essa discussão nos leve a um consenso, sendo pura perda de
tempo. Unicamente por isso, faremos somente singelas apreciações sobre essa proposição
da inexistência do espírito.
O ESPÍRITO
Sapere aude: Immanuel Kant. |
INTRODUÇÃO
Nesse ou em qualquer outro estudo sobre o “Espírito”, só
é possível fazer uma singela apreciação do que possa ser essa essência dos
seres falantes e pensantes, que orgulhosamente e vaidosamente se consideram como
tendo atingido o máximo, o píncaro, o suprassumo de toda sabedoria e
inteligência existente no universo. O que considero normal e natural numa
espécie que começa a dar os primeiros passos na direção da evolução tecnológica,
biológica e espiritual. Em primeiro lugar: Se olharmos para o tempo decorrido
desde o passado, quando se iniciou a aquisição do espírito ou do “pensar” pelo
homem. Conforme o que nos diz a visão “científica” paleoantropológica, veremos
que faz somente 300 mil anos que começamos a esboçar os primeiros sinais de
inteligência ao iniciar a pensar. Em segundo lugar: E por outro lado, se
olharmos para o estado atual da nossa moderna ciência, veremos que temos
somente 500 anos que iniciamos nosso desenvolvimento científico, podendo-se
dizer nossa evolução tecnológica, com o avanço nas áreas de matemática pura; de
química; de física newtoniana; de astronomia moderna; só mais recentemente, adquirimos
conhecimentos em cosmologia; observe bem, que somente em 1924 descobrimos as
galáxias, foi no início do século passado que passamos a conhecer alguns
esboços da física quântica e a partir de 1905 a relativista. Em terceiro lugar:
Se observarmos criteriosamente e sem paixão, o quanto já alcançamos na nossa evolução
biológica, veremos que em “algumas áreas” nós estamos menos evoluídos que
muitas outras espécies animais. Em quarto lugar: Mesmo se compararmos os raros
homens “Savants” com os “homem comuns”, onde estes representam mais de 99,9% da
humanidade, veremos que os homens comuns pouco utilizam os potenciais de seus
cérebros, veremos que a maioria da humanidade ou 99,9% ainda está com pouca
evolução neurobiológica, isso é fácil de ver quando estudamos o potencial de seu
desenvolvimento cognitivo. Quanto ao nosso organismo físico, o homem atual não possui
nenhuma defesa às doenças autoimunes, estas, são quase uma centena e todas
ainda prejudicam a subespécie “homo sapiens sapiens”, onde o nosso sistema
imunológico agride o próprio organismo, a medicina nos diz que ainda existem
muitas imunodeficiências, a maioria congênitas. Somos pouco evoluídos na área
da comunicação, ainda utilizamos o primitivo meio de comunicação dos nossos
antepassados, de 250 mil anos atrás, que é a fala, e o pior temos no planeta
quase 7 mil línguas diversas e uns seis alfabetos mais utilizados, e
completamente diferenciados. Já podíamos estar nos comunicando por telepatia,
alguns animais já o fazem! Como por exemplo: Os pequenos e grandes rebanhos de
pássaros e de peixes, voam e nadam como se fosse um único organismo, com um
perfeito sincronismo de um balé. O certo é que nossa evolução tecnológica,
biológica e, principalmente a espiritual não estão completas, ainda praticamos
o mal em larga escala. Sendo isso, uma realidade vivencial da espécie. (Escapamos
da morte quantas vezes for preciso, mas da vida nunca nos livraremos: Chico
Xavier).
Nesta frase acima, do Chico Xavier ele nos diz de maneira
simples, como ele mesmo sempre foi! Que como espíritos somos eternamente vivos,
portanto, não existe morte para o espírito.
PRIMEIRO EMBATE
“As mentes medíocres”.
(A). [“Grandes espíritos sempre encontraram violenta
oposição de mentes medíocres. A mente medíocre é incapaz de compreender o homem
que se recusa a se curvar cegamente aos preconceitos convencionais e escolhe
expressar suas opiniões com coragem e honestidade.”]. Albert Einstein, 1879-1955
SEGUNDO EMBATE
“Conhecimento, Sabedoria e Verdade”.
(B). [“Mentes superficiais têm opiniões
sobre quase todos os assuntos. Aquele que possui pouco conhecimento finge para
si mesmo que sabe tudo. Quanto menos uma pessoa busca a verdade, mais ela pode
pensar que seu conhecimento é vasto, e sua sabedoria - enorme. A “opinião
pessoal” é usada como desculpa por quem não quer aprender. A pose de sabe-tudo
esconde a preguiça mental. A ignorância é tímida e se esconde sob a aparência
de opinião. Por outro lado, aqueles que buscam a verdade percebem a enormidade
do que ignoram”]. Helena Blavatsky, 1831-1891
TERCEIRO
EMBATE
“A verdade é viva, dinâmica, alerta e acesa”.
(C). [“Você não pode encontrar a
verdade por meio de outra pessoa. Como você pode? Certamente, a verdade não é
alguma coisa estática; ela não tem nenhum domicílio fixo; não é um fim, um
objetivo. Ao contrário, ela é viva, dinâmica, alerta, acesa. Como ela pode ser
um fim? Se a verdade for um ponto fixo, não é mais a verdade; é então uma mera
opinião. A verdade é o desconhecido, e uma mente que está buscando a verdade
jamais a encontrará. Pois a mente é feita do conhecido, e é o resultado do
passado, o resultado do tempo – que você pode observar por si mesmo. A mente é
o instrumento do conhecido, portanto, não pode encontrar o desconhecido. Ela
pode apenas mover-se do conhecido para o conhecido. Quando a mente busca a
verdade, a verdade que leu em livros, essa “verdade” é autoprojetada, pois
então a mente está meramente na caça ao conhecido, um conhecido mais
satisfatório que o previu. Quando a mente procura a verdade, ela está buscando a
sua própria “autoprojeção”, não a verdade”]. Jiddu Krishnamurti, 1895-1986
O
FUNDADAMENTO DA ANÁLISE DOS LEITORES
1”OE”. Peço humildemente, que se meus inteligentes
leitores leigos estiverem de acordo e o quiserem fazer, que analisem essa
questão com foco na ambiguidade dos textos (A). e (B)., também, atentem para o
conteúdo que foi expresso não somente nos dois textos iniciais, mas, também no
terceiro, o (C)., onde o filósofo Krishnamurti nos diz que a verdade é viva,
dinâmica, alerta e acesa, a verdade que se apresentar como o oposto disso,
seria somente uma simples opinião sem fundamento e não a verdade, o filósofo indiano
também nos alerta para a verdade de que a verdade é o desconhecido, e que a
mente somente percebe o conhecido, e só se move dentro do conhecido. Essa
verdade referida por Krishnamurti seria a verdade dos homens ou a verdade
transcendental e universal? Analisem o texto e a resposta aflorará diante de
vós.
A
ESSÊNCIA DOS TEXTOS ACIMA: (A). (B). e (C).
NUMA SÍNTESE
ANALÍTICA
2”OE”. Em (A). Albert Einstein nos diz que: O
homem deve expressar suas “opiniões” com coragem e honestidade. Sendo que em
(B). Helena Blavatsky nos diz que: A “opinião pessoal” é usada como desculpa por quem não
quer aprender. Em (C). Krishnamurti nos diz que não encontraremos a verdade por
meio de outro homem. Porque quando a mente procura a
verdade, ela está buscando a sua própria “autoprojeção”, não a verdade, e como
ficamos? Como compreender essas três assertivas? Naturalmente, elas foram
expressas por pessoas extremamente inteligentes, mas, diferentes entre si, e
também por motivos desconhecidos pelo ensaísta, sobretudo, escritas em épocas
distintas. E principalmente por motivos distintos. Desenvolvamos então a
análise, com o que temos na mão, que são os textos.
O
QUE SERIA A VERDADE?
E
COMO A ENCONTRARÍAMOS?
3”OE”. Ora! Como encontraremos a verdade
contida nos textos (A). e (B).? Se estes textos expressam ideias contrárias? Veremos
que no texto (C) diferentemente, ele é sem ambiguidades quanto aos outros dois,
mas, nos mostra que não podemos encontrar a verdade. Mas, qual a verdade que
não pode ser encontrada? Claro, que o texto (C) não está se referindo à verdade
dos homens, mas sim, a verdade transcendental, que seria a própria tomada de conhecimento
da “Consciência Universal”. Já a verdade dos homens possui duas faces, a melhor
maneira de ver isso seria no caso das vinganças, onde cada parte, a que pratica
e a que sofre a vingança, possui cada uma, sua própria verdade. Se olharmos friamente
com os olhos da lógica, veremos que ambos não são inocentes, nem o que pratica
e nem quem sofre a vingança, pois se o que “sofre” não tiver culpa, não foi
praticada uma vingança, mas sim, cometida a prática de um crime comum, mas, não
uma vingança. Voltando a (C). e simplificando, podemos entender que: - Jiddu
Krishnamurti nos diz que: - 1). Você não pode
encontrar a verdade por meio de outra pessoa. 2). A verdade é o desconhecido, e
uma mente que está buscando a verdade jamais a encontrará. 3). Porque a mente é
feita do conhecido, e assim, portanto, seria o resultado do passado, o
resultado do tempo – que você pode observar por si mesmo. 4). Quando a mente
procura a verdade, ela está buscando a sua própria “autoprojeção”, não a
verdade”, ou seja, o homem procura uma justificativa para sua opinião e entendimento.
5). Entendamos, porém, que a “Verdade” de Krishnamurti seja a “Verdade
Universal”, e que este grande pensador está a se referir, a “Verdade” que
representa o que nomino de “Inteligência Cósmica”, ou o Absoluto, que a maioria
dos humanos chamam de “Deus”. 6). Teosóficamente e, literalmente, da
“Inteligência Cósmica” dimana a única Verdade existente em todo o Cosmos. Não
existindo duas Verdades, sendo a Verdade única e absoluta, sendo que a verdade
dos homens é ambígua, podendo ter farias faces, e nomes, conforme o número de interessados
envolvidos na questão. Ficando entendido, que a verdade do homem, não é a
verdade, mas um conceito de cada parte interessada em adotá-lo como verdade. A
dedução dos conceitos filosóficos do que estes três grandes humanos e, mestres
no uso do raciocínio quiseram nos transmitir, ficará por conta de meus
inteligentes leitores leigos, os leitores com formação acadêmica estão
dispensados dessa dedução, por esta questão ser coisa simples e corriqueira e,
provavelmente, não interessar aos mesmos.
4”OE”. A despeito da ambiguidade do que nos diz
os textos (A)., e (B)., minha opinião pessoal estará na (Nota1),
no final desse ensaio, essa opinião se fundamenta em algo impensável. Que
é o sistema que o “sapiens” ainda utiliza para sua comunicação com seus
semelhantes. O texto (C)., não gera questionamentos.
NOSSOS NEURÔNIOS,
A MEMÓRIA, A FALA E NOSSO VOCABULÁRIO
5”OE”. Em todos os
estudos
ontológicos da essência da “entidade” que nos faz inteligentes e pensantes,
essência essa que o homem espiritualista reconhece como seu “Espírito”,
possuindo esse “Espírito” origem transcendental e divina. Mas, que a ciência
dos mesmos homens diz não existir, nem o espírito, nem sua transcendentalidade
divina. Acreditando e ensinando que a nossa enteléquia ou consciência seria a
responsável por nossas emoções, ações, decisões, emoções e pensamentos. Segundo
essa mesma ciência, nossa inteligência, nossa consciência, principalmente,
nossas memórias explicitas e implícitas, teriam origem e seriam produzidas e
armazenadas nos neurônios existentes no córtex que cobre o nosso cérebro.
Assim, a essência do homem pensante se processaria no seu sistema neuronal.
Mas, essa mesma ciência enfrenta no momento uma questão proposta pela
neurogênese que é um dos ramos da moderna neurociência, a neurogênese nos diz,
que o sistema neuronal se renova ao longo da vida dos “seres humanos”. Se os
neurônios forem substituídos por neurônios recém formados, e isso no decorrer
de toda nossa existência, onde ficarão registradas as memórias passadas para
nosso uso futuro? Qualquer pessoa, mesmo com pouco entendimento e conhecimento,
pode facilmente deduzir que essa troca de neurônios, provocará a perda, no
mínimo de parte de nossas memórias antigas, assim teríamos quando já adultos,
perdido quase todas as lembranças do que aprendemos quando jovens, e
principalmente, o que aprendemos quando ainda crianças. Então todos os adultos
no mínimo teriam que reaprender a falar, perdendo principalmente parte de seu
vocabulário, pelo menos a parcela que foi perdida junto com os neurônios que
foram substituídos por novos neurônios ao longo da existência. Deduz-se
facilmente, que essa completa uma dupla burrice com origem na vaidade dos
“sapiens. Burrice que diz que raciocinamos com nosso sistema neuronal, e
sobretudo que nossas memórias são armazenadas nesse sistema, logo depois
anuncia que esse mesmo sistema é descartado e substituído paulatinamente. Estes
“sapiens”, sem nomes, com certeza são burros, mas, eu não sei como aplicaram um
truque para conseguir fazer parte do seleto grupo dos neurocientistas. Nesse
mundo bizarro, tudo é possível.
O EMBATE ENTRE O MONISMO E O DUALISMO
6”OE”. Aqui nesse ensaio, como disse, trataremos da
realidade do “Dualismo” do corpo e do espírito, frente ao “Monismo”, como essa
proposição é de impossível comprovação num laboratório pela ciência, portanto,
seria inconsequente sua discussão. No entanto a proposição do “Dualismo”, é
aceita por uma grande maioria da população espiritualista do planeta. Mesmo
assim, não deve cada lado, a ciência e a espiritualidade, deixar de expressar
sua opinião. Este ensaio será escrito defendendo a proposição do “Dualismo”,
pois, a julgamos a mais racional e verdadeira. O monismo torna-se uma boa
opção, exatamente para aqueles que ainda não desenvolveram o espírito, ou mesmo
a razão e a lógica mais simples para conseguirem enxergar a gritante
inteligência existente não somente nos homens! Mas em todos os seres vivos da
fauna e da flora. Ora! Dirão os ateus embevecidos com a ciência, que tudo é
resultado do instinto animal, mas, mesmo assim, se for um instinto sem
inteligência, cada espécie viva que o utilizasse, desapareceria num curto
espaço de tempo. Diferentemente, se esse instinto for um instinto inteligente,
cada espécie duraria milhões de anos e, sofreriam uma patente evolução, e,
aparentemente para nós seus observadores, eles se perpetuariam. Sabemos que
esta é uma verdade, sendo isso que ocorre realmente na natureza, então às favas
os ateus e seu monismo. Diante de diversos arrazoados com essa mesma
envergadura, possíveis de se formular, e em função dos mais diversos
comportamentos inteligentes de todas as escalas dos organismos da fauna em toda
sua escala de grandeza, estando presente a inteligência numa baleia azul de 200
toneladas, como também está presente numa bactéria que pesa somente 7x10-16kg.
Nós, como seres inteligentes somos obrigados a entender que o universo seja um
organismo obviamente inteligente. Salvo, óbvio se sua burrice e vaidade lhes
disser que somente ele seja inteligente, e que essa só exista nele próprio, o
que seria uma inominável burrice. O universo é inegavelmente inteligente, e
vemos isso na inteligência da natureza. Se bem observarmos, o próprio universo
nos diz isso com todas as letras. Nesse universo existe uma energia que
denominamos de “Inteligência Cósmica”. Então, sem medo de estar cometendo uma
impropriedade. Calmo e tranquilo, mando simplesmente às favas, todos os seres
idiotas que se auto denominam de monistas e de ateus.
A ETERNA
BUSCA DA VERDADE
7”OE”. Conhecer alguma coisa sobre o que seja
nosso “Espírito”, com certeza é a maneira mais fácil de tentarmos entender o
que seja nosso “Eu”. Quando nos vemos diante da grandeza do “Espírito”, estes
estudos na realidade tornar-se-ão singelas e despretensiosas análises que
faremos da “entidade” que o homem espiritualista reconhece como sua essência ou
seu “Espírito”. Como os homens com a sua filosofia e ciência não chegaram a um
consenso sobre o que seja o “Espírito” e, neguem veementemente sua existência.
Assim, nos vemos livres das amarras do materialismo ateu existentes nessas
áreas do conhecimento dos homens. Restando-nos fazer um estudo dicotômico do
que seja nossa essência ou “Espírito. Mesmo assim, nós o estudaremos como
disse, sob dois enfoques: Com a visão do espiritualismo, e com a visão da
“filosofia e da ciência”, considerando o fato de que nem todos os cientistas e
filósofos são mecanicistas e ateus. Só não nos referiremos aos que professam e
praticam a doutrina do “ceticismo”, e que se dizem “céticos”. Chamamos a
atenção dos leitores para o fato de que estes tais de céticos jamais devem ser
ouvidos, isto, devido a sua permanente, proposital e intencional parcialidade.
A doutrina do ceticismo foi criada com a finalidade de negar a existência do
espírito e da Deidade. Mesmo porque, falar em ceticismo e em dogmatismo é a
mais pura burrice, desde quando somos seres feitos para pensar, e livres para
escolher seu caminho na senda da existência. Os defensores dessas idiotices
chamadas de ceticismo e de dogmatismos que vão às favas. O universo foi feito
para sofrer uma autoanálise, pois, não há verdade maior que o fato de que o
homem seja o próprio universo procedendo a análise deste mesmo homem e desse
mesmo universo. O resto é pura vaidade e burrice do homem, isto, unicamente,
por fazer parte de uma espécie ainda com pouco evolução. Observem bem, que aqui
não me proponho a buscar e a entender o que seja a “Verdade universal”, busco
somente a entender o que seja essa tão procurada essência do “Espírito” e, o farei
através da verdade da essência do próprio “Espírito”. Que é a única maneira
correta e existente de se buscar entender alguma coisa inteligentemente. Este
buscar a verdade através da própria verdade da existência do “Espírito”, claro,
não será feita através do que foi estabelecido, conhecido e entendido como a
verdade dos homens. Com isso, estou dizendo que a busca da “Verdade universal”
é eterna, única e inalcançável, enquanto, a “verdade do homem é efêmera,
ambígua e alcançável. Mas, a verdade da existência de uma entidade, fato ou
objeto desde quando essa verdade não seja criada pela mente do homem é a única
verdade existencial desse objeto ou entidade. Enquanto a “Verdade universal”
que é a verdade da própria verdade é eterna o quanto o seja a eternidade! Sendo
eterna, por não ter um princípio ou um fim determinado por uma mente, nem ser
acessível ao conhecimento sempre mutável do homem. Eis então, porque
Krishnamurti nos diz que o homem sempre buscará a verdade contida na própria
verdade, mas, não a encontrará. Estando disponível ao homem somente a verdade
do próprio homem. Estes três apêndices acima, de Albert Einstein, Helena Petrovna Blavatsky e Jiddu Krishnamurti, os inseri na abertura desse ensaio, propositadamente
para meus ilustres leitores leigos verem e entenderem que tudo montado pelo
intelecto do ser humano pode ser contraditado por outros humanos com os mesmos
paradigmas ou com outros, e com igual ou diferenciado grau de conhecimento,
principalmente, se for da mesma área os seus saberes. Nesse caso, entendamos,
naturalmente que as causas dessas contradições, são os erros praticados pelos
homens a que estes três sábios se referem nos textos acima, ou sob outro
enfoque, podem ser praticados pelos próprios sábios, nenhum humano está imune
ao erro. Observem que esta minha opinião sobre estes três textos, é heurística,
portanto, uma opinião pessoal, e que, (como tudo dito pelos humanos), também,
está sujeita a erros e contradições. Einstein, é provável que estivesse se
referindo as mentes medíocres e às contradições e erros dos cientistas, seus
opositores na época. Blavatsky, em 1875 juntamente com Henry Steel Olcott e
William Quan Judge fundaram a Sociedade Teosófica, mas, ao escrever o texto
acima, na certa estava fazendo referência às mentes superficiais e às
contradições e erros daqueles que não aceitavam nem compreendiam os fundamentos
da Sociedade Teosófica transferida em 3 de abril de 1905 para o Bairro de Adyar
na cidade de Chennai na Índia, essa transferência foi feita pela própria
Blavatsky e Olcott. Já o filósofo Jiddu Krishnamurti como um dos mais renomados
pensadores e conferencistas do século XX, embora tivesse formação acadêmica
britânica, ele fazia todas suas palestras como um livre pensador, filósofo e
teósofo indiano, sempre como palestrante convidado das universidades, suas palestras normalmente, eram proferidas
para professores, “corpo docente”, das maiores universidades dos mais diversos
países do planeta, ele falava exatamente a uma classe que sempre tentou, e
nunca deixará de tentar impor as suas verdades aos seus discípulos. Portanto
fazia referência a estes senhores e às suas contradições e erros. E creio que
não notassem que Krishnamurti se referia exatamente a eles! Mas, o problema
maior que dimana de cada um desses arrazoados, não é a “verdade procurada”, nem
o que levou cada gênio a escrever seu texto! Mas sim, o fato que tudo que os
humanos disserem ou escreverem, será sempre direcionado a “outros humanos”, e
de que, quem fala ou escreve, sempre considerará estes “outros humanos” em
situação inferior a eles próprios, na escala de “conhecimento e sabedoria”,
principalmente quando fizer referência velada ou não, aos humanos,
naturalmente, enquanto estes forem seus opositores paradigmáticos, “et c’est
fini”. Temas
polêmicos e complexos, sempre foram mais interessantes que os consensuais e
mais simples. Sendo esse, um dos vários motivos da minha preferência e escolha
do “Espírito”, como o tema central a ser abordado neste ensaio.
A UM
ESPÍRITO ILUMINADO
8”OE”. Este
ensaio será escrito em homenagem ao “espírito” iluminado de Hippolyte Léon
Denizard Rivail, (1804-1869), ou Allan Kardec. Abordaremos o conhecimento do
“sapiens” no que diz respeito à sua “espiritualidade”. Mas, teremos diante de
nós o que diz sobre o mesmo assunto, a “ciência” que não acredita na existência do
“espírito”. Crença esta que não altera a realidade da existência do “espírito”.
Seria interessante observar que esse pacote de conhecimentos que os homens
montaram a partir do início do século XVI, e que foi chamado pela primeira vez de “ciência” em 1835 pelo historiador inglês, filósofo,
teólogo, polímata e padre anglicano William Whewell, (1794-1866). Embora esta
data de 1835 não represente a data do nascimento da ciência, pois ela nasceu,
como dito, um pouco mais anteriormente, no início do século XVI, próximo a
época dos descobrimentos. Independente disso, adotaremos nesse estudo sobre o
espírito uma abordagem espiritualista, mas, algumas vezes nos encontraremos
diante do materialismo da ciência, dessa forma não teremos muito a estudar e quase
nada a opinar sobre o que a ciência tem a dizer sobre o assunto. Não seria
razoável ou lógico desenvolver um estudo aprofundado sobre o que diz a ciência
sobre essa entidade “espírito”, desde quando a própria ciência considera o
“espírito” como inexistente. Então, nenhuma opinião pode alterar a condição de
uma entidade quando inexistente. Por sua vez, nenhuma opinião pode alterar a
condição de uma entidade quando “existente” em qualquer de seus princípios e
categorias mais básicas, como exemplo podemos citar as 12 “Categorias Sensíveis”
do filósofo Immanuel Kant: 1). Quantidade: Unidade, pluralidade e totalidade. 2).
Qualidade: Realidade, negação e limitação. 3). Relação: substância, causalidade
e comunidade. 4). Modalidade: Possibilidade, necessidade e existência. Ficando
estabelecido que ao falarmos sobre qualquer opinião da ciência sobre o
espírito, ela seria correlatas a uma dessas “Categorias Sensíveis”.
NASCE UM SUPORTE AO PENSAMENTO ESPIRITUALISTA
9”OE”. Antes
de 1850 não somente as pessoas comuns, e os livres pensadores, mas, também os
filósofos, mesmo os espiritualistas, enfrentavam imensa dificuldade para
discorrer, discutir e analisar com alguma propriedade o tema “espírito”. Antes
dessa data, o tema na realidade era muito discutido considerando o nosso “eu”
cognitivo ou consciência e a nossa personalidade como se fossem o nosso verdadeiro
espírito com origem transcendental e divina. O “espírito” iluminado de
Hippolyte Léon Denizard Rivail, (1804-1869) mudou essa situação codificando a
Doutrina Espírita. AS seguintes obras formam a codificação da Doutrina
Espírita: (O Livro dos Espíritos, de abril de 1857 - O Livro dos Médiuns, de
janeiro de 1861) - (O Evangelho Segundo o Espiritismo, de abril de 1864) - (O
Céu e o Inferno, ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, de agosto de 1865)
- (A Gênese, ou os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, de janeiro de
1868). O codificador do espiritismo Hippolyte Léon Denizard Rivail, este, ficou
conhecido no mundo pelo pseudônimo celta de: Allan Kardec.
ASSIM
COMO TODAS AS ESPÉCIES, A ESPÉCIE HUMANA À MEDIDA QUE EVOLUI DENTRO DO TEMPO,
TORNA-SE MAIS COMPLEXA
10”OE”. Diferentemente de quando ainda “homo
erectus”, há mais de 2 milhões de anos, o pensante atualmente, comanda a
fábrica que tece suas contradições, seus acertos e, seus erros, com isso, vem
mantendo a sua ainda não compreendida existência! No entanto, este mesmo homem
pensante, através dos tempos, tem se revelado uma eficiente máquina para
produzir menos acertos, e mais desacertos que resulta em suas contradições,
pois, antes de alcançar o fim da tecedura de um desacerto, outro já está
entrando no tear. Em função desse comportamento! O homem que nega a existência
do espírito é o mesmo homem que busca a sua consciência cognitiva na matéria de
que é feito seu cérebro. Ora! Há diversas maneiras de nos vermos! Podemos dizer
sem erro, que somos trinos, sendo dois “eus”, um consciente e outro
inconsciente, e o terceiro o nosso “eu” material e que mais cuidamos! Mas.
sendo inerte como consciência. Então, pergunto a esse mesmo homem que diz não
possuir espírito, qual seria o tear, a linha e a urdidura, dos quais emana o
tecido, que gera a “tessitura do intelecto cognitivo” desses seus dois “eus”
interiores? Ambos, abstratos, energéticos e inteligentes.
O QUE
SERIA O ESPÍRITO?
QUE
ALGUNS NEGAM A EXISTÊNCIA...
11”OE”. Então meus inteligentes leitores,
aqui e agora, estaremos juntos na busca do entendimento do que seja o nosso espírito,
ou a essência da subespécie “homo sapiens sapiens”. Ou como quer a ciência, que
estes mesmos homens tolos e vaidosos criaram, e que querem que nosso espírito,
nada mais seja, que nossa função neuronal que chamam de “enteléquia”. Seria interessante observar
que esse pacote de conhecimentos que atualmente é chamado de ciência, foi assim
denominado em 1835 pelo
historiador inglês, filósofo, teólogo, polímata e padre anglicano William
Whewell, (1794-1866). Neste ensaio, amados leitores, trataremos da essência
da vida do animal pensante e inteligente, que devido a sua pouca evolução atual
se autodenomina de “gente”, naturalmente que me incluo nessa classe de animais
chamados de “gente”. O que aqui tentaremos decifrar, seria a priori e
necessariamente, a essência de sua essência que chamamos de “espírito”, motivo
de tantas controvérsias entre seus próprios usuários, que se dizem seus proprietários
e possuidores! Quando na verdade ocorre o contrário, pois, é o espírito que nos
comanda, sendo talvez, não nosso proprietário, mas, com relação ao nosso “eu”
pessoal ou personalidade, ele com certeza seja o nosso Mestre e Guia,
orientando nossos comportamentos na senda da evolução dentro de nossa breve
existência. Num futuro ainda não estabelecido, que pode ser hoje, ou amanhã, ou
quem sabe, num futuro imprevisível e distante. Quando conseguirmos decifrar completamente
essa essência que chamamos de espírito, teremos naturalmente, decifrado todos
os segredos ainda não resolvidos da existência e da criação da vida inteligente
e não inteligente presente no planeta Terra. É interessante pontuar, que em sua
essência, todo “ser” vivo é fruto de um ato inicial extremamente inteligente e muito
antigo dentro do tempo, pois, os primeiros seres vivos surgiram no planeta há 3
bilhões e 750 milhões de anos, possuindo todos estes seres, desde estes mais
antigos, um constructo com origem inteligente. Embora busquemos conhecer a
essência do espírito, essa busca ao longo dos séculos só tem oferecido aos
buscadores, o desconhecimento, nós ainda não conseguimos penetrar na verdade
transcendente maior que envolve toda a existência desses seres, inclusive a nossa
existência, a recompensa maior dessa busca intencional seria decifrar o que
seja a nossa essência, mas, a busca por um entendimento dessa essência poderia
nos mostrar na tentativa de nos conhecer, um vislumbre do que seja a
inteligência responsável pela criação do universo e desses infinitesimais e
diminutos seres inteligentes pensantes, que se autodenominam, de “homo sapiens
sapiens”, que no atual momento e seu ainda pequeno grau evolutivo, dominam e
habitam de forma desastrosa o planeta Terra. O processo cognitivo que nos
permite perquirir, analisar e tomar decisões é uma das nossas mais importantes
faculdades intelectivas, e que tem levado evolução ao homem ao longo dos
milênios, essa capacidade de formular
uma imensa e variada gama de perquirições dirigidas a todos as áreas do seu
entendimento, principalmente na busca de seu “eu” interior, tem gerado uma
imensa gama de respostas, embora ainda não tenha conseguido respostas para
todas as perguntas, pois, é tão importante obter as respostas, o quanto é
necessário formular as perguntas de maneira coerente, inteligente e adequada,
de forma que dentro das perguntas estejam contidas suas próprias respostas. Pois,
não existe uma única resposta, em que previamente não esteja contida a própria
pergunta que a gerou! Isto, por serem contíguas e não excludentes. Estando assim,
em qualquer pergunta, contida implicitamente a sua resposta. As perguntas e as
respostas são como nas relações entre os seres que se amam, quando podem dizer
que a recíproca é verdadeira! Então podemos afirmar que em toda e qualquer resposta
quando “verdadeira”, estará contida e implícita a pergunta que a gerou.
O
PERMITIDO E O NÃO PERMITIDO AO ESPÍRITO
12”OE”. Saibais! Pois, lhes é permitido saber
que no jardim das flores da vida escolhi e colhi o Espírito como a flor da vez!
Mas, antes saibais que não lhes é permitido saber o que seja você próprio, e
óbvio, muito menos seus semelhantes. Este fato é motivado pela verdade de que a
“Verdade” não pode ser totalmente revelada aos seres humanos devido ao seu
atual grau de evolução espiritual. Ousai saber, assim vamos ver o “porquê” da razão
e do uso que faço da frase “Sapere aude”, de Kant, que inseri logo no início do
ensaio! Eu não me canso de utilizar esta frase, eu a utilizo com certa frequência,
que até chega à beira do exagero. Com esta frase dou suporte à principal finalidade
de meus singelos ensaios! Que é, “nos levar a pensar”! Dirijo-a principalmente
a mim. Esta frase contém uma sabedoria universal, aquele que não ousar saber!
Não acumula os conhecimentos necessários à evolução do espírito. Eu utilizo essa
frase de Immanuel Kant, (1724-1804), desde a primeira vez que a vi! Talvez, o
faça como um autoestímulo, na busca por conhecimento e de evolução espiritual! Kant
a utilizou pela primeira vez no seu ensaio Resposta à Pergunta: O
que é o Iluminismo? (1784) – Eu li a “Resposta à Pergunta”, na década de 70,
confesso que não me agradou, ali você lê o paradigma de Kant limpo e claro,
Kant era ateu, e estava embevecido com a nascente e ainda insipiente ciência
vigente no século XVIII e início do XIX, embora a tenha publicado em 1784. No mesmo
ano em que li o ensaio de Kant procurei a resposta dada ao mesmo tema, e escrita
por Moses Mendelssohn, (1729-1786), na livraria Civilização em Salvador e não
encontrei, na época era muito difícil a busca por alguns livros com temática
específica. O
certo é que: Aquele que não ousar saber, não evolui o conhecimento do seu “eu
interior”. Observe, que esta frase não é
original de Kant, ela foi utilizada pela primeira vez por Horácio no “Epistularum
Liber Primus”, livro 1, carta 2, verso 40. “Dimidium facti qui coepit habet:
Sapere aude”. “Aquele que começou tem a obra pela metade: Ousai saber!”. Quintus Horatius Flaccus, (65 a.C. - 8
a.C.). Eu sempre gostei dos temas polêmicos! Enquanto,
a maioria dos ensaístas fogem deles! Eu os adoro, os aprecio, não porque eles
sejam mais difíceis de se lidar, mas, porque com eles teço meu próprio
aprendizado, e assim, desenvolvo meu próprio intelecto, e óbvio, a evolução do meu
espírito. Mas, é bom lembrar aos meus leitores leigos, pois, não adianta lembrar
aos meus “leitores acadêmicos, porque eles não acreditarão nisso”: o
desenvolvimento do espírito não é feito com o “conhecimento acadêmico”, mas
sim, com a sabedoria. Duas coisas distintas e excludentes. Os temas polêmicos a
que me referi acima, para mim, antes de serem desafios, são armas de evolução, amplio
minha área de conhecimentos com os temas polêmicos. Os temas polêmicos, os
considero como se fossem ricos campos pontilhados de flores da vida, com pétalas,
espinhos, folhas, hastes, cores e perfumes e principalmente, “sombras” desconhecidas
e espalhadas pelo chão de todas as formas. Estes temas polêmicos, sempre contém
uma miríade de questões e perguntas, ainda não resolvidas e nem respondidas,
nesse jardim coberto de flores, as mais numerosas são as “floribus dubium”. Ao escolher
um tema aleatoriamente, um bilionésimo de segundo depois após o início dessa
escolha, já percebemos a complexidade ou não do tema. Aí, se complexo, então o
desafio torna o tema mais interessante, exatamente, por sua complexidade, então
o desafio ultrapassa a própria perplexidade advinda do tema, e você calmamente
o enfrenta. Hoje,
para minha surpresa, “escolhi e colhi” o Espírito como a flor da vez! Assim,
chamo a atenção do leitor para o fato de que, o que aqui tratarmos sobre o espírito,
por sua própria natureza oferece uma ampla gama de dificuldades que aflorarão
na sua análise! No campo filosófico, seus nomes são muitos e variados, tais
quais: (“Ser”, “Mente”, “Tò”, “Consciência”, “Enteléquia”, “Ego”, “Ente”, “Eu”,
“Sopro”, “Espírito”, “Alma”, e outras lagartixas! Que fique esclarecido, que o que entendo por
espírito, absolutamente, não seria nossa personalidade, nem tampouco nossa
visão de mundo, a que chamamos de paradigma. Mas sim, a essência do nosso “Eu”
interior, nossa “alma” com origem na energia vital que nomino de: “Magna Vita
Organismus”, existente no planeta, portanto, com uma origem “divina”, e, preexistente
ao nascimento de todos os seres vivos. O próprio tema “espírito”, reporta-se a uma
complexidade de difícil definição e análise. Conforme seus próprios
proprietários e usuários podem perceber, e nesses usuários, existe uma grande
parte que chamamos às vezes indevidamente, de “homens cultos”, segundo alguns destes
mesmos “homens cultos”, o espírito possuiria uma miríade de “apêndices” que
moram em nosso córtex, e que chamamos de neurônios. Que fique esclarecido que
nenhum, absolutamente nenhum humano, é “culto” em assuntos que se refiram à
divindade, exatamente porque o assunto “Divindade” ainda está completamente fora
do alcance dos mortais humanos. Ora! Se nem a si próprios conseguiram decifrar,
não há, nenhuma possibilidade de já tenham conseguido decifrar o que seja a
inteligência que tudo criou, que chamamos de Criador e de Deus! E que eu julgo
mais acertado chamar de “Inteligência Cósmica”. Observa-se esse desconhecimento
de si próprio, quando se estuda as “proposições” dos cientistas da
neurociência, as ideias de psicólogos, filósofos, psiquiatras e analistas do
“eu”, principalmente, os teólogos alguns desses, se veem como os únicos
conhecedores da “Verdade Universal”, não nos esquecendo dos homens comuns, e também
dos pensadores como eu, insignificantes, tolos, vaidosos, todos na realidade
são minúsculos seres iniciando a evoluir, independentemente, da grandeza que
pensam possuir.
SEM
AS RELIGIÕES, OS CAMINHOS QUE A HUMANIDADE
BUSCOU
E TRILHOU PARA SE DESENVOLVER
SERIAM
MUITO MAIS CHEIOS DE ESPINHOS
13”OE”. Quando chega na área das religiões,
então é que a “coisa” desanda mesmo, pois, temos no planeta mais de dez mil e
quinhentas associações de humanos, voltadas para o culto da Divindade que os
seguidores e nós chamamos de “religiões”,
e que elas, as religiões, e seus membros, os das “proposições” descabidas, por
pura burrice, vaidade e talvez, por idiossincrasia semântica chamam de outras
coisas, como seitas, doutrinas, crenças filosóficas, e até mesmo de
religiões, alguns críticos pertencentes
a associações outras, que se consideram mais cultas, e únicas sabedoras dos
segredos da existência da Divindade, então, essas outras as classificam como
sincretismo, exoterismo, ou até mesmo como pertencentes à “especialíssima” área
do esoterismo, nessa área é que o orgulho pelo pseudo conhecimento do que seja
a Divindade, o que mais os marcam como
vaidosos e tolos que são! Essa
grande parte de humanos, como simples animais que iniciaram a pensar ontem, hoje,
se julgam os donos da verdade maior, esses homens que se julgam cultos em
“divindades”, e que acreditam que criaram uma ciência, quando na verdade
criaram foi uma pseudociência, que chamam de teologia, estes vivem a copiar
textos antigos, como se os homens do passado fossem mais evoluídos que os
homens do presente! O que é uma imensa burrice disfarçada de sabedoria! Não
podemos ou devemos menosprezar as sabedorias do passado, pois foram os degraus
nos quais subimos para alcançar o patamar onde estamos hoje. Mas, não podemos
considera-las superiores às sabedorias do presente, sob pena, de estarmos
considerando que a humanidade esteja regredindo evolutivamente seu espírito. A
verdade que aflora disso, seria que se os homens do passado fossem mais
evoluídos que os homens de hoje! A
humanidade estaria “involuindo” ou regredindo. O que seria também, uma transgressão
nas leis da natureza, o que tornar-se-ia uma contradição, pois sabemos que o
universo e os homens estão em crescente evolução. Sendo um ato inteligente e aconselhável,
o escritor que pretender tratar de qualquer assunto referente às religiões, se
retrair um pouco nas suas proposições e assertivas, como meio de se proteger
dos fanáticos, e assim, se pôr à salvo das perseguições, (o mínimo que te
oferecerão, será o isolamento e a difamação, o que fará gerar o descrédito
sobre o que escreverdes). Há poucos séculos muitos foram parar na fogueira por
discordarem de crenças errôneas de algumas religiões. Hoje, o perigo não está
mais nas religiões instituídas, por causa da evolução das leis, com a formação
dos modernos “Estados Laicos”, separados das religiões. O perigo está sim, nos seus
membros fanáticos. Sendo que cada uma dessas associações de humanos, cria sua própria
definição e ideia do que seja Deus! O Criador do Universo, o do que seja o
homem, e do que seja seu espírito, interessante, não acertaram em nenhuma
dessas definições e proposições. Nesse ensaio não tratarei do tema “Divindade”,
simplesmente por não possuir evolução espiritual numa dosagem suficiente e necessária
para tratar de tal tema, e ponto final. Isto decorre do fato de que, o que
chamamos de “espírito” dos seres que chamamos de “humanos”, tende a ser a única
e a principal motivação e razão da existência da subespécie de humanos, que
erroneamente foi classificada em 1735 como “homo sapiens sapiens”, óbvio, que
não estou tentando desmerecer o trabalho do genial médico, botânico e zoólogo
sueco Carolus Linnaeus, (1707-1778), o que seria um despropósito. Este problema
é gerado por pura estultícia da maioria da subespécie. Tendo-se que observar que
o espírito seria a principal razão da existência das religiões no mundo, e
algumas dessas religiões dizem que não existe o espírito. Se você observar bem,
até os humanos que pregam e dizem que não acreditam na existência do Espírito,
estão criando uma religião para eles! E dentro dessa moderna religião que está
sendo criada e que ainda não tem “nome”, nome esse, que inicialmente será escolhido
pelos seus críticos, como ocorre sempre. Mas, ela já tem um “Deus”, que se chama
“Ciência”. (Essa nova religião nada tem a ver com a “cientologia” de Hubbard).
Essa nova religião cujo Deus é a “ciência”, desde o início do iluminismo que esta
nova religião vem sendo insistentemente citada e montada pelos filósofos que
pensam que são filósofos, sendo essa a fonte da crença desses pensadores
mecanicistas, atomistas ateístas e outros “istas” e “ismos” em voga, e por
criar. O que chamo de “filósofo ateísta”, seriam aqueles que defendem e
praticam publicamente o ateísmo, ou seja, pregam e defendem a inexistência de
uma divindade, de uma inteligência que transcenda ao próprio universo, mas que no
íntimo, não são ateus! Estes fazem suas orações em silêncio, com as portas
fechadas, e sob os cobertores, de tal forma, que nem suas esposas tomam
conhecimento desses momentos de fé. Eu disse, filósofos ateístas, e não filósofos
ateus, porque não existe um ser humano cem por cento ateu, lá no fundo da consciência
daquele que diz não existir o espírito nem Deus, instintivamente persevera uma
dúvida. A partir da época em que a humanidade assentou o traseiro no crescente
fértil, tornando-se sedentária, e formaram as primeiras sociedades organizadas,
logo criaram as primeiras religiões. Sem estas, teria sido extremamente difícil
controlar os instintos primitivos dos “sapiens” das primeiras comunidades
organizadas, ou povos. Uma das principais e maiores invenções dos primeiros
governantes foi exatamente as religiões, o benefício e a necessidade delas é
visto até hoje! Todos os estados modernos dependem das religiões, embora seja
um “Tabu” tocar no assunto. Os Estados totalitários que não aceitam as
religiões, criam leis que lhes dão o direito de exterminar os malfeitores de
forma sumária e sem custos, implantando o terror e o medo em suas sociedades
sem Religiões. Fora estes casos! Todos os outros tipos de Governos são ávidos
por impostos para crescer seus PIBs. Mas, inteligentemente dispensam os
impostos das religiões. O motivo disso é fácil de se perceber, a religião educa
as sucessivas gerações de jovens, sem as religiões com sua educação religiosa,
que resulta no controle comportamental da juventude, seus futuros cidadãos, sem
as religiões, o Estado não conseguiria manter o imenso sistema judiciário e
policial que seria necessário para controlar uma grande parte da sociedade que
debandaria para o crime. Uma cidade como Vitória da Conquista-Bahia, com uma
população de 350 mil pessoas, segundo o blog (Diário Cidade), existe 336
(trezentos e trinta e seis) templos religiosos ou igrejas, considerando cada
uma com uma média de 150 (cento e cinquenta) membros, são 50.400 (cinquenta mil
e quatrocentos) soldados de Cristo orientando a juventude para o bem. E somente
um batalhão de Polícia Militar e, algumas delegacias Civis. Sem as religiões a
situação seria o inverso. Haveria 336 batalhões de Polícia Militar, e uma
Igreja. Planetinha de uma sociedadezinha de humanos que creem evoluídos, que na
realidade são xucros. E ninguém vê isso. Então! Quem garante a existência
harmoniosa da sociedade são as Religiões! Salve as Benditas Religiões de todos
os credos.
ÀS
VEZES, ALGUNS HUMANOS CONSIDERADOS COMO
OS
MAIS SÁBIOS, AGEM COMO OS MAIS TOLOS,
E SÓ VEEM
O QUE QUEREM VER
14”OE”.
Quanto ao “bulismo” de Bertrand, este foi proposto pelo pouco entendimento, responsável
pela grande vaidade, orgulho e “fraqueza” de Russell, ou pela ausência de uma “força”
bastante poderosa e inteligente que lhes alertasse da sua “fraqueza”, e ele assim,
conseguisse ver com os olhos da razão, o que lhes mostraria a “lógica” contida
no Teísmo. O bulismo contém a essência do ateísmo, enquanto, o Teísmo contém a
essência da “Inteligência” criadora do universo e da vida. Esse problema criado
com a “fraqueza” do paradigma de Bertrand que Russell não pode resolver com
outro contra argumento, senão com o paralelismo do “bulismo”. Este “bulismo” só
satisfaz aos seres que acreditam que são inteligentes, mas, não são
suficientemente inteligentes, para perceberem que o universo é inteligente. O
bulismo só não criou fama por ser somente um paralelismo a uma inteligência do
universo, e porque estava sujeito a pequenez da força de gravidade do planeta,
essa sua pequenez é notada quando diante do potencial da gravitação de todo o
universo. Se esta “Inteligência Universal” não existisse, a inteligência na sua
forma menor, representada pelos organismos inteligentes que chamamos de “humanos”,
também não existiria, e então o “bulismo” não teria sido criado, inclusive seu
“criador”, assim, sua criação tornou-se somente mais um “ismo”, que como todos
os outros “ismos” tende a desaparecer junto com seu criador. Por falar em
“ismos”! Vamos facilitar o entendimento dos nossos leitores leigos, sobre dois “ismos”
em pauta. O Teísmo e o Deísmo! Quanto ao Teísmo: O que marca o teísmo é a
defesa do monoteísmo, e sua onipresença, onisciência e onipotência, sua
proposição mais significativa seria o fato de que sua Deidade seria
transcendente ao próprio Universo. Quanto ao Deísmo: A sua principal marca é
que seu Deus possui ampla relação com a raça humana, sendo enfatizada a criação
do homem por seu Deus, inclusive a sua capacidade de raciocinar, com isto,
rejeitam todos os dogmas de quaisquer outras religiões reveladas por um Deus,
os deístas acreditam que o conhecimento que se pode ter de Deus dependerá
sempre de sua própria compreensão. A respeito dos “ismos”: Todos os “ismos”
tendem a desaparecer dentro do tempo. Pois, nos diz a razão, que a “Verdade” sempre
prevalecerá.
OS
ESPÍRITOS NÃO PERCEBEM O TEMPO
15”OE”. Observem bem, que estes arrazoados
que seguem não se referem ao que nos propõe o Carlo Rovelli sobre o tempo. As
setas que vêm do que chamamos de passado, céleres, chegam ao que chamamos de presente,
o qual, também céleres, se transformam no que chamamos de futuro. Então, sabemos
e temos certeza que este presente desaparece deixando de existir, mas, o mais
difícil de entender é que este presente embora deixe de existir, nunca deixa de
estar “presente”. Para facilitar o entendimento do que seja esse tempo que só o
notamos no presente, vamos a outra definição deste ente misterioso que chamamos
de tempo. O tempo para nossa cognição é mais facilmente compreendido se tentarmos
vê-lo unicamente como sendo um presente eterno. Sendo que este presente eterno
possuiria duas entidades, enquanto uma se dirige para o passado, a outra se dirige
para o futuro. Disso, deduz-se que o tempo é cindido. Sendo a esse processo
físico de divisão binária do presente que os homens esperançosos do passado, do
presente e do futuro chamam inteligentemente de tempo. Qualquer mente que
conseguir penetrar nesta cisão, terá acesso ao passado e ao futuro. Assim,
deduzimos que passado, presente e futuro seriam a mesma entidade que chamamos
de tempo. Desses arrazoados podemos deduzir que o tempo não existe, sendo que o
tempo como nós o percebemos seria somente uma elucubração de nossa mente. Assim,
prevalece a proposição espiritualista que os espíritos não percebem o tempo
assim, como nós o percebemos.
A DIFICULDADE
OU A FACILIDADE PARA SE ENTENDER AS PROPOSIÇÕES COM APARENTES COMPLEXIDADES, SERIA
A ÚNICA MEDIDA DISPONÍVEL, PARA SE MEDIR A EVOLUÇÃO DE CADA “ESPÍRITO”
16”OE”. Aqueles que não conseguirem
compreender o que diz o marcador anterior 15”OE”., nunca irão compreender o que
seja a vida do espírito dentro do tempo, e assim, criam todo tipo de idiotices.
Vamos a uma novíssima e grande idiotice recentemente criada, a crença que é
vista como uma sabedoria por quem criou e por quem nela crê, vista mais como
uma piada pelos homens de bom senso. Esta piada é chamada de “Terraplanismo”. Como
disse, alguns, por “criarem”, outros por “acreditarem”, todos por “pregarem” o
“Terraplanismo”, o incrível, é estas são coisas e crenças de pessoas, que se
dizem inteligentes e cultas, “nos seus limites naturais de uso da razão” dizem ser
verdadeiras, mas, que a maioria que dizem que creem, na realidade não acreditam,
pois, intuitivamente e realmente não podem acreditar por ser uma criação
inconsistente, que vai de encontro ao próprio bom senso. Eles somente dizem que
acreditam, isso, para conseguir mais adeptos idiotas e incultos para encher os
cofres de suas igrejas de “dinheiro” e de escrituras de mais propriedades, imóveis
e etc., a utilizam como fábrica de capital para alimentar suas religiões. O
motivo é a necessidade de se aumentar o número de adeptos, não é necessário
esclarecer, a razão, por ser sobejamente conhecida. No entanto, eles dizem que
é para leva-los para o Céu. Observem que aqueles, “idiotas incultos” que
participam e divulgam o “Terraplanismo” e que acreditam cegamente nessa proposição
burra que vai de encontro ao próprio bom senso do “sapiens”, ou seja, que vai
de encontro à percepção da “natureza física do planeta” não satisfazendo as nossas
percepções sensoriais e intuitivas, indo de encontro também às leis da física, principalmente,
de encontro à nossa inteligência, na realidade, o Terraplanismo tem sido,
ultimamente o maior responsável pelo aumento do número de ateus. Pois, seu Deus
passa a ser considerado um Deus incompetente, pois, não soube fazer nem o
planeta em que moramos. O “Terraplanismo” é uma “birra” de religiosos cultos, ávidos
por dinheiro ou pecúnia, mas, burros, versus a ciência. Existe a possibilidade
da ideia do que chamam de Terraplanismo ter sido criada por pessoas pouco
inteligentes como uma forma desesperada de desacreditar a ciência, pois a
ciência está levando a manada de humanos burros que não conseguem entender e
ver a inteligência do universo, para os braços do ateísmo, o que tem esvaziado paulatinamente
as igrejas de seus adeptos carneiros para a tosquia dos pastores. Refiro ao fato do abandono e saída dos
adeptos existentes, e não a diminuição da aquisição de novos adeptos. Seria
bom que se lembrassem que: (sabedoria nada tem a ver com conhecimento
acadêmico). Como já disse: A criação do “Terraplanismo” atualmente, seria algo desnecessário
e sem sentido, pois a própria “ciência” na área da psicologia e da neurociência,
principalmente, na área da física quântica, estão abraçando o holismo,
portanto, próximas de descobrir que o Universo possui inteligência, e que foi essa
inteligência que criou o universo. Inteligência esta que nada mais seria que, (o
que a maioria dos animais proto semievoluídos, que chamamos de humanos), chamam
de Deus e, que eu chamo de Inteligência Cósmica. Com pouco tempo, a área da
psicologia e da neurociência vão chegar a essa mesma conclusão. Anote que
muitos cientistas já chegaram a esta conclusão. Embora no momento, esse Deus das
religiões ainda possua vários nomes. Com certeza a física quântica vai
descobrir assustada que o homem é parte integrante dessa inteligência que criou
o universo, isso ocorrerá naturalmente, lembre-se que só temos quinhentos anos
de ciência. Sendo o homem o próprio universo tomando conhecimento de si próprio,
esse fato da existência da Inteligência Cósmica, não vai demorar muito para ser
acreditado e confirmado pela própria ciência. É bom adiantar! Que todos os outros
seres inteligentes, que por ventura existirem no universo distante, ou seja,
noutros exoplanetas já descobertos e por descobrir. Também estarão na mesma
condição dos humanos aqui na Terra! Também serão “como nós”, o universo tomando
conhecimento de si próprio. Quando a física de partículas descobrir, e ao se
aprofundar no porquê da interação de nossa mente com os experimentos quânticos,
logicamente, estas deduções os levarão a esta descoberta e ao consequente reconhecimento
dessa verdade, que no momento está a aflorar nas diversos áreas do pacote de
conhecimentos que chamamos de ciência, como psicologia, neurociência e biologia.
E assim, a física quântica fazendo parte desta mesma ciência, então seria a própria
ciência através da física quântica quem melhor e mais facilmente nos demonstraria
isso. Os animais pensantes, são feitos das mesmas partículas que sofrem o
tunelamento, a não localidade, o efeito das duas fendas, o gato de Schrödinger,
e tantos outros. O motivo da nossa mente interferir nalguns desses experimentos,
seria o fato da energia inteligente que forma nossa mente, ser a mesma energia
com a qual a “Inteligência Cósmica”, rege, dinamiza, e organiza o micro e
consequentemente o macro cosmos, desde um tempo indeterminado, na direção da
seta do passado e da seta do futuro. Lembrem-se que entre estas duas setas está
o presente.
DEZ QUESTÕES SEM RESPOSTA
17”OE”. O Tema “Espírito”, é muito complexo, para quem
não possui evolução espiritual! Só temos uma certeza certa, que é a seguinte!
Ninguém no planeta sabe o que seja o espírito, isto, em todos os modelos e
sentidos, com ênfase no que é proposto pelas religiões, e pelos que creem que
são teólogos e filósofos espirituais, e outros que se dizem cientistas, esses
últimos são os piores, quando são possuidores de uma cota de inteligência mediana,
quase insignificante, são os que mais defendem a inexistência do espírito,
julgando que agindo assim, ficam mais bem vistos, pelos verdadeiros filósofos e
cientistas. Deixemos estes pseudo-filósofos-cientistas, desfrutarem em paz a
crença dos tolos. Claro que reconheço que a maioria dos cientistas, realmente
desenvolvem a ciência, em benefício da humanidade. Essa classe inteligente e operante,
nos dão a ciência de hoje, ciência que por seu próprio dinamismo, se altera e
evolui a cada dia, são por isso, estes humanos realmente filósofos e cientistas
evoluídos, estes são nossos benfeitores! Estou somente os reconhecendo como verdadeiros
filósofos e cientistas de hoje, mas, não é dessa forma que os seus pares, filósofos
e cientistas do futuro verão a filosofia e a ciência de hoje, isto, daqui a algum
tempo no futuro, “coisita” de vinte mil anos! Sei, e bem sei que vão argumentar
tentando me contradizer, mas, os homens de hoje não passam de homens dos três
sábios. Já faz mais de três mil anos que os homens que chamamos de filósofos vêm
tentando definir o que seja o homem, e qual seria a sua essência ou espírito, e
até hoje, ainda não conseguiram, como podemos chamá-los de sábios e filósofos? Sabemos
que as suas limitações são inerentes ao próprio desenvolvimento da sociedade
humana. Deduz-se atualmente que a maioria são uns idiotas, e vendedores de
livros, só se salvando alguns. A melhor e maior prova disso é a disparidade de
definições e conceitos que se criou a respeito do que seja o homem e seu espírito.
O que nos leva a outra certeza certa! De que realmente, o Espírito é um dos
temas mais polêmicos da gnosiologia. Há de se crer, que pelo menos desde a
criação das religiões primitivas, que teve seu registro de início em torno de
sete a nove mil anos atrás, no crescente fértil ou mesopotâmia e na antiga Índia. Portanto, esse é o tempo
que o registro dessa dúvida chamada de religião acompanha os homens. Agora é a vez de pôr os cientistas em seu
devido lugar! Considerando que a ciência moderna teve início no princípio do século
XVI, então essa jovem dona ciência já completou quinhentos e vinte anos. A velha ciência, segundo os tolos já tem mais
de 4 (quatro) mil anos ou mais, quando o homem começou a entender a natureza,
como se isso fosse fazer ciência. Independente disso, existe uma infinidade de “perguntas
sem respostas” dentro da ciência moderna! Vamos citar somente dez: 1). O que é
a consciência cognitiva do humano? 2). Com qual espécie de energia nós
pensamos? 3). Como as mães presentem
instantaneamente a morte dos filhos no front, às vezes do outro lado do
planeta? 4). O que nos levou a começar a adquirir e desenvolver o que chamamos
de “pensamento”? 5). Como as aves, animais com cérebros tão pequenos, em
imensos bandos se orientam nos balés feitos nos voos nos céus, e nas migrações?
6). Como surgiu o universo conhecido? 7). O que é o duplo escuro? 8). O que
existe além da radiação de fundo? 9). O que é a gravidade? 10). Como surgiu a
água no planeta Terra? De quebra acrescento mais uma: 11). Como os povos anteriores
aos romanos da cidade de Baalbeck no Líbano, há talvez, mais de 5.000 (cinco
mil anos) atrás, numa época, reconhecidamente sem tecnologia, conseguiram movimentar
os megálitos de 1200 (um mil
e duzentas) toneladas, das antigas bases já preexistentes, e utilizadas para a
construção do templo de Jupiter pelos romanos em (138 d.C. a 217 d.C.), na
cidade de Baalbeck ou Heliópolis no Líbano? Todas estas questões, estão diante
da ciência de hoje, e de nós, ainda sem suas
respostas. Estas perguntas sem respostas existem aos milhares, e o
homem tolo como ainda é nos dias de hoje, crê que a “sua” ciência e a “sua”
filosofia já atingiram o ápice do desenvolvimento. Desde muito cedo, ainda na
infância percebemos institivamente que há alguma coisa estranha em nós! E nos questionamos
a respeito disso, isto é quase sempre feito com a seguinte pergunta sem
resposta! (O que estou fazendo aqui?) Também, num certo período entre quatro e
sete anos durante formação da nossa personalidade, quando principiamos a reconhecermo-nos
como “seres”, completamente individualizados, é quando sentimos alguma coisa
indefinível a pairar sobre nós, a nos dizer que o corpo físico não é nosso
“Eu”. Eu tenho dez netos, e observei que somente depois dos três anos é que
eles se identificam como individualidades. Somente com o passar do tempo,
depois de já formadas as suas personalidades. Vemos quando já adultos, que
somente depois dos sete anos, as crianças passam a questionar que o seu
organismo não seja o seu “Eu”. Antes, os adultos nos impingem que nosso corpo
material seja o nosso “eu”. E assim alguns formam sua personalidade na crença
de que nosso corpo físico contenha a essência do nosso “Eu” ou o que depois de
adultos chamamos de espírito, e a ciência de enteléquia! Em alguns seres
humanos, essa essência torna-se mais facilmente notável e perceptível nos
sonhos, alguns sonham como se fizessem saídas astrais, isto foi descoberto sob
controle de laboratório de algumas áreas da própria ciência, o problema é que
isso ocorre na área do holismo, então a ciência do monismo se fecha em copas,
isso observamos nos pronunciamentos de Khun. Mesmo assim, o espírito continua
como algo que a maioria da humanidade não
sabe o que seja, pois, poucos se interessas por estes temas, na verdade a
maioria dos humanos, não demonstra ter interesse em saber o que seja o
espírito, o que gera a ausência
de um consenso sobre o que seja o espírito, nem tampouco, sobre o que seja os
sonhos, nem mesmo na psicologia está racionalmente definido o que seja nem
mesmo o sonho, no entanto, podemos perceber
nas opiniões dos psicólogos, onde observamos que mesmo entre eles, nem que seja
individualmente, não há um consenso sobre o tema. Resulta disso, que nas
“Associações de Psicologia” existe uma definição do que seja “os sonhos”, mas,
individualmente cada psicólogo no seu íntimo tem sua própria concepção e
definição do que seja o sonho, e a mesma coisa ocorre com relação ao que seja o
espírito. Alguns mais independentes externam suas opiniões, mas, a maioria, nunca
as publicam para não terem problemas com suas associações de classe. A verdade
é que a grande maioria permanece calada. Salvo, se for um psicólogo muito
bronco, ou por outro lado, se for muito inteligente e muito famoso na área da
psicologia, aí, ninguém contesta. Se for
um bronco, é um humano do 3º) Tipo, a que me refiro no ensaio “O Universo e a Espécie
Pensante”, no capítulo: 8”UEP”. Veja
no URL: www.edimilsonmover.com
A SORTE É
EXISTIREM CIENTISTAS DO CALIBRE DE
THOMAS SAMUEL
KUHN
18”OE”. Analisando
a frase de Einstein na abertura desse ensaio, temos que entender uma coisa, claro
que os grandes espíritos a que se refere Einstein, nada tem a ver comigo, mas
talvez possa ter contigo, caro leitor! Eu sou um bostica, diante de qualquer
uma pequena grandeza espiritual. Essa referência é dirigida às pessoas que
escreveram os livros que eu já li, e ainda leio, e que chamamos de filósofos e
de pensadores, embora a maioria sejam somente uns escrevinhadores de bestagens como eu, as
palavras de Einstein também se referem aos gênios que moldaram a ciência moderna
nos últimos quinhentos anos. As dificuldades encontradas para analisar o
Espírito no campo da Ciência, podemos ver no trabalho do ilustre brasileiro, professor
Welthon Rodrigues Cunha (2013), (O Campo da Paranormalidade): Nos diz ele que:
[... “Foi o filósofo da ciência Thomas S. Kuhn (1982), que melhor abordou o
conceito de ciência normal ou normalidade científica. Para ele, ciência normal
é aquela que se encontra ou que reproduz o paradigma atual”...]. Vejamos quem é
Welthon Rodrigues Cunha: Ele é Doutor em Ciências da Religião pela PUC-GO. Mestre
em Ciências da Religião pela PUC-GO. Bacharel em Filosofia pela Universidade
Federal de Goiás. Professor efetivo da Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas de Goiatuba. Já o Dr. Thomas Samuel Kuhn 1922-1996, em (As paranormalidades!),
1982 nos diz que: [...“Elas constituem o que chamo de ciência normal.
Examinando de perto, seja historicamente, seja no laboratório contemporâneo,
esse empreendimento parece ser uma tentativa de forçar a natureza a encaixar-se
dentro dos limites preestabelecidos e relativamente inflexíveis fornecidos pelo
paradigma. A ciência normal, não
tem como objetivo trazer à tona novas espécies de fenômeno; na verdade, aqueles
que não se ajustam aos limites do paradigma “científico”, frequentemente nem
são vistos”...]. (KUHN, 1982, p. 44-45). Observem que o “paradigma normal” a
que se refere Kuhn, trata-se do paradigma materialista da própria ciência.
QUEM FOI
KUHN?
19”OE”. Aos que não sabem! Thomas Samuel Kuhn, foi um Físico, Historiador, filósofo e um analítico
da ciência, professor universitário de renome. Tendo ensinado na Universidade
de Princeton, na Universidade de Harvard, no Instituto de Tecnologia de
Massachusetts, (MIT), e na Universidade da Califórnia em Berkeley. Ao abordarmos
o tema “Espírito”, um tema realmente polêmico, e que já foi muito debatido,
mas, o certo é que não foi ainda elucidado pelo pacote de conhecimento dos
humanos, pacote que atualmente chamamos de ciência, mas, ela a ciência, não
chegou a um consenso se o que chamamos de “espírito”, existe ou não, assim, óbvio,
muito menos sabe o que seja! Mostramos aqui, conforme foi expresso pelo Dr.
Thomas Samuel Kuhm, que a ciência da atualidade, considera o tema espírito como
não existente, não lhes dando a mínima importância. As abordagens científicas
existentes sobre o tema “espírito”, são fruto de trabalhos particulares
contendo opiniões pessoais de alguns cientistas autônomos, portanto, não são das
“Instituições da Ciência Oficial”, e que também não elucidam o assunto. E não
me venham com “chorumelas”, pois, nem as religiões e nem a filosofia, ou seja,
“teólogos e filósofos”, de um passado distante, desde há muito tempo mesmo, pois,
depois de mais de três mil anos de estudos e discussões, esses pensadores nunca
chegaram a um consenso ou mesmo a uma definição acertada e isolada sobre o que
seja o espírito, e menos ainda as religiões. Já a ciência moderna, embora com
somente quinhentos anos de existência, também não se dedicou profundamente ao
assunto, declarando-o como uma entidade inexistente. Essa ciência mesmo não tendo
chegado a uma conclusão definitiva se existe ou não o espírito, prega e
acredita que não exista essa quintessência a que chamamos de espírito, ora, se nem
mesmo a sua “existência” puderam comprovar! E optaram pela sua “não
existência”! Isto deixa transparecer que prevaleceu a vaidade e a burrice dos homens
de ciência. A incapacidade da ciência é
tão grande para lidar com estes temas que nunca conseguiram levar a pesquisa
sobre a entidade “espírito” a bom termo. Sabemos que uma definição num
laboratório, isto, eles nunca conseguirão fazê-lo, pelo simples motivo de que a
energia que molda a essência do espírito, de forma alguma seria a terceira
força fundamental estudada por Maxwell. Os cientistas da MQ, só reconhecem a
existência das quatro forças fundamentais, a fraca, a forte, o eletromagnetismo
e a gravidade, mas nunca tocam no assunto sobre qual seria o tipo da energia que
ativa nossos “pensamentos”, e raciocínios. Os homens de ciência não se
preocupam sobre qual seria a energia que movimenta e monta a “energia vital” de
todos os organismos vivos, da bactéria à baleia azul. A vaidade dos homens de
ciência julga ser mais fácil lidar com o “Modelo Padrão”, e já o fazem por
quase cinquenta anos, pois o montaram em 1973, e até hoje, continuam sem um
resultado concludente ou satisfatório. Quanto, ao abordar o tema da energia do espírito
com profundidade e excelência, nem se toca no assunto, isto, por puro medo de
enfrentar a verdade, com a consequente e crescente fragmentação da fé que
depositam na ciência. Observem, que a ciência propositadamente não dedica
atenção ao tema espírito, não é temendo o espírito, mas sim, o seu criador!
Assim, a ciência nunca conseguirá estudar o espírito abertamente! Se o fez, foi
a portas fechadas, e escamotearam os resultados, pois, estes estudos nunca
foram publicados. Se alguma matéria aparecer, pode ter certeza, será coisa de
algum ateu desarvorado, sempre com resultados negativos sobre a existência do
espírito. A ciência a despeito disso, defende que nossa consciência, tenha origem
em nosso sistema neuronal, pois nunca usam a palavra “Espírito”. Segundo Thomas
Samuel Kuhn, (1922-1996), no âmbito da ciência, não se usa falar o nome “espírito”,
falam sim, em “eu interior”, em essência cognitiva e consciência, enteléquia ou
intelecto, consciência esta, que segundo a ciência tem origem em nosso sistema
neuronal. Ultimamente surgiu uma teoria proposta por um cientista de renome,
que algumas proteínas, chamadas de alostéricas são as responsáveis pela geração
dos nossos pensamentos, estes tipos de estudos são naturais na ciência, este
não seria o primeiro estudo, nem será o último. Mas, por outro lado, o que as
religiões, a ciência e a filosofia chamam de espírito, não seria uma
quintessência do “sapiens”, mas, sim o nosso intelecto ou nossa personalidade,
que é formada ao longo da nossa existência, mas, não o nosso espírito. Eu, nesse
ensaio, como sabedor dessas dificuldades para definir o espírito, através desses
três setores da episteme do “sapiens”, a ciência, as religiões e a filosofia. Sei,
óbvio que sei, que enfrentarei muitas dificuldades, melhor, sabemos que para definir
e estudar o espírito, não podemos contar com a ciência, nem com a filosofia e nem
com as religiões, nessas últimas somente o espiritismo fez um estudo mais
consistente do que seja o espírito. Por sinal, a melhor e mãos completa
definição do que seja o espírito, foi feita por Allan Kardec no meio do século
XIX, na França. O problema é que o espiritismo não se considera uma religião, e
creio que não seja mesmo, mas, sim uma doutrina, o que para a verdade final nada
altera, e tem pouca relevância. Sendo o trabalho do eminente pensador francês
Hippolyte Léon Denizard Rivail, 1804-1869 (mais conhecido como Allan Kardec), o
mais completo já feito sobre a questão da essência do espirito. Depois da
década de 1870 qualquer pensador que se dedicar aos estudos da consciência do
“homo sapiens sapiens”, que desconhecer os postulados contidos nas cinco
principais obras desse grande ser humano, tenha certeza, seus estudos serão
insipientes, e com certeza seus escritos serão pobres da essência consciencial
dos espíritos dos ditos “homo sapiens sapiens”. As obras principais de Allan
Kardec são as seguintes: (O Livro dos Espíritos, abril de 1857; O Livro dos
Médiuns, janeiro de 1861); (O Evangelho Segundo o Espiritismo, abril de 1864); (O
Céu e o Inferno, ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, agosto de 1865); (A
Gênese, ou Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, janeiro de 1868). Aquele
que se inteirar do conteúdo dessas obras, dificilmente deixará de tomar
conhecimento das obras póstumas, e do restante de seus outros livros e
opúsculos. Na obra O Evangelho Segundo o Espiritismo numa de suas páginas, Allan
Kardec nos faz ver que: Toda a “Verdade” ainda não será revelada aos homens.
20”OE”. O que completou o
ciclo dos meus estudos sobre os espíritos e abriu minha mente, foi, podem até
não acreditar, foi a obra de 1864 O “Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Léon Hippolyte
Rivail, nosso Allan Kardec, no
princípio, eu acreditei que a obra que
aclararia meus questionamentos, mas que seria a leitura da obra: O Livro dos
Espíritos, mas, nessa obra só tive uma leve percepção do que hoje penso ser a
verdade, eu não estou dizendo que sou o dono da verdade, nem que conheça a
verdade, não creio que um humano possa conceber e perceber toda verdade contida
na magnitude da essência da nossa existência, mas, foi ali na obra de 1864 ”O
Evangelho Segundo o Espiritismo” que percebi que a verdade estava contida em
todas as crenças dos homens, incrível! Parece que cada pessoa pega pequena
parte e se agarra a ela como se fosse a “verdade basilar”! Mas mesmo assim, vamos
pelo menos ver em que pé estão as diversas abordagens e estudos, mesmo que
sejam empíricos, que algumas pessoas ligadas à filosofia, à ciência e às
religiões fizeram sobre o tema espírito. Mesmo que estes três ramos do
conhecimento humano tenham falhado, nenhum humano está impossibilitado ou proibido
de fazer seus próprios estudos sobre sua essência, que é a ânima, alma ou
espírito humano. Então com que ferramenta uma pessoa qualquer pode estudar o
espírito? Ora! Com a melhor ferramenta que existe para estudar o espírito! Que
é a inteligência do próprio espírito de cada um! O problema é que a ciência quando
voltada para o tema espírito, termina agindo como cada ramo filosófico, e cada
religião, que faz de sua própria interpretação preconcebida e ateista, uma definição
do que seja o espírito. É bom esclarecer logo aqui no início, que a ciência em
bloco, cada religião ou cada grupo de religiões, e que cada caminho, crença ou
linha filosófica, possuem suas próprias visões do que seja o espírito. Portanto,
não se assustem, pois, daremos de cara com uma miríade de visões e proposições.
QUEM SOMOS? ORA!
ENQUANTO NÃO
EVOLUIRMOS, DIFICILMENTE SABEREMOS
QUEM SOMOS?
21”OE”. Para podermos analisar o que somos, no mínimo
teremos que entender como a subespécie “homo sapiens sapiens” surgiu no planeta
terra, de que forma e como esse fato ocorreu! Mas, para iniciarmos essa análise
torna-se necessário entendermos o que seja nossa consciência, pois, é
unicamente com ela que reconhecemos nosso “eu” interior, que nós
espiritualistas, como a maioria dos humanos, chamam de espírito, “principalmente
eu”, pois, é com essa ferramenta, o “espírito” que conseguimos observar o
universo distante, assim como o mundo que nos envolve, e dentro dele a nossa
existência comandada pelo próprio espírito. Essas condicionantes nos permitem
analisar quem somos, em nossa ambiguidade! Como um “phenomena”. enquanto corpo
material, ou como um “nooúmena” platônico, enquanto essência imaterial ou espírito.
Sendo próprio da natureza humana ao observar fatos complexos e abstratos, no
mínimo, negar estes fatos ou contestar suas existências, isso, como dizia Kant,
“a priori, e necessariamente”, por desconhecer suas minudências, e assim, não
lhes dar o devido crédito. O que não altera os fatos, desde quando os mesmos existam,
ou tenham acontecido de uma dada forma. Há uma crença difundida entre as
pessoas comuns, que nossa mente interfere na realidade dos acontecimentos físicos
que no que chamamos de macro universo, isto se insere na imensa cota de
bestagens proferida pelos homens dos três sábios, principalmente os que por
mera fatuidade estão a ocupar uma posição de destaque no pacote de
conhecimentos que chamamos de ciência! A maioria desses, se apoiam na
proposição hinduísta de que o mundo é “Maya”, ou seja! É uma ilusão! Quando a
sabedoria hinduísta nos está dizendo que o mundo que nossos sentidos conseguem
perceber, não representa a verdadeira forma de como ele é feito, em sua
realidade intrínseca, basta observarmos o caso das cores, pois, os nossos
sentidos percebem o mundo como se ele fosse colorido! Quando na realidade ele não
o é! A proposição de alguns, de que a
mente de cada um humano, cria sua própria realidade, é uma parvoíce, a
realidade do mundo não é criada por cada mente pensante, nem por várias dessas mentes!
O mundo possui uma realidade intrínseca e única, ele é como ele é, e foi criado
e aí está. Não existe essa pluralidade de realidades de mundos. Sua realidade é
una. As visões e os paradigmas “existenciais” dos homens é que são plurais!
Essa afirmativa burra de que cada pessoa cria sua própria visão de mundo
material é, como disse, uma parvoíce, não possuindo consistência nem fundamento
ou valor científico. O Maya dos hindus e os efeitos da mente nos experimentos
quânticos! São duas verdades mal interpretadas pela razão dos homens dos três
sábios devido a seu baixo nível de raciocínio, que os levam a essa conclusão
descabida! A primeira é a questão da afirmativa do hinduísmo, de que o mundo é Maya! A segunda é mais moderna, e se estriba na verdade
descoberta pela física de partículas, de que nossa mente altera os resultados
nos experimentos de laboratório, em se tratando de alguns casos do
microuniverso, não de todos, como o chamado colapso da Função de Onda, ou o
efeito “Zeno quântico”, o caso da dupla fenda, na famosa não localidade
quântica, isso não ocorre, e assim nossa mente não interfere, e em muitos outros.
Na verdade, o que se descobriu foi que a
mente humana possui a faculdade de interferir em alguns, somente em alguns! Experimentos
de laboratório do micro universo, ou seja, em alguns, experimentos feitos com
partículas da física quântica. Isto, de maneira alguma quer dizer que a
realidade do macro universo seja montada por nossa mente. A verdade é que
nossos cinco sentidos não percebem toda a realidade do “mundo” ao nosso redor!
O melhor e mais simples exemplo disso, ocorre com a percepção que temos das
cores, já citada! Os animais humanos veem o mundo como se ele fosse colorido!
Quando na realidade, como disse acima! O mundo é mono color, indo do cinza claro
ao cinza escuro, os coloridos vistos nas coisas, são na realidade a propriedade
que os diversos elementos da tabela periódica, que formam o que chamamos de hádrons,
bárions e mésons, ou matéria. Matéria esta, que é formada com os agrupamentos
das partículas pesadas, acima, que possuem a propriedade de, quando na forma de
matéria, refletir uma ou várias gamas de vibração ou de frequência do espectro visível
da luz natural do sol, ou de uma luz qualquer artificial, que vai de: 400 THz
até 750 THz ou como se diz em ótica, na faixa da radiação do extremo vermelho até
a radiação do extremo violeta da luz. Os princípios que regem a ótica foram descobertos
na segunda metade do século XVII por Isaac Newton quando criou a teoria
corpuscular da luz, (algo hoje, discutível). Já passado tanto tempo, a maioria
da humanidade continua pensando que o mundo é colorido, quando na realidade nosso
sentido de visão só vê na frequência de 400 Thz que é a faixa do extremo vermelho,
até ao extremo violeta na frequência de 750 Thz. Atente, ao que significa um (Thz)
= 1 Tera-hertz, que é uma unidade de medida de frequência eletromagnética
equivalente a um trilhão de hertz, ou seja, 1012 Hz. Ou seja, 1
seguido de doze zeros. Esse detalhamento, é dirigido unicamente aos leitores
leigos em fenômenos eletromagnéticos, aqui, em se tratando do campo da ótica.
AS DEFINIÇÕES DO QUE SEJA O ESPÍRITO
22”OE”. Aqui nos referiremos ao espírito ou alma de que
trata a doutrina espírita e as religiões! Pois, a palavra espírito possui uma variada
significação e interpretação, o que faz gerar diferentes significados, e muitos
imbróglios, como nos casos das relações de sentido de suas antonímias, sinonímias,
e mesmo nas hiperonímias e seus opostos as hiponímias, isto com referência à
semântica do verbete “espírito”. Os exemplos são muitos: veja outros casos: “espírito
de porco”, referindo-se ao “futriqueiro”, há a expressão, “espírito bondoso,
referindo-se à “índole” dos seres em geral! Também, o “espírito iluminado”, onde
temos como exemplos: Mandela e Chico Xavier”, existindo seus antônimos e
sinônimos. O verbete é de largo alcance e uso, refiro-me quase sempre ao mais
em uso, que é o “espírito de porco” que representa a essência dos homens dos
três sábios. Homens estes, do “espírito de porco” que representam mais de 99,9%
da humanidade, ou seja, pouquíssimos destes 7.800.000 sete milhões e oitocentos
mil é 0,01% que ficam de fora. Neste porcentual de 99,9% não estão inclusos ou se
referem aos sábios nem aos gênios, mas, refere-se sim, aos homens comuns do 3º)
Tipo. Metafisicamente, os conceitos do que seja o espírito, a alma ou a
essência dos seres humanos, nos apresenta múltiplos e diferentes significados,
a palavra “espírito”, quase sempre é utilizada para se referir ao nosso “eu”,
nossa identidade, que também é chamada de nossa personalidade, e também
erroneamente, de nossa consciência, pois, a consciência é um estado do espírito
e não o espírito em si! O nosso espírito em última instância é nossa “energia
vital”, o que abrange, personalidade, consciência, os cinco sentidos, os
instintos modernos e primitivos, e mais um bocado de bugigangas que completam
nosso “eu”, como as emoções e outras lagartixas que completam o animal humano. A
filosofia não segue essa mesma linha de raciocínio e o mesmo caminho de
pensamento, devido a vaidade que gera a inobservância dessa mesma energia vital
ou “espírito”, como se a nossa essência, ou “eu” que forma a individualidade,
inclusive dos filósofos perante seus semelhantes humanos, lógico, perante aos
carrapatos é que não seria! Existe tanta discordância na área do pensar
analítico/filosófico sobre o que seria o espírito dentro da filosofia. Que dentro
das gerações de filósofos, a partir da Hélade, século VIII (a.C.), pode-se
dizer a partir do século X (a.C.), até hoje, nunca houve um acordo sobre o
assunto espírito. O certo é que entre os filósofos nunca existiu um consenso
sobre o que seja o espírito. A maioria nega sua existência, principalmente os
iluministas, embevecidos com a nascente ciência moderna, que se iniciou no
século XVI. Quando no início do século XIX já estava um pouco mais desenvolvida,
embora ainda com pouquíssima tecnologia, essa ciência foi abraçada pelos
filósofos ainda sem visão para a “verdade da verdade”, que não passavam de
idiotas vaidosamente se auto proclamando de “filósofos iluministas”, pois
consideravam a nascente ciência como a mãe de todas as sabedorias. Mesmo quando
creem na existência do espírito o descrevem e o analisam de forma tão complexa,
que foge ao entendimento dos referidos restantes que representam 99,9% da
humanidade, existe alguma sabedoria nesse proceder? Estes 99,9% que
classifiquei como do (3º Tipo), e que nominei de homens comuns se comportam
como uma imensa manada. No entanto já existem vozes discordantes dentro da
própria ciência, e são muitas, sendo que existe um grande número de filósofos
espiritualistas. Na área da ciência, podemos ver isso facilmente! Estudem a
obra do inglês Rupert Sheldrake, e a do tcheco Stanislav Grof. Assim poderão observar
que dentre os filósofos e cientistas, como disse, também há exceções! Uma dessas exceções espiritualistas, vemos na obra
A Fenomenologia do Espírito de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, 1770-1831 podemos
observar isso nos conceitos ali expostos: Embora, Hegel fosse um filósofo
extremamente complexo, ele é do tipo que chamo de “sonda do pré-sal”, ele vai
ao fundo do poço, poço que fica tão profundo que ao elaborar seus
questionamentos e proposições ficam tão “aparentemente” complexos, que o comum
dos mortais, dificilmente acompanha seus raciocínios, até os estudantes de
filosofia no início tem dificuldades com seus arrazoados, novamente refiro-me
aos 99,9%. Talvez, ou por outra razão, isto seria coisa de sua própria natureza,
Hegel nasceu assim e, ponto. Analisem a cronologia da existência desses
filósofos: Immanuel Kant, (1724-1804), Georg Wilhelm Friedrich Hegel,
(1770-1831), Arthur Schopenhauer, (1788-1860), sei que posso estar errado, o
que não seria surpresa para mim, nem para meus leitores. Vejam onde quero
chegar! O pensamento filosófico de Schopenhauer e de Hegel sofreu influência da
postura filosofia de Kant, mas somente Schopenhauer foi crítico de Kant, ora!
Schopenhauer era uma mente mais aberta, mas, era um pessimista, olhe só para o
retrato daquela cara enfezada, (estou brincando), e Hegel era um introspectivo,
voltado para dentro de si mesmo, daí, sua complexidade nos raciocínios, enquanto
Schopenhauer dedica seu tempo e inteligência à crítica construtiva da obra de
Kant. Talvez isso se devesse à complexidade da obra de Hegel, somente pondero,
não sendo uma afirmação. O problema é que para se fazer uma crítica de uma obra
complexa como a desses mestres, primeiro é necessário transformá-las dentro da
mente em obras simples e compreensíveis através de profundas análises. O que
ninguém com pouco cérebro o faz! Ao se fazer a crítica de um texto complexo,
esta crítica também se torna complexa, e poucos a entenderiam, tornando-a
inócua. Então, seria por isso que a maioria das críticas, são feitas aos textos
mais simples, ou transformando o texto complexo num texto simples, então sua
crítica torna-se simples e inteligível, mas, com perda de conteúdo. O que quero
dizer é que os filósofos que se fazem complexos, estão, não sei se propositadamente,
se livrando das críticas. Hegel pontificou na ordem do sujeito absoluto, e que dessa
forma encontrar-se-ia o “eu” interior, a que chamo de espírito. As
interpretações são várias. No ensaio “A Evolução da Vida”, escrito em 2009 em
um texto abordei o assunto da evolução da vida, que por ser pertinente ao tema
desse ensaio vou transcrevê-lo ipsis litteris. Assim, segue em 23”OE” a
transcrição de 2”AEDV”., e em 24”OE”
a 3”AEDV”., textos do ensaio A
EVOLUÇÃO DA VIDA de 2009
23”OE”. 2”AEDV”. Todos os seres evoluem no decorrer do tempo,
embora, todos os diferentes organismos evoluam em graus diferenciados,
principalmente com referência às espécies animais. A relativamente rápida
evolução da enteléquia do “ser” pensante, ocorrida nestes últimos 300
“trezentos” mil anos, (sendo rápida com relação à evolução das outras espécies
animais). Este pobre e, ainda pouco evoluído “ser” pensante, refiro-me aos que
vivem embevecidos com a ciência, pode-se perceber que atualmente há uma verdade
diante dele, verdade esta, que ele prima por não reconhecer, que é a verdade da
existência do “espírito”. Enquanto ele estiver embevecido com a nascente
ciência, que mal dá os primeiros passos e, ainda está se iniciando, pois, só
temos na realidade, 500 “quinhentos” anos de ciência. Enquanto prevalecer a
“vaidade”, como parâmetro maior a influenciar o seu comportamento como “ser”
pensante. Este “Ser”, não poderá entender que sua ciência ainda está nos
cueiros! Ainda está mamando. Como disse, essa vaidade não seria de todos os
homens de ciência, mas sim, daquele homem vaidoso que se nomina e pensa que é
um cientista. Não faz mal lembrar que, a sabedoria é inimiga da vaidade, não
existe, e nunca existirá um sábio vaidoso. Vamos repetir! Com a mais absoluta certeza,
um homem vaidoso nunca será um sábio, por oposição, se for um sábio não poderá
ser um homem vaidoso. Por isso é que nos referimos aos “pseudoscientistas”
vaidosos, e que nunca poderão serem homens sábios. Os verdadeiros e reais cientistas estão fora
dessa questão, completamente fora! Não há como este “ente” vaidoso compreender
que a evolução do (Ser) só acontece quando a evolução for atuante em nossa
essência ou espírito. Certamente, pelo fato dele como vaidoso, só acreditando na
ciência, desconsiderará a existência do espírito. Voltemos a fenomenologia
heideggeriana, observe que este “Ser” nalguns momentos, não é referido pelos
analistas como o “ente” a que se reporta Heidegger. Assim, aqueles que fazem a
análise do (Ser) e do “ente”, embora não reconheçam o fato de não os
distinguirem, são os possuidores do “Ser” ou “Espírito responsável pelo
fenômeno da existência humana. A interpretação do que seja o fenômeno da consciência/existência
do “ser” ou “ente”, foi proposta no estudo, criado e chamado por Husserl de
fenomenologia. Mas, ambos, continuam sob análise. Se não os entendermos como
facetas de uma mesma entidade, que é o (“Ser” interior não material), e que
noutros momentos e sob outra visão, este mesmo “ser/ente”, nós os nominamos de
“Eu” material, noutros, de consciência, portanto imaterial. Aí então, somos
obrigados a fazermos a pergunta a nós mesmos! Como um (Ser) sem nenhum vestígio
de autoconhecimento, como o homem moderno, unicamente por não buscar se
autoconhecer, passa a não entender que este (Ser) e “ente” a que se reporta
Heidegger, seria sob este outro enfoque, um (Ser) trino? Sendo composto de: (A)
o (Ser) ou “eu” material, (B) o (Ser) imaterial, ou “eu” cognitivo ou
“espírito”, ou nossa consciência e (C) o (Ser) criado em nós, desde a infância ou
nossa personalidade. Notadamente, estas questões
estarão presentes quando tratarmos do (Ser) e do “ente” a que se reporta os
estudos da fenomenologia. Sabemos que Martin Heidegger foi um filósofo
estudioso dos fenômenos ontológicos, concebidos por seu mestre
Edmond Husserl. Mestre e aluno discordaram em pontos relevantes em que
estão contidos os princípios da questão fenomenológica de Edmund Gustav
Albrecth Husserl, (1859-1938) nalguns pontos diferiam e muito, dos princípios
depois propostos por Heidegger sobre a fenomenologia com reflexos no
existencialismo, sendo as proposições de seu aluno Heidegger, causa de alguns
dos conflitos filosóficos entre os dois. Vejamos o que nos diz o professor
Newton Zuben da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, sobre o assunto
fenomenologia.
24”OE”.
3”AEDV”. O professor Newton Aquiles von
Zuben, Doutor em Filosofia pela “Université Catholique de Louvain,
Belgique”, em (1970). Professor Titular (aposentado) da Unicamp, também,
Professor da Faculdade de Filosofia da PUC de Campinas, nos faz ver que não há
uma separação definida do “Ser” e do “ente” de Heidegger. Ele, Newton Zuben nos
diz textualmente: - [... O ser é um conceito evidente. Não passível de
definição, este “Ser” estaria, no entanto, incluído em todo enunciado a
propósito de qualquer ente. E mesmo em qualquer comportamento humano, seja em
relação ao próprio homem, seja em relação a outro ente, o que envolve certa
compreensão do que seja o “Ser”). Se assim é, por que ainda nos inquirirmos
sobre um significado que a todos é patente? Ora, para Heidegger, é exatamente
essa compreensão imediata e “ordinária do ser” incluída em todo comportamento
do homem em relação a si mesmo e em relação aos entes, o que suscita a
necessidade de uma explicitação...]. - Aqui o professor Newton Zuben nos
expõe a necessidade da separação do (Ser) e do “ente”, de Heidegger, quando dos
diz: (a propósito de qualquer ente). O próprio Martin Heidegger nos diz
que: - [... O fato de vivermos de imediato numa certa compreensão do ser e de,
ao mesmo tempo, permanecer o sentido do ser envolvido de obscuridade, demonstra
a necessidade fundamental de submeter a questão do (Ser) a uma repetição....-].
(HEIDEGGER. 1960, p. 4). Este 23”OE”., foi escrito em
2009
A PERCEPÇÃO DO SAGRADO PELOS HOMENS
25”OE”. Hoje, 16/11/2020, recebi um e-mail de uma pessoa
muito especial, especialíssima, o CCA. Com absoluta certeza, vive na atualidade
o maior teósofo brasileiro, Carlos Cardoso Aveline, CCA como se denomina, onde ele
trata exatamente do assunto das percepções do Sagrado, isto, num curto texto,
assim ele se expressou a respeito da relação do humano com o Divino e com a Sabedoria,
onde conduziu seu pensamento com muita humildade e extrema sabedoria. Vamos ao
texto do Mestre CCA: “[... “A Experiência Direta do Sagrado”. A
busca da sabedoria é uma coisa, e a busca do Sagrado é outra. A sabedoria está
implícita na percepção do sagrado. A percepção do Sagrado está implícita na
sabedoria. Ainda assim, são duas coisas diferentes. É mais fácil falar da
sabedoria. Se experimentamos diretamente o que é divino, podemos sentir que
dizer qualquer coisa a respeito, mesmo para nós mesmos e apenas em pensamento,
seria um modo de perder a sintonia com a energia do Sagrado, e de distorcê-la.
É desta maneira que os reais segredos são mantidos. Eles pertencem a seus
próprios níveis de consciência e não podem ser transportados ou traduzidos para
dimensões mais grosseiras. Seria o mesmo que pretender fritar neve, ou prender
ar puro em um quarto pequeno com portas e janelas fechadas. Há uma diferença
entre ver diretamente, o nascer do sol e olhar para uma foto do sol, tirada
quando ele estava surgindo no horizonte. Além disso, a experiência direta do
mundo Sagrado é uma coisa, e a maneira como ela vem até o buscador é outra coisa.
Na escada entre céu e terra, algumas energias sobem, outras descem. Quando a
experiência do sagrado vem até alguém, ela responde ao bom carma da busca
realizada, e usa a energia criada pelo esforço na direção do mais alto; mas a
usa de uma maneira inesperada e transcendente. O sentimento do Sagrado sugere
para cada buscador algo que lhe é familiar. Trata-se de um sentimento íntimo.
Ele ocorre no nível mais interno e verdadeiro do “eu”. A pessoa em seguida sabe
que não poderia explicar esta experiência para mais ninguém. Ao mesmo tempo, a
experiência Sagrada traz consigo mudanças e potencialidades que fluirão de modo
natural desde o interior da sua própria alma, moldando sua experiência
vivencial. O convívio com o Sagrado dá a você um sentido de paz, tranquilidade
e força. Desperta-lhe mais humanidade “quietude e humildade”, uma profunda e
imensa satisfação de ser pequeno. ...]”. A humildade é uma eterna irmã da
sabedoria, a humildade faz com que tenhamos uma visão do que seja o tempo, num
sentido ilimitado, conforme nos demonstra Pietro Ubaldi.
Nota (1)
26”OE”. Repetindo. O grande problema da subespécie “homo
sapiens sapiens”, indiscutivelmente, é sua pouca evolução espiritual e
biológica. Como seres pensantes só existimos desde 300 mil anos atrás, (uma
isca de tempo), ainda somos tão pouco evoluídos que ainda utilizamos a fala, e a
essa fala soma-se todas as imperfeições das diversas línguas existentes no
planeta, lembrando que segundo a instituição que publica estudos sobre todas as
línguas faladas no planeta o “Ethnologue” editado desde 1951 - hoje, são 6.912 –
(seis mil novecentos e doze) línguas. Nós as utilizamos como único meio de
comunicação! Enquanto a nossa espécie possui latente, “dentro de si”, o dom da
premonição e da telepatia, isto, já foi comprovado nos grandes laboratórios de
neurociência das maiores Universidades do planeta. É de se esperar que no
futuro nossa espécie passe a utilizar a telepatia e abandone a fala, este
instrumento rudimentar e imperfeito de comunicação. Se utilizássemos a
telepatia, como meio de comunicação desde o princípio da criação do pensamento,
(onde todos leriam a mente de todos), com certeza a sociedade humana não teria
escolhido as guerras como meio de garantir e processar seu desenvolvimento. E
óbvio, não haveria exércitos, polícias, empresas de segurança, não haveria
ministros da justiça, aqui no Brasil, conhecidos atualmente como vampiros da
nação, não haveria juízes, promotores, meirinhos, advogados, e outros verdadeiros
penduricalhos da justiça. O resto é pura vaidade e burrice dos homens, tudo
reflexo do instinto de propriedade e posse do “homo sapiens sapiens” instinto
este, adquirido quando ainda “homo erectus, há mais de 2 milhões de anos. A subespécie
“homo sapiens sapiens” ainda se encontra em um baixíssimo grau de evolução, simplesmente
ainda somos selvagens. Um dia, em tom de troça e a título de brincadeira, disse
a um grupo de amigos que imaginassem um
disco voador ou “OVNI”, pairando sobre um campo de futebol em dia de jogo, e os
ETs olhando para baixo veriam 23 “seres” correndo atrás de uma esfera, onde, um
deles com outra vestimenta, com um instrumento estridente na boca querendo
falar com todos os outros 22, ao olhar para as arquibancadas veriam milhares aos
tapas e se esmurrando, muitos com pedaços de pau nas mãos trocando cacetadas
com todo mundo, isto, sem nenhum exagero. Pois, é o que acontece sempre nos
estádios de futebol! Agora eu vos pergunto! Estes ETs vão pensar que somos uma
sociedade de seres mentalmente sadios ou uma cambada de malucos? Para que
possas ver claramente essa verdade, basta somente analisar o comportamento da
sociedade que vive em tua cidade, e à tua volta. Fiz essa brincadeira dos ETs, para
um grupo de amigos, uma pessoa presente, comentou à parte, com um amigo, que eu
era um idiota, pois acreditava em ETs, fiquei sabendo depois que era professor
de uma famosa instituição de ensino de minha terra. O grau de entendimento
desse senhor me confirmou o que Leonardo da Vinci, Schopenhauer e Leon Tolstoi pensavam
sobre a maioria da humanidade.
OS ESPÍRITOS SÃO SERES INTELIGENTES, MAS, COMO FORAM CRIADOS,
SÓ SÃO ETERNOS NA DIREÇÃO DA SETA DO
FUTURO. DAÍ, A SUA DIFERENÇA DA DEIDADE
27”OE”. As histórias das primeiras crenças da humanidade
se perderam na noite dos tempos. Mais novas que as crenças já estruturadas na
forma de religiões, essas surgiram somente depois que a sociedade se tornou
sedentária. O homem sempre temeu as forças da natureza, tudo que seu
entendimento não conseguia esclarecer ou assimilar tornava-se um mistério,
quando desenvolveu mais seu entendimento, esse mistério era debitado à uma
ainda, débil estrutura de uma divindade. Naturalmente, que todas essas
histórias se perderam nas brumas do tempo, pois, a escrita só apareceria bem
depois, enquanto os homens foram nômades, com os afazeres da caça e coleta, não
lhes permitia “sobra de tempo”, que depois chamamos de ócio, para inventarem a
escrita. Interessante, os primeiros sinais gráficos feitos pelos sumérios não
foram para registrar a fala, mas, sim, para registrar e contabilizar a produção
das lavouras dos Reis da Suméria. Quando os homens ainda eram nômades, e mesmo
os primeiros povos sedentários, todos temiam, e ao mesmo tempo adoravam os
trovões, as tempestades, os rios, a floresta, a montanha, a noite, o dia, a
lua, o sol, alguns destes astros eram adorados e considerados como deuses. Com
o pouco desenvolvimento das primeiras sociedades, os povos primeiramente consideravam
as diversas deidades como sendo femininas. Era inconcebível um deus masculino, para
a mentalidade dos povos da época, somente a entidade feminina, “a mulher” era
capaz de um ato divino como a procriação. Ao contrário, ao homem era debitada toda
a responsabilidade pelos resultados das ações da caça e da guerra, como a
morte, a dor o sofrimento e a maldade, assim, no princípio, não havia como
haver deuses masculinos. A deidade masculina ou “Deus”, surgiu mais tarde com
as religiões dos ocidentais
28”OE”. Neste ensaio sobre o “Espírito” buscaremos
inspiração na simplicidade e na inteligência da “Verdade da Verdade” para nos
orientar nessa caminhada. O homem ao adquirir o espírito, adquiriu a
inteligência e, junto com esta, o maravilhoso dom de pensar. Fundamentados no
fato de que desde o início nada mais somos que espíritos em evolução, e que
desde esse início perguntamos sobre o que somos, a razão e a lógica, nos diz
que só teremos uma resposta conclusiva quando estivermos suficientemente
evoluídos para conseguirmos entender esta resposta. Por enquanto teremos que
nos satisfazer com as respostas dadas por nossos imprecisos, singelos e
despretensiosos estudos.
A MAIS APROPRIADA DAS MANEIRAS PARA SE ENTENDER O QUE
SEJA E, ADQUIRIR ESPIRITUALIDADE, COM CERTEZA É LENDO A MAGISTRAL OBRA DE ALLAN
KARDEC
29”OE”. Nossa sabedoria facilita, mas, a nossa vaidade
somente dificulta nossa inteligência entender a verdade e ver que a
inteligência da “Inteligência Cósmica” suplanta tudo o que possamos imaginar a
respeito dessa mesma “Inteligência Cósmica”. Trataremos agora do nosso
“Espírito”! Um grande espírito no século XIX passou por esse planeta, para
esclarecer e codificar tudo que se relacionasse com a verdade da existência dos
espíritos. Ele recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail,
(1804-1869), de acordo com uma entidade espiritual, em um passado remoto, ele
foi um celta que possuía o nome de “Allan Kardec’, em uma de suas obras: “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, de abril de 1864 está escrito numa de suas
páginas que: Toda a verdade não será revelada aos homens. Creio eu, que
exatamente por estes ainda não possuírem evolução suficiente para assimilar a
grande “Verdade”. Como essa é a maior e a mais lógica de todas as doutrinas que
tratam do que seja a essência dos espíritos, sendo essa a doutrina que mais
ampliou o conhecimento dos homens sobre os espíritos, sobretudo, um
conhecimento com fundamento na razão e na lógica. Pois, até hoje, nada foi
criado nem mesmo semelhante pelos homens ao longo dos milênios, nada nem sequer
parecido com a Codificação da Doutrina Espírita. No final desse marcador de
leitura abordaremos alguns aspectos da Codificação da “Doutrina Espírita” feita
em meados do século XIX por Allan Kardec. Esse ensaio não foi pensado, nem foi
escrito como uma apologia ao espiritismo, mas, o valor “da doutrina do
espiritismo” é tão grande, mas, devido a tão falada e pouca evolução dos seres
falantes, que ela até hoje, é pouco compreendida. Temos, no entanto, que
admitir e compreender que na verdade esse ensaio não representaria a verdade,
se por vaidade ou por qualquer outro motivo, nele, nos omitíssemos de falar
sobre a codificação do espiritismo. Toda e qualquer pessoa com razão e bom
senso, que tiver a oportunidade de tomar conhecimento da existência da obra de
Allan Kardec, composta por cinco livros principais, conforme já listados em
6”OE”, lista que segue adiante: Essas obras formam a codificação da Doutrina
Espírita: 1) O Livro dos Espíritos, de abril de 1857 – 2) O Livro dos Médiuns,
de janeiro de 1861) – 3) O Evangelho Segundo o Espiritismo, de abril de 1864) –
4) O Céu e o Inferno, ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, de agosto de
1865) – 5) A Gênese, ou Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, de
janeiro de 1868). Também foi publicado
em Paris, o livro, “Obras Póstumas” em 1890. Sendo uma publicação de grande
valor, como tudo que se referir ao espiritualismo da espécie, nessa obra
encontramos uma rápida biografia de Allan Kardec. Minha opinião sobre o assunto
espiritismo, é de que o esclarecimento trazido pelo codificador sobre o
espiritismo, chegou muito cedo ao homem, pois a evolução da subespécie “homo
sapiens sapiens” ainda está muito pouco evoluída, eu digo sempre que o homem
saiu das cavernas, por medo das doenças com origem na falta de higiene, e não
por evolução! Não foi a evolução que expulsou os homens das cavernas. Mas sim,
a sua pouca evolução! A espécie ainda vive de fazer guerras fraticidas, pregar
e levar o espiritismo à grande massa da humanidade, praticamente num contexto
geral, seria, como diz a bíblia, jogar pérolas aos porcos. Sem desmerecer os
selvagens, o homem ainda é um selvagem. Um marido mata toda a família por ódio
da mulher que o traiu. Uma esposa mata o marido por ciúmes. Um pai desentende com
um filho e o mata. Um filho mata o pai para abreviar o recebimento da herança.
Simplesmente a espécie ainda não evoluiu suficientemente para receber e
praticar o amor “Crístico” pregado pela Doutrina Espírita codificada por Allan
Kardec, com o auxílio dos espíritos. Assim Kardec estava certo, quando nos
informa no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, que toda a verdade não
seria revelada aos homens. O motivo disso salta aos olhos dos humanos já
atentos e mais evoluídos; verdade, que não poderia ser toda revelada devido à
pouca evolução espiritual da maioria dos homens. Desde ainda muito jovem, tive
a sorte de conviver com pessoas cultas e evoluídas espiritualmente. Tive acesso
aos clássicos do espiritualismo, como, A Grande Síntese de Pietro Ubaldi, A Voz
do Silêncio e A Doutrina Secreta de Helena Blavatsky, o Mahabharata, de Krishna
Dvapayana Vyasa e nesse o Bhagavad-Gita, tendo como tema principal a batalha de
Kurukshetra, onde o Deus Krishna é o cocheiro da Biga e aconselha Arjuna na
batalha. Voltemos ao espiritismo codificado no meio do século XVIII por Kardec.
Na verdade, julgo ser desnecessário comentar a codificação do espiritismo, e
isto, por qualquer pessoa. Para melhor e mais facilmente compreendê-lo em toda
sua magnificência e verdade, como disse, o melhor caminho seria ler a
inigualável e portentosa obra de Hippolyte Léon Denizard Rivail, o Allan
Kardec.
Edimilson Santos Silva Movér
Maiquinique, Bahia
28/09/2021
Vitória da Conquista, Bahia
03/10/2021
Maiquinique, Bahia
12/10/2021
O ESPÍRITO - ENSAIO (175)oks