O CANTO DO CISNE
Quem
perde um grande amor é como Ahasverus, o judeu errante...
Ou como
um triste Cisne no seu último canto.
A última procura...
Donde estás? Que
nem o teu vulto amigo eu vejo mais,
Airosa, e gentil ninfa
vaporosa!
O sofrimento...
Minha alma ferida
profundamente, se entristeceu,
Meu coração se
esvai em dor.
A amargura...
Vejo-te partindo,
lá no distante horizonte do amor,
Deixando atrás de
ti, o teu doce perfume.
O abandono...
Estou sozinho, nas margens,
com o olhar perdido ao longe,
Na esperança de ver
o teu sorriso antigo.
A dor...
Alma minha gentil,
de tempos que já não voltam mais,
A lembrança do teu
sorriso me fere a alma.
A solidão...
O vazio do infinito
preenche meu Ser,
Ao redor de mim, nunca
mais um Colibri baterá suas asas ligeiras.
O pesadelo...
Meus sonhos não são
mais meus sonhos,
Meu Ser
vagarosamente perde a esperança...
O silêncio...
Escuto o profundo e
longo silêncio da despedida,
Minha alma estremecida
dá um silencioso grito de dor.
O desespero...
Agora compreendo o
desespero do Cisne solitário,
Seu último canto
silencia toda a natureza, e depois a si próprio.
O amor...
É algo que nos
machuca, e nos fere lá no fundo da alma,
Mas, continua sendo
o amor...
O rumo...
Sou o marinheiro
que em alto mar perdeu sua bússola,
E na procela, só vê
o abismo do mar profundo ao seu redor.
Meu viver...
Vejo minha vida se
esvaindo, lentamente pelos caminhos da dor...
Lágrimas
silenciosas consolam meu coração e minha alma,
A tristeza é minha
companheira de todos os momentos,
Tua sombra
acompanha meus passos, volto, e não te vejo mais...
Tuas lembranças
rondam o meu sono, e faz minhas noites insones.
Sinto-me só, desesperadamente
só...
Vitória da
conquista, 17 de junho de 2009
Edimilson Santos
Silva Movér
O CANTO DO CISNE - POESIA (103)fcw