DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR
Primeiro ensaio
ALERTAS
Edimilson Santos Silva Movér
Primeiro ensaio
ALERTAS
Uma homenagem às inteligentes palestras proferidas em
defesa da biodiversidade do planeta, (a que chamam de meio ambiente), pelos ilustres pensadores: o teólogo Leonardo Boff e o
jornalista Washington Novaes.
Que todos procurem se possível,
os ler ou escutá-los
Muitos alertam!
Poucos escutam,
A maioria chama-os de loucos,
Os poucos que escutam nada
Podem fazer,
Os que governam
Fazem ouvidos moucos.
Nosso
destino é padecer!
1)A). No
entanto, utilizamos a biodiversidade como se fosse “várias e inesgotáveis”. O interesse
político sempre tem prevalência sobre tudo e sobre qualquer coisa. Só se tem
olhos para os direitos dos povos “ditos” nobres, se esquecem e ninguém dá
atenção, a necessária atenção, aos povos em falência, cuja economia está em
fase de dificílima recuperação. A ganância dos povos ricos tem esquecido
sistematicamente os direitos dos povos mais pobres de existir. A coisa mais
fácil do mundo atual é ser vidente, ou ser profeta do armagedom. Qualquer
criança, leiga em futurologia entende, percebe, sabe e prevê que “coisas” ruins
estão vindo e sem demora. Os números são de estarrecer. Cálculos precisos
feitos por cientistas sob encomenda da ONU nos dizem que nosso planeta ou sua
biosfera suporta ou foi feita para suportar um bilhão e seiscentos milhões de
seres, que viveriam folgadamente para todo o sempre. No entanto estamos perto
dos sete bilhões, (hoje, 05/2018, 7,6 bilhões). E, no ritmo que vai o
crescimento demográfico em cinquenta anos seremos o dobro, isto é, quinze
bilhões de seres humanos vivendo, sabe lá Deus como, em um combalido planeta já
quase morto!
2)A). A
maior agressão que a espécie humana faz à biosfera é a destruição da cobertura
verde de porte do planeta. E a emissão de CO2, o tão falado dióxido
de carbono, maior fator desencadeador do aquecimento global. Oitenta e três por
cento do CO2 emitidos para a atmosfera tem sua origem na queima dos
combustíveis fósseis. O CO2 produzido pela queima dos combustíveis
fósseis contribui com o aquecimento global em 56,6%, o CO2 gerado
pelo desmatamento em 17,3%, o metano CH4 em 14,3%, o óxido nitroso N2O
em 7,9%, o restante 3,9%, por outros gases. Nunca se fala destes outros gases, também
causadores do efeito estufa. Por uma questão de praticidade, sempre que me
referir ao CO2 também estarei me referindo a estes outros gases.
3)A). Os
cálculos mais otimistas nos dizem que esta emissão desenfreada destruirá o
homem e quase exterminará a fauna e a flora. Dificilmente frear-se-á a emissão
do CO2. Na realidade, ela sempre existiu em escala tolerável, com os
incêndios espontâneos das florestas em todo o planeta, no mar quando o plâncton
morre, suas moléculas são quebradas, as moléculas destes três gases existentes
no plâncton flutuam na superfície, quando as águas da superfície se agitam
ocorre a liberação delas para a atmosfera. Portanto, temos também que
considerar a emissão destas moléculas pelos vulcões e pelos mares.
4)A). A
emissão em larga escala começou com a revolução industrial. Com a invenção da
máquina a vapor na Inglaterra em 1721, foi quando iniciou-se a queima do carvão
mineral em larga escala; em 1769, com o aperfeiçoamento da dita máquina a vapor
por James Watt, o consumo de carvão fóssil chegou à estratosfera. A data em que
se acelerou ainda mais, a queima dos combustíveis fósseis, fora o carvão
mineral, foi o início da exploração do petróleo em 1883 no Texas. Até o início
de século XXI já tínhamos queimado mais de 30 por cento de toda a reserva
conhecida e economicamente utilizável dos combustíveis fósseis. Dentro de, no
máximo, 40 anos, talvez 50, queimaremos os restantes setenta por cento.
Qualquer leigo em meio ambiente pode avaliar o que acontecerá com o planeta,
quando tivermos queimado o que nos resta das reservas de combustíveis fósseis.
Dá para avaliar o tamanho da encrenca em que se meteu a humanidade? O que segue
é para os que entendem de energia! Fala-se muito em energias renováveis! Mas,
observemos com acuidade esta questão que vos exponho logo adiante. Para
entenderdes melhor esta questão que adiante vos apresento é necessário que
tenhais um mínimo de conhecimento da ciência criada por James Maxwell no século
XIX, Juntando a lei de Ampére, que foi modificada
por Maxwell, com a lei de Gauss, e a mais
importante lei que Maxwell utilizou foi a lei da indução de Faraday. Assim, esta ciência que chamamos hoje de
eletromagnetismo criada por Maxwell, até hoje, 05/2018 não encontrou uma solução
para produção de energia em alta Tensão e em larga escala, principalmente no
setor das renováveis! Especialmente a solar de superfície, que é 1/7 da
espacial, isto é, (fora da atmosfera terrestre). O
uso da corrente alternada de
Tesla para transmissão de energia tornou-se comum pela capacidade dos
transformadores elevarem a tensão em volts e
reduzir a corrente elétrica em amperes,
reduzindo ao quadrado as perdas nas linhas, pelo efeito joule: Assim: P = R x I2, pois, Sendo P a perda de potência em
watts, R a resistência em ohms,
resistências equivalentes da linha, e I a
corrente em amperes. Sendo a Tensão em volts, que é = a raiz quadrada de P x R.
O transporte de energia alternada torna-se assim, muito mais econômica e sem
perdas notáveis. Isto estabelecido! Agora vamos à pergunta que não quer calar!
Porquê? O Chile um país longo e estreito, talvez o mais longo e estreito de
todos os países do mundo, 4,2 mil Km de comprimento norte/sul por uma média de
170 Km de largura leste/oeste! Não enche, (entope mesmo), o deserto de Atacama
de placas solares, no norte do pais, e distribui energia em abundância para todo
o Chile? e acaba com a importação de petróleo?
Ora! Pense nisso, e me dê uma resposta.
Vamos agora ao
problema da explosão demográfica
5)A). Os governos de todo o mundo, à exceção da China, têm
como tabu falar no controle da explosão demográfica. Se até falar é proibido,
imagine quando vão partir para o controle puro e simples! Os ambientalistas de
plantão ainda têm o desplante de falar em combustíveis da biomassa. Quando
“todos”, eu digo e enfatizo, “todos” os ambientalistas sabem, pois aprendem nas
universidades, que as áreas agricultáveis do planeta não serão suficientes para
alimentar toda a imensa população que estará vivendo no planeta, e ainda falam
em combustíveis da biomassa, quando já tivermos gasto cem por cento das
reservas dos combustíveis fósseis. As fontes alternativas de energia não
poluentes, como as hídricas, eólicas, energia das marés e as geotérmicas que
existem no planeta, serão insuficientes para fazer frente à crescente
necessidade de uma crescente humanidade. Esta humanidade, ao que se espera e
conforme cálculos de organizações mundiais, serão o dobro daqui a quarenta
anos, ou seja, como disse, seremos quatorze bilhões de seres. Por que não dão
partida ou início em larga escala no uso do hidrogênio em substituição aos
combustíveis fósseis? Sabem por quê? Por ganância e usura! Ninguém quer assumir
os prejuízos com a perda das imensas instalações de extração e refino,
transporte e distribuição dos derivados dos combustíveis fósseis. Eles só
sentar-se-ão à mesa de negociações para discutir o assunto quando já não houver
mais possibilidade de retorno e assim condenam a humanidade ao inevitável
desastre.
6)A). Todos sabem quanta dificuldade vários governos tiveram para cuidar do enterro
dos duzentos e vinte mil mortos pelo tsunami do Oceano Índico ocorrido no dia
26 de dezembro de 2004. E a ajuda veio de vários países desenvolvidos! Como o
costume nos países atingidos é a cremação, os fornos crematórios ficaram
lotados por semanas! E a cremação da maioria se deu ao ar livre; nas regiões
mais afastadas dos olhos da imprensa, grande quantidade de corpos foi
simplesmente enterrada em valas comuns. Qualquer leigo pode avaliar o que
acontecerá quando sucessivas catástrofes matarem dez, vinte, cem ou até mesmo
duzentos milhões de seres em todo o planeta, e isto de uma só vez. Talvez os
leigos não consigam deduzir qual serão resultado dessas imensas catástrofes!
Mas qualquer ambientalista de plantão consegue deduzir que as pandemias
sucessivas na superfície do planeta multiplicarão este número de mortos por
cem! Aí, qualquer leigo poderá ver e
deduzir que a espécie humana está ameaçada de extinção e que poucos
sobreviverão. Tem horas em que eu creio que os governos das grandes potências
só estão esperando isto acontecer para tomarem conta de todo o planeta para si!
Aí eu me pergunto, para que servirá um planeta tão arrasado e cheio de
pestilências? Será que já arrumaram solução também para isto? Agora vocês têm o
direito de me perguntar: como estas pandemias se espalharão por todo o planeta?
É fácil saber! Via o próprio homem! O planeta é todo interligado pelos mais
variados meios de locomoção! Vias aéreas, vias marítimas e vias terrestres.
Mesmo que estes meios de transferência (via o homem) fiquem temporariamente
paralisados, o meio ambiente estará tão violento pelo aquecimento global que as
tempestades cuidarão disto. Há algumas décadas houve uma tempestade de ventos
sobre o deserto do Saara que espalhou areia por toda a faixa equatorial do
planeta. Se compararmos a massa de um grão de areia com a massa de um
micro-organismo (bactéria, vírus etc.), veremos que é muito fácil pelas vias
das nuvens fazer a cobertura de todo o planeta com as pestilências advindas
destas imensas mortandades que ocorrerão por toda parte. É a partir destes
raciocínios que podemos deduzir que pouca gente restará viva para contar a
história. Será que você, oh! jovem, sobreviverá a estes terríveis
acontecimentos? E se você tiver a sorte de ser o historiador destes fatos,
talvez, daqui a dois mil anos você será tão lembrado, ou mais famoso do que o
Heródoto (485–420 a.C.).
Então,
que todos se preparem para a hecatombe ambiental a que chamo de CAOS. Todos de
canetas nas mãos...
Edimilson Santos Silva Movér
Vitória da
Conquista - Ba. 5 de março de 2007.
moversol@yahoo.com.br
ALERTAS - Primeiro ENSAIO da Obra 21 - (3)