DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR
Subsérie: Estudos paleoclimatológicos
Sexto
ensaio
O
CLIMA NO PLANETA
E
A TEORIA DOS CICLOS DE MILUTIN MILANKOVITCH
Uma abordagem sobre a afirmação de um grupo de sábios, mais conhecidos como “Céticos” da inexistência do efeito estufa. Talvez nem tão sábios assim em assuntos paleoclimatológicos.
A argumentação do ensaísta.
1”OCNP”. Não há o que discutir, o clima do planeta
azul já passou pelas mais diversas fases, e não há como duvidar ou mesmo negar
tal fato, já houve breves e longos períodos de clima frio, e longos e breves
períodos de clima quente, isto em seus extremos. Já as mudanças do clima por
curtos períodos fazem parte do nosso viver cotidiano. Na realidade, as mudanças
do clima começaram a se fazer sentir ou a existir após a formação dos oceanos
na primeira era geológica que a ciência denomina de (Pré-Cambriano) e no
período que é classificado de (Arqueano),
que vai de 3.5 bilhões de anos até os 2,5 bilhões de anos atrás, portanto até o
início do período (Proterozoico), nada mais natural, pois, foi no princípio do
Arqueano que surgiu as primeiras formas de vida entre o meio do período
(Arqueano) e o meio do (Proterozoico) que surgiram os primeiros vestígios de
vida no planeta na forma de estromatólitos. Sem clima ameno e umidade não há
condições para surgir a vida, pois esta depende de constância de temperatura, e
presença constante de água. Recentemente apareceu uma corrente do
"não"! Negando a existência do efeito estufa nos dias atuais. Há de
tudo no planeta! Inclusive pessoas cultas, mas, “inocentes úteis” que seguem
esta corrente, não se perguntando a quem interessa esta crença da não
existência do efeito estufa? A quem interessa? Ora! Interessa a quem lucra com a
emissão de CO2. Claro que este modelo ou paradigma da inexistência
do efeito estufa, foi elaborado ou criado por grupos econômicos interessados na
exploração descontrolada e desapiedada das fontes produtoras de CO2,
pouco se importando com os resultados desta exploração. Negando assim, o efeito
estufa e o consequente aumento na temperatura média do planeta, aumento este,
neste caso, provocado unicamente pela ação humana. O seu maior argumento é de
que já houve em eras passadas alterações violentas no clima do planeta, isto
sem a interferência do homem, isto não é possível negar, houve é verdade!
Grandes mudanças no clima do planeta, estas mudanças tem duas origens ou
vertentes conhecidas! A primeira tem "endocausa" e são
originárias do próprio planeta e a segunda tem "exocausa" com suas
origens na mecânica celeste. Vejamos como primeiro enfoque o que
chamo de "endocausa". O clima do nosso planeta está sujeito a
diversos efeitos produzidos pelo próprio planeta, que alteram de forma notável
seu macro-clima! Vejamos quais são estes efeitos! Observe que aqui estamos
tratando das grandes mudanças climáticas com longa duração, e que deixaram
registro nos fósseis, nas rochas, nos solos e principalmente nos
"eternos" gelos polares. A maior fonte planetária das mudanças do
clima tem origem nos oceanos, e nos oceanos o maior fator dessas mudanças de
longa duração está na alteração da temperatura e da salinidade das correntes
marinhas, E por sua vez! Estas correntes têm origem nas mudanças na temperatura
dos oceanos, provocando diferenças de salinidade, alterando a densidade da água
provocando o fluxo constante das correntes marinhas, e o que mais concorre para
manter o fluxo constante das correntes é a diferença da rotação da superfície
do planeta! A rotação do planeta em torno do seu eixo tem várias velocidades
indo de 1.669.782,00 (Hum mil seiscentos, sessenta e nove quilômetros e
setecentos e oitenta e dois metros) por hora, no equador, até poucos
centímetros por dia nas proximidades dos polos geográficos. Foi notado que o
desenho das costas dos continentes tem grande influência na formação das
correntes marinhas. Esta diferença de rotação é a maior causa da existência das
correntes. As correntes marinhas por sua vez são as responsáveis diretas pelas
maiores mudanças do clima do planeta, sendo estas mudanças cíclicas e mais ou
menos constantes. (Na realidade tudo está estreitamente inter-relacionado).
Todas as correntes marinhas têm influência no comportamento do clima
planetário. No entanto somente algumas alterações nas temperaturas dos oceanos
são mais conhecidas, como as que provocam os dois fenômenos chamados de
"El niño" e "La niña" no sul do oceano pacífico, nas costas
da América do Sul. Sabe-se que a grande corrente do golfo (Gulf Stream) que se
forma no golfo do México indo na direção do Atlântico Norte, é que mantém a
costa da Europa aquecida, principalmente o oeste da Europa. Sem as águas
quentes do Gulf Stream, pelo menos parte da costa de Portugal, da Espanha,
parte da costa da França e de toda a costa oeste da Inglaterra seriam cobertas
pelo gelo. O certo é que ao longo do existir do planeta o oceano é o grande
responsável pela existência da massa de nuvens controlando o ciclo das chuvas e
consequentemente grande parte do macro clima do planeta, e mesmo o micro clima
de algumas regiões. No entanto as grandes mudanças climáticas que alteram por
milhares de anos a face do planeta, não se originam somente dos oceanos, ainda
tratando das mudanças com "endocausa", as mudanças climáticas que
mais transfiguraram a face do planeta, pondo em risco a vida da espécie humana,
sendo que elas tiveram origem justamente “endo”, de "dentro" do
planeta. Há registros na história fóssil do planeta contidos em solos
continentais, nos gelos polares e no fundo dos mares comprovando que há 250.000
mil anos e há 74.000 mil anos ocorreram catastróficas erupções vulcânicas, alterando
completamente a vegetação e a vida na superfície do planeta e principalmente o
seu clima. Os cientistas chamam a estes acontecimentos de "gargalos"
na existência da vida no planeta. A última catástrofe de 74.000 anos atrás foi
provocada por uma descomunal erupção de um vulcão na ilha de “Toba” na
indonésia, (os registros da deposição das cinzas desta descomunal erupção
existem em todos os continentes), o homem quase desapareceu da face do planeta.
É um verdadeiro milagre que a espécie humana tenha sobrevivido, calcula-se que o
planeta foi coberto por uma nuvem de cinzas por mais de três anos, foi uma
longa noite de três anos desaparecendo quase que completamente a cobertura
verde do planeta, provocada pela ausência da fotossíntese. Como prova deste
cataclismo, a camada desta nuvem de cinza está depositada por toda a superfície
do planeta. Calcula-se que a cada desastre deste tipo, naturalmente adviria uma
prolongada glaciação, o que dificultaria ainda mais a sobrevivência. O grupo ou
os grupos de humanos que sobreviveram, naturalmente viviam na zona equatorial e
nas bordas de grandes reservatórios de água, ou de grandes rios, e mais! Só
sobreviveram por que já sabiam pescar. Estes sítios ou "nichos" com
certeza estavam localizados próximos da linha do equador, devido a maior insolação!
E quase que com certeza na África, devido a comprovada presença do homem nessa
faixa. Não há quase registros de fósseis nesta data (74 mil anos), nem nas
Américas, na Ásia nem na Europa e muito menos na Polinésia. Uma das principais
provas desta drástica redução do número de humanos, é que todo ser humano
possui não se sabe por que, o DNA mitocondrial. Um estudo feito em todos os
países do planeta detecta no genoma humano a existência de uma matriz no DNA
mitocondrial da espécie, assim, somos descendentes de uma mesma mãe ancestral!
Portanto somos todos irmãos e filhos de uma mesma Eva. O que nos leva a supor
que a humanidade daquela época (74.000 anos atrás), foi reduzida a um número
extremamente diminuto. A ciência ainda não descobriu ou teve como saber, se o DNA
mitocondrial surgiu nesse “gargalo” de 74 mil ou se ocorreu no de 250 mil anos
atrás. Eis um estudo interessante, que
poderia ser encetado pela ciência.
2”OCNP”. [... - Estudos do mapa das migrações
dos primeiros humanos, baseado no estudo do DNA da Eva
mitocondrial, este é o nome pelo qual é conhecido o mais recente ancestral comum - MRCA, do inglês, (Most Recent Common Ancestor), existe
por descendência, em todos os seres humanos vivos na
atualidade. O seu DNA, (mtDNA) foi passando de geração em geração e
estando agora presente em todas as pessoas. Todos os mtDNAs presente em todas
as pessoas do mundo é derivado do mtDNA da Eva mitocondrial. É a contraparte
do Adão-Y, o Mais Recente Ancestral Comum -
MRCA, por descendência patrilinear . E, segundo a
hipótese científica mais aceita, o mais provável é que tudo teve origem na
África.-...]. Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA_mitocondrial
Observação:
Nesses
marcadores de leitura que seguem: do 3”OCNP”., ao 9”OCNP”., para facilitar a compreensão e o
entendimento dos leitores leigos em astronomia, falaremos inevitavelmente
usando os jargões da astronomia, embora seja de forma científica, mas quando
necessário, a mais simplificada possível! Espero que assim, consiga explanar e
tornar compreensível e mais inteligível as principais bases
da teoria dos ciclos de Milutin Milankovitch
3”OCNP”. Trataremos agora das mudanças climáticas
devidas aos efeitos externos, (exocausa). Temos que considerar três conhecidos
movimentos ou efeitos astronômicos a provocar estas mudanças. Um astrofísico e
matemático, um gênio (sérvio) muito conhecido, de nome Milutin Milankovitch,
(1879-1958), por formação universitária ele era engenheiro e geofísico, propôs
a teoria mais aceita até hoje, sendo apresentada em 1920, (Teoria dos Ciclos de
Milankovitch), esta teoria propõe o seguinte: As alterações climáticas de
grande porte, como as glaciações tem origem no índice de energia originária do
Sol absorvida pelo planeta. Este índice varia em função de três movimentos a
que o planeta está sujeito, a saber: O 1º movimento é o de “precessão”, que é a
variação do ângulo de (obliquidade), (A obliquidade é o 2º movimento), em
relação à eclíptica, que varia (em números redondos de 21 a 24 graus), somada
ao efeito da inclinação da obliquidade, conforme, se no afélio ou, se no
periélio, os solstícios nos dois hemisférios possuem diferentes graus de
intensidade. Tendo a precessão uma duração de 22 mil anos, portanto, a cada 11
mil anos os hemisférios mudam completamente de posição, o que está no solstício
de verão passa para o solstício de inverno e vice-versa. Na atualidade o
hemisfério norte está com o solstício de inverno no periélio e o hemisfério sul
com o solstício de inverno no afélio. Assim o inverno do hemisfério norte que é
mais rigoroso, e o inverno no hemisfério sul, deduz-se que estas diferenças de
intensidade não são provocadas pelos extremos da elipse, afélio e periélio.
Assim, não confundam, pois, as intensidades dos climas nos solstícios nos dois
hemisférios que não são marcados pelo afélio nem pelo periélio, mas, sim pelo
ângulo de incidência dos raios solares mais diretos no hemisfério sul, e mais
indiretos no inverno no hemisfério norte que se dá em dezembro, o que diminui a
insolação no inverno no setentrião. O contrário ocorre no hemisfério sul “meridião”,
onde o inverno se dá em junho e a insolação é mais intensa que no norte
provocando um inverno menos intenso.
4”OCNP”. Também, Milutin através de
cálculos matemáticos comprovou que o movimento de translação do planeta sofre
alterações pronunciadas, (excentricidade da órbita), (A excentricidade é o 3º
movimento), variando num ciclo de 92 a 100 mil anos a (curva elíptica)
percorrida no espaço em um período de um ano pelo planeta em torno do Sol, a
alteração na forma de uma elipse ligeiramente oval, até atingir a forma de um
círculo quase perfeito. A elipse sofre alterações da ordem de 0 a 0,067 o
pressuposto maior aventado por Milutin, não é cada uma destas alterações em
separado, mas sim; a soma destas alterações conjugadas em seus extremos mais pronunciados,
que resultaria nas grandes alterações climáticas. Alguns cientistas chamam
nossa atenção para o fato de que estas alterações na mecânica da órbita
planetária não seriam suficientes para provocar grandes alterações na
temperatura média do planeta, ou que fossem suficientes para provocar as
glaciações. No entanto estas alterações conjugadas seriam “bastantes” para
provocar em seus prolongados períodos mais quentes, digamos 50 mil anos mais
quentes e secos, com as consequentes queimas de toda cobertura verde (já seca)
do planeta, e como resultante disto, a queima constante da massa verde, e a
natural emissão lenta de dióxido de carbono, (CO2) para a atmosfera,
o que provocaria e resultaria num leve efeito estufa. Nos próximos 50 mil anos
a emissão de CO2 seria quase 0 (zero), com clima ameno e com a
cobertura verde conservada e clima úmido, sem queima da vegetação. Como se
sabe, uma baixa concentração de CO2 tem como resultado um
efeito estufa invertido, levando lentamente o planeta a uma fase de uma nova
glaciação. Isto com a soma dos três efeitos da mecânica celeste com seus
efeitos conjugados e invertidos. Quando estes três efeitos da
"exocausa" ocorrerem conjugados e forem somados aos efeitos
conjugados da "endocausa"! Aí, sim, poderemos esperar, ou uma
glaciação global ou uma fase de extremo calor a depender de como será a soma
dos extremos da "exoendocausa". Efeitos conjugados podem levar o
planeta para uma fase de aquecimento, na outra ponta desta conjugação os
efeitos podem levar-nos logicamente a uma fase de resfriamento. Ambas
indesejáveis... só que desta vez, neste início de uma fase de aquecimento, “século
XX” a emissão de CO2 para a alta atmosfera do planeta quem está
provocando somos nós. Só que desta vez, e nessa data e fase o planeta possui
quase 7,6 (sete bilhões e seiscentos milhões), de seres humanos que dependem de
um clima compatível com sua fisiologia, para que possam sobreviver... E
principalmente poderem produzir alimentos. Na realidade o que mais nos afetará
será a queda da produção de alimentos, não importando se o planeta seja
aquecido ou resfriado, o que importa é de que não deixemos de produzir a
quantidade de alimentos necessária para a sobrevivência da espécie humana, e que
a massa vegetal que cobre o planeta permaneça, para que os animais (a fauna em
geral), também possam sobreviver. É bom lembrar que a maior fonte de proteínas
utilizadas pelos humanos tem origem nas espécies animais. Em última instância,
não interessa nem é benéfica à espécie humana uma alteração violenta e
acentuada no clima, não importando, portanto, se é a natureza ou o homem o
responsável por esta alteração climática.
1º)
A variação da excentricidade da órbita:
5”OCNP”. Enquanto estamos todos familiarizados com
o fato do eixo da Terra apontando em direção à Estrela Polar (Polaris) em um
ângulo de 23º45' com relação ao plano da eclíptica, ou plano da órbita do
planeta ao redor do Sol, e que a distância média da Terra ao Sol é de
149.593.222,5 milhões de Km do Sol, esses fatos ou números não são absolutos ou
constantes. Pois, o periélio é de 147.095.271,0 Km, e o afélio é de
152.091.174,0 Km. A interação entre a Terra e o Sol, conhecida como variação
orbital, são alterações que mudaram a história do clima da terra durante toda
sua existência de 4,6 bilhões de anos.
2º) A excentricidade:
6”OCNP”. Excentricidade é a mudança na forma da
órbita da Terra ao redor do sol. Atualmente, a órbita do nosso planeta é quase
um círculo perfeito. Há apenas cerca de uma diferença de 3% em distância
entre o tempo em que está mais próximo do sol (periélio) e o tempo em que está
mais afastado do sol (afélio). O periélio ocorre em 3 de janeiro e, nesse
ponto, a terra está 147 milhões de quilômetros distante do sol. No afélio,
em 04 de julho, a terra está 152 milhões de quilômetros distante do sol. Daí,
dá para entender que o afélio e o periélio não provocam as diferenças de
intensidade nos invernos nos dois hemisférios.
Ao longo de um ciclo de 95.000 anos, a órbita da
Terra ao redor do sol muda a partir de uma elipse fina (oval) para um círculo,
e de volta, quando a órbita em torno do sol é mais elíptica, há maior diferença
na distância entre a terra e o sol no periélio e afélio. Embora a
diferença atual de quatro milhões de quilômetros em distância não altere
significativamente a quantidade de energia solar que recebemos, uma maior
diferença poderia modificar a quantidade de energia solar recebida e faria do periélio
um tempo muito mais quente, e do mês do afélio um período muito mais
frio.
3º) A obliquidade:
7”OCNP”. Em um ciclo de 42.000 anos a terra e as
oscilações do ângulo do eixo, isto, com respeito ao plano de revolução em torno
do sol, que varia entre 22,1 ° e 24,5 ° menos de um grau que a nossa posição
atual de 23º,45’’ o que significa menos diferenças sazonais entre os
Hemisférios Norte e Sul, enquanto um maior ângulo significa maiores diferenças
sazonais (ou seja, um verão mais quente e um inverno mais frio). No meridião e
no setentrião, respectivamente. Compreendendo-se, como disse, que o fator
causador dessas diferenças! Seja o ângulo de incidência da luz do astro rei, e
não suas distâncias no afélio e no periélio.
4º) A precessão dos equinócios
8”OCNP”. A precessão é o giro que o eixo do planeta
faz (numa realidade astronômica), num ciclo completo de 360 graus em 25.765
anos. E não 22 mil como arredonda alguns. Portanto, durante 12.882,5 anos
um hemisfério está mais voltado para o Sol, nos outros 12.882,5 anos ocorre o
contrário, o outro hemisfério é que está mais voltado para o Sol. Em termos
astronômicos podemos descrever assim! No decorrer dos próximos 12.882, anos a
partir de agora o Hemisfério Norte vai no futuro experimentar verão em dezembro
e o inverno em junho porque o eixo da Terra estará apontando para a estrela
Vega, em vez de seu atual alinhamento com a Estrela Polar ou Polaris, que é a estrela mais brilhante
da constelação da Ursa Menor. Esta inversão sazonal não vai acontecer de
repente, mas as estações do ano vão mudar gradualmente ao longo de milhares de
anos. O oposto disso, naturalmente ocorrerá com o Hemisfério Sul. Imagine a
precessão como o bambolear de um pião num giro de 360 graus, e que dure 25.765
anos. Sendo o ângulo do bamboleio de 23º45’, e está tudo explicado.
5º) Os três
“Ciclos de Milankovitch”.
9”OCNP”. O engenheiro, geofísico e astrofísico
sérvio, Milutin Milankovitch (1879-1958), desenvolveu as fórmulas matemáticas
em que essas variações orbitais são descritas e baseadas. Ele propôs a
hipótese de que, quando algumas partes das variações cíclicas são combinados e
ocorrem ao mesmo tempo, eles são responsáveis por grandes mudanças que afetam o clima da Terra
(idades até mesmo de gelo). Milankovitch estimando flutuações climáticas
durante os últimos 450.000 anos e, descritos como períodos quentes e
frios. Embora ele tenha feito o seu trabalho na primeira metade do século
20, os resultados dos estudos de Milankovitch não foram comprovadas até a
década de 1970. Quando isso ocorreu com a identificação das grandes eras dos
gelos "eternos", ou grandes glaciações, Milankovitch foi
reconhecido como um grande cientista. Um estudo de 1976, publicado na
revista científica Science analisou núcleos de sedimentos no
fundo do mar e descobriu que a teoria dos ciclos de Milankovitch correspondia
aos períodos de mudanças climáticas. De fato, as eras glaciais haviam ocorrido
quando a Terra estava passando por diferentes estágios de variação
orbital. E assim, passaram a considerar a teoria de Milutin
Milankovitch como válida e real. No entanto, nos dias de hoje a Terra não
está passando por uma variação orbital, saímos de um clima de frio extremo há
12 ou 14 mil anos, portanto, estamos muito distantes de outro extremo provocado
por nova variação orbita! No entanto o clima do planeta está em fase de
aquecimento crescente! Os céticos são desonestos, todos sabem que os degelos
das calotas polares ocorrem anualmente e são poucos significativos em relação
às massas dos gelos polares, nunca os gelos do Ártico permitiram a
navegação, coisa que em certas épocas do ano são possíveis hoje em dia. Como
explicar tal fato? Assim, o aquecimento do planeta é uma realidade, os céticos
que recebem diretamente ou indiretamente, dinheiro das grandes empresas
poluidoras e produtoras do CO2, são desonestos, ante a grande massa de humanos
com menos conhecimento e informação. O futuro os julgará! Certamente os
julgará! Movér
Após a abordagem da teoria de Milutin sobre o clima
do Planeta! Mais, se faz necessária, a repetição da declaração de
Cousteau:
10”OCNP”. - "Hoje em dia, o
ser humano apenas tem ante si, três grandes problemas que foram ironicamente
provocados por ele próprio: 1) A super população, 2) o desaparecimento dos
recursos naturais e 3) a destruição do meio ambiente, triunfar sobre estes problemas,
visto sermos nós a sua única causa, deveria ser a nossa mais profunda
motivação". Jacques Yves Cousteau. (1910-1997).
Edimilson Santos Silva Movér
Vitória da Conquista,
20 de fevereiro de 2008
moversol@yahoo.com.br
O CLIMA NO PLANETA - Sexto ENSAIO da Obra 21 (8)