DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR
Décimo quinto ensaio
O DESTINO DA NAVE GAIA
(E DE SEUS TIMORATOS PASSAGEIROS)
A Segunda grande catástrofe
1)ODDNG). É melhor saber, ou não saber o que nos aguarda? Quem
saberá dizer? Aqui nesta nau, não há capitães, imediatos, pilotos ou marujos,
somos todos passageiros, pois nenhum de nós pode alterar seu curso um milímetro
sequer! Daí advém o medo e a insegurança, quando deste fato tomamos
conhecimento, principalmente ao nos lembrarmos do ocorrido com o planeta há 65
milhões de anos em Yucatlan, no México. Assim, quanto ao que vier de fora,
somos completamente indefesos... E quanto ao que acontecer dentro de sua
atmosfera? Existirá uma alternativa? Quem saberá dizer? Quem estará certo?
Aquele que procura saber com afinco e tenta ir fundo, ao âmago da questão, ou
aquele que vive como se tudo estivesse ocorrendo às mil maravilhas com o
planeta?
A EVOLUÇÃO...
2)ODDGN). O homem evoluiu e já adquiriu razoável conhecimento,
pois saiu das cavernas há mais de dez mil anos, e hoje tenta chegar a Marte, o
mais amigável planeta do sistema Solar! Já foi à Lua, e suas máquinas já
chegaram à maioria dos planetas e seus satélites. Mas para adquirir esse
conhecimento, criou condições para que uma grande catástrofe o espere num
futuro bem próximo... Qual o real valor desse conhecimento? Qual o real
posicionamento da episteme humana com relação ao nosso futuro e em que grau de
evolução esta episteme está? Sou de opinião que os que negam a proximidade da
catástrofe, em parte o negam por interesse financeiro, principalmente as
grandes corporações industriais e financeiras; os indivíduos, o negam por três
motivos: 1) Por medo, 2) Por interesse, por dependerem dessas corporações, 3)
Por desinformação.
3)ODDNG). No quarto ensaio, não dei grande ênfase à linha de
raciocínio assumida naquele texto, que, diferentemente deste, por não ser uma
divagação metafísica, mas a abordagem de uma realidade científica, eu agora o
faço com ênfase, pois, aqui, defendo um posicionamento filosófico-científico.
Não se trata mais de uma opinião metafísica, heurística e pessoal, mas de uma realidade, uma
dura realidade humana, uma verdade axiomática que está sendo vivida por “parte”
e que mais tarde será vivida por toda a humanidade.
4)ODDNG). O que vemos hoje, quanto às modificações do clima, é
somente o princípio das dores. Analisemos o que provoca a alteração do clima! A
lógica, os fatos e os números aqui levados ao conhecimento dos leitores são
oriundos e comprovados pela episteme universal humana, ou seja, pela ciência
criada por esta mesma humanidade e nada mais. Veremos, adiante, que não há como
refutar tais fatos. Atualmente beiramos os sete bilhões de almas! Como chegamos
a tão grande número? Isto é fácil descobrir! Primeiro é necessário conhecermos
o quanto éramos em datas pretéritas e específicas. Os acontecimentos no
“intermezzo” dessas datas nos esclarecem, de forma simples e cabal, o porquê de
tais crescimentos demográficos, se lentos ou rápidos! Aqui tratarei unicamente
da realidade planetária “pura e simples” e nada mais. Segundo pressupõe e nos
ensinam as ciências “geo-paleo-antropológicas”, há 70 mil anos não passávamos
de trinta mil seres humanos residindo em nichos ecológicos de sobrevivência;
éramos o que restou de um grande desastre planetário. O número de seres em
datas que antecedem os 74.000 anos, no momento, não vem ao caso. Quarenta e
quatro mil anos depois, portanto há trinta mil anos, éramos “quando no máximo”
dois milhões de seres em todo o planeta. Quando chegamos aos dez mil anos
(a.C.), isto após a saída de uma era glacial, já éramos uns trinta milhões de
seres; no ano 0 (zero) da era Cristã, já somávamos trezentos milhões de seres,
este último número está embasado em cálculos e extrapolações dos censos que os
romanos fizeram em torno do ano 0 (zero) de nossa era. Então não temos como não
aceitar estes números! Para uma mais fácil compreensão deste vertiginoso
crescimento da humanidade, que, em dois mil cento e poucos anos, saltou de
trezentos milhões para sete bilhões de seres, faremos uma tabela, que
facilitará o entendimento, a visualização e a análise desse fenômeno do
crescimento demográfico planetário. Também é necessário que estabeleçamos e
analisemos este crescimento em diversos períodos (notáveis por si mesmos). Esta
notabilidade é fruto de fatos marcantes dentro do desenvolvimento da própria
humanidade. Vejamos nossa tabela logo a seguir:
TABELA DEMONSTRATIVA DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
DA HUMANIDADE DESDE 74 MIL ANOS AEC ATÉ OS DIAS DE HOJE
INÍCIO DO
PERÍODO
|
Nº DE HABITANTES
|
DO PERÍODO ANTERIOR
ATÉ ESTE
|
CRESCIMENTO ANUAL
MÉDIO
DE “SERES”
|
TOTAL DO
CRESC.
NO PERÍODO
|
TIPO DE
DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE
|
FATOS MARCANTES
DO PERÍODO
|
74 MIL
(A.C.)
|
30.000
|
?
|
?
|
?
|
PALEOLÍTICA
SUPERIOR
CAVERNÍCOLA
|
ERUPÇÃO DO
VULCÃO TOBA NA
ILHA DO MESMO NOME, NA INDONÉSIA
|
30 MIL
(A.C.)
|
2 MILHÕES
|
44 MIL ANOS
|
45
|
1 MILHÃO E 970 MIL
|
PALEO. SUP.
NÔMADE E
CAVERNÍCOLA
|
PINTURA RUPESTRE
|
10 MIL
(A.C.)
|
10 MILHÕES
|
20 MIL ANOS
|
400
|
8 MILHÕES
|
. SUP.
|
INVENÇÃO DA
LAVOURA
|
ANO ZERO
= A.D.
|
300 MILHÕES
|
10 MIL ANOS
|
29.000
|
290 MILHÕES
|
ERA ATUAL
GUERREIRA,
RELIGIOSA,
AGRÍCOLA
PEQ. INDUST,
|
NASCIMENTO DE
CRISTO
|
1500 (D.C.)
|
600 MILHÕES
|
1500 ANOS
|
200.000
|
300 MILHÕES
|
GUERREIRA,
RELIGIOSA,
AGRICULTURA FEUDAL
|
DESCOB. DAS AMÉRICAS.
INÍCIO DA
CIÊNCIA
|
1800 (D.C.)
|
1 BILHÃO E 200
MILHÕES
|
300 ANOS
|
2 MILHÕES
|
600 MILHÕES
|
GUERREIRA,
RELIGIOSA, E
INDUSTRIAL
|
DESENV. CIÊNCIADA
INDUSTRIA E DA
CIÊNCIA
|
1950 (D.C.)
|
2 BILHÕES E
500 MILHÕES
|
150
ANOS
|
8 MILHÕES E 667
MIL
|
1 BILHÃO E 300
MILHÕES
|
GUERREIRA
RELIGIOSA E
TECNOLÓGICA
|
FÍSICA QUÂNTICA E
RELATIVISTA
|
1987 (D.C.)
|
5 BILHÕES
|
37 ANOS
|
83 MILHÕES
666 MIL
|
2 BILHÕES E 500
MILHÕES
|
GUERREIRA
RELIGIOSA
TECNOLÓGICA
|
ADVENTO DA
INFORMÁTICA E INÍCIO DA
GLOBALIZAÇÃO
|
2000 (D.C.)
|
6 BILHÕES
|
20 ANOS
|
50 MILHÕES
|
1 BILHÃO
|
GUERREIRA,
RELIGIOSA, TECNOLÓGICA,
INFORMATIZADA.
|
GLOBALIZAÇÃO,
INFORMÁTICA, TERRORISMO
|
2005 (D.C.)
|
6 BILHÕES
500 MILHÕES
|
5 ANOS
|
100 MILHÕES
|
500 MILHÕES
|
GUERREIRA
RELIGIOSA,
TECNOLÓGICA,
INFORMATIZADA.
|
GLOBALIZAÇÃO,
INFORMÁTICA, TERRORISMO
|
2007 (E.C.)
|
6 BILHÕES E 700 MILHÕES
|
2 ANOS
|
100
MILHÕES
|
200 MILHÕES
|
GUERREIRA
RELIGIOSA TECNOLÓGICA,
INFORMATIZADA
|
GLOBALIZAÇÃO,
INFORMÁTICA, TERRORISMO
|
2018 (E.C.)
|
7 BILHÕES E 600 MILHÕES
|
11 ANOS
|
100
MILHÕES
|
1 BILHÃO 100 MILHÕES
|
GUERREIRA
RELIGIOSA TECNOLÓGICA,
INFORMATIZADA
|
GLOBALIZAÇÃO,
INFORMÁTICA, TERRORISMO
|
5)ODDNG). É possível que esta tabela contenha erros de datas e
de números, no entanto qualquer correção não alterará o seu valor como
instrumento para demonstrar o crescimento demográfico da humanidade, mesmo
porque os dados foram compilados de diversas fontes, às vezes não concordes
entre si. De posse desta simples tabela, é possível observar a irregularidade
do crescimento demográfico da humanidade, que nem sempre foi ou é provocada
pelo próprio homem, como no caso do primeiro fato marcante, quando a humanidade
quase desapareceu em função de uma catastrófica erupção vulcânica, fato que não
discutiremos aqui.
6)ODDNG). Há trinta mil
anos atrás, só encontramos vestígio fósseis do Cro-Magnon! O que significa que
nessa época o Neanderthal, já havia desaparecido, e somente os homens pintores
cro-magnonenses deixaram magistralmente registrados, nas cavernas de (Altamira
na Espanha, nas de Lascaux e Chauvet, na França e em outras partes da Europa),
os testemunhos mais pungentes do seu desenvolvimento cerebral, comprovando
definitivamente que seu cérebro já era igualzinho ao do homem tecnológico
atual. Embora não sejamos tão velhos, como seres tecnológicos, só começamos a
adquirir tecnologia a partir da data em que iniciamos o sedentarismo, há dez
mil anos. Por outro lado, como seres com tecnologia avançada somos bem mais
novos, do que pensamos. Talvez só tenhamos adquirido alguma tecnologia
simplificada a partir da invenção da escrita. A espécie humana, como sociedade
organizada, chegou aqui há muito pouco tempo. O que levou o homem a se
organizar como sociedade foi a invenção da lavoura, que fixou grandes grupos
humanos e permitiu ao homem abandonar o nomadismo. Logo após a invenção da
lavoura, o homem deixou de ser coletor e, com o desenvolvimento e o avanço da
produção da lavoura, o que permitiu ao homem a domesticação dos animais
domésticos, veja que sem o excesso da produção da lavoura! Não havia Como
domesticar e criar os animais? Fato este, que levou o homem a abandonar também
a caça, sua principal fonte de proteínas. Por volta dos sete mil anos a.C.,
grandes grupos sociais em todo o planeta já tinham abandonado definitivamente o
nomadismo. O fato mais notável que o sedentarismo, fruto da criação da lavoura
e da domesticação dos animais, proporcionou ao homem foi a consequente sobra de
tempo e o surgimento do que chamamos de ócio. “Bendito ócio”. Antes da
ocorrência desses fatos, todo tempo do homem era despendido na caça e na
coleta. Com a sobra de tempo e uma melhor distribuição dos diversos afazeres da
comunidade, surgiu, em data não conhecida, a invenção da escrita, a qual,
depois de desenvolvida, possibilitou que os conhecimentos adquiridos por uma
geração! Não somente fossem passados para a geração seguinte. Mas, acumulados de
geração em geração! Este novo modelo de guardar o conhecimento e o consequente
abandono da ineficiente, memorização e oralidade fizeram com que a humanidade
desse um verdadeiro salto no desenvolvimento. O saber humano alcançou píncaros
nunca dantes alcançados. Dentro de menos de dez mil anos, nos transformamos de
numa sociedade cavernícola e selvagem! Numa sociedade de filósofos e
tecnólogos, como nos dias de hoje. Esta é a única explicação plausível para
esta rápida modificação no “modus vivendi” do falante. Lembra-te de que nossa
espécie desde há 250 mil anos já possuía uma caixa craniana com 1400cm³,
portanto, com o mesmo volume dos crânios dos humanos atuais? E provavelmente
com o mesmo número de neurônios que possuímos atualmente. O que faltava ao falante,
era tempo, somente tempo, e nada mais! Isto lhes foi proporcionado com a
invenção da lavoura, alguns talvez não saibam! Mas, existe altíssima
probabilidade que tenha sido a mulher a responsável pela invenção da lavoura,
tanto que eu sem medo de errar debito à mulher a invenção da lavoura. E porque
não! Da escrita também! Segundo não sei quem! A fala coloquial, rudimentar,
(trivial), foi desenvolvida por ambos os gêneros de falantes, mas, a fala
elaborada, com nuances, interjeições, pronomes, verbos de ligação e outros
“tremeliques”, foi inventada e desenvolvida pelas mulheres nos acampamentos,
temos que admitir que há 150 mil anos atrás! As mulheres de um acampamento
falavam aos gritos, entre si, não somente para serem ouvidas, por todas, é que,
(elas não tinham smartphones, ainda!), e também para espantarem os predadores a
espreita! Enquanto o grupo de caçadores coletores, saiam no alvorecer, e
retornavam no entardecer, quando não dormiam no mato! Todos os caçadores,
absolutamente, todos, (imagine! Durante 200 mil anos, todos os dias, caçando e
coletando em silêncio para não espantar a caça). Todos iam sempre em silencio,
era a norma lógica dos caçadores atuais, para não espantar os animais que
serviam de caça ou não! E este era um proceder que abarcava toda a vida dos
caçadores coletores, enquanto as mulheres ficavam nos acampamentos cuidando dos
velhos e das crianças, elas, iam por costume, tagarelando o tempo todo, foram
desenvolvendo a fala, falando alto e sem parar! Elas afugentavam predadores dos
arredores, aperfeiçoando as primeiras línguas da humanidade, as mulheres sempre
falaram mais que os homens. Então quem inventou e aperfeiçoou a fala humana
foram as mulheres e não os homens. E não me venham dizer que as mulheres são
intelectualmente menos capazes que os homens, coisa que não tem apoio da
lógica, quem melhor exercitou o cérebro foram as mulheres. A fala continuada
estimula os neurônios muito mais que caçar em silêncio! Depois que as mulheres
inventaram a lavoura, os homens mais fortes fisicamente, tomaram conta da
lavoura, com a adoção do sedentarismo, os homens, como sempre mais fortes
fisicamente devido ao exercício da caça! Logo na instituição dos primeiros
governos, se assenhoraram de tudo, inclusive, escravizaram as mulheres até fins
do século XIX. Quem! Quem! Tem razão para discordar?
7)ODDNG). O homem nômade, do nascer ao pôr-do-sol, coletava e
caçava todos os dias, continuamente, anos, décadas, séculos e milênios a fio,
sob pena de morrer de inanição! E de desaparecer como espécie. De posse do tempo
e do surgimento do ócio, o desenvolvimento veio logo a seguir. Com o
sedentarismo, os grupos humanos tiveram um notável crescimento em seu número,
pois as fêmeas tiveram mais tempo para cuidar da sua prole, que naturalmente
passou a ser mais numerosa, o que levou os grupos humanos a criarem e
organizarem novos meios de controlar a cada vez mais crescente população. O
antigo modelo de chefia tribal não mais atendia às novas sociedades, o mais
potente meio de controlar uma sociedade foi e sempre será o medo. Se
desaparecerem as leis que nos levam ao cárcere ou, até mesmo à morte, dentro de
poucas décadas voltaremos à barbárie.
Uma verdade que não agradará a muitos!
8)ODDNG). Existe altíssima probabilidade que tenha sido a
mulher a responsável pela invenção da lavoura, tanto que eu sem medo de errar
debito à mulher a invenção da lavoura. E porque não! Da escrita também! Segundo
não sei quem! A fala coloquial, rudimentar, (trivial), foi desenvolvida por
ambos os gêneros de falantes, mas, a fala elaborada, com nuances, interjeições,
pronomes, verbos de ligação e outros “tremilicos”, foi inventada e desenvolvida
pelas mulheres nos acampamentos, temos que admitir que há 150 ou 50 mil anos
atrás! As mulheres de um acampamento falavam aos gritos, para serem ouvidas, por
todas e para espantarem os predadores à espreita! Enquanto o grupo de caçadores
coletores, saiam no alvorecer, e retornavam no entardecer, quando não dormiam
no mato! Todos os caçadores, absolutamente, todos, (imagine! Durante 200 mil
anos, todos os dias, caçando e coletando em silêncio para não espantar as
caças). Todos iam sempre em silencio, era a norma lógica de caçadores atuais,
para não espantar os animais que serviam de caça ou não! E este era um proceder
que abarcava toda a vida dos caçadores coletores, enquanto as mulheres ficavam
nos acampamentos cuidando dos velhos e das crianças, elas, iam por costume,
tagarelando o tempo todo, iam desenvolvendo a fala, falando alto e sem parar!
Elas afugentavam predadores dos arredores, aperfeiçoando a língua, as mulheres
sempre falaram mais que os homens. Então quem inventou e aperfeiçoou a fala
humana foram as mulheres e não os homens. E não me venham dizer que as mulheres
são intelectualmente menos capazes que os homens, coisa que não tem apoio da
lógica, quem melhor exercitou o cérebro foram as mulheres. Depois que as
mulheres inventaram a lavoura, os homens mais fortes fisicamente, tomaram conta
da lavoura, com a adoção do sedentarismo e a instituição dos primeiros
governos, se assenhoraram de tudo, inclusive, escravizaram as mulheres até fins
do século XIX. Quem! Quem! Tem razão para discordar?
9)ODDNG). Por esse motivo, todos os primeiros governos do
mundo eram político/religiosos. Como o medo está arraigado no íntimo dos seres,
logo cedo descobriram que era mais fácil controlar um povo pelo medo do que
pela força. Nada causa mais medo ao homem do que o desconhecido. Na
Mesopotâmia, entre os povos sumérios, 3500 anos (aC.); acádios, 2700 anos
(a.C.); assírios, 2000 anos (a.C.); hititas, 1400 anos (a.C.); Amoritas 1200
anos (a.C.); caldeus 500anos (a.C.); todos os primeiros governantes destes
povos eram reis/deuses. Na China, todos os primeiros imperadores eram
imperadores/deuses; Em toda a Ásia todos os primeiros governantes seguiram o
mesmo caminho. Daí, se origina a grande influência da religião na formação da
sociedade humana. Apenas na África, tal fato não ocorreu, nenhum povo africano
subsaariano saiu do modelo de governo tribal, talvez em razão do clima e da
abundância da flora e da fauna, principalmente pela vastidão da África, onde as
diversas etnias podiam viver em tribos isoladas, nunca lhes escasseando os
campos de coleta e de caça. A África ficou isolada dos povos escritores da
Mesopotâmia por muito tempo. Aqui não trato do norte da África, pois, quando
surgiu a organização e a escrita do povo egípcio no nordeste da África, a
escrita já tinha sido inventada na Mesopotâmia havia mais de dois mil anos. Por
falar em África, surge uma pergunta intrigante a respeito dos povos deste
continente: como e por que os povos africanos, mesmo tendo desenvolvido a
lavoura, causa primeira sedentarismo, não se desenvolveram nos moldes dos povos
da Mesopotâmia? Terá sido pela ausência da escrita? Deve ter sido também em
razão da potencial dimensão dos campos africanos, da fertilidade da terra, da
abundância das chuvas e da já citada abundância da caça e da facilidade das
etnias de se subdividirem em milhares de pequenas tribos. A pujança e a
imensidão do território africano permitiam que, até mesmo dentro das mesmas
etnias, as tribos se isolassem. Assim, evitavam-se as disputas por território,
por campos de caça e, principalmente, evitavam-se as guerras. No entanto, com o
passar dos milênios, esta pulverização dos povos em pequenas tribos criou uma
miríade de línguas e dialetos, o que dificultou através dos tempos a unificação
e o surgimento de uma grande civilização africana, à exceção dos povos que
habitaram o norte e o nordeste da África. Mesmo existindo por milhares de anos,
os povos mais desenvolvidos do norte do continente não passaram para os povos
subsaarianos o modelo de governos organizados. Havia uma grande barreira a
separá-los, o quase intransponível deserto do Saara. Assim os povos ditos
subsaarianos permaneceram sem a escrita e sem formarem grandes civilizações.
Existem vestígios do esforço dos povos subsaarianos da África antiga de terem
tentado a edificação de estados organizados, mas, com a ausência da escrita,
nenhuma das tentativas logrou sucesso duradouro. Nenhum estado consegue se
firmar e se organizar sem o concurso da escrita.
10)ODDNG). Vamos ao caso da China! A China, É uma civilização
bastante antiga, fortalecendo-se como governo constituído por meios do governo
dinástico.
A história da China remonta ao neolítico 8500 AEC a
2070 AEC, como Dinastia, a sua primeira Dinastia foi a Xia (2070-1600) a
segunda foi a Dinastia Shan
(1600-1046).
11)ODDNG). Uma das provas da influência da escrita no
desenvolvimento das nações é o fato de que, embora sendo a China a mais
populosa nação do planeta, não é a mais desenvolvida. Todo o desenvolvimento
atual da China é fundamentado no conhecimento e na tecnologia ocidental, e isto
se deve ao fato de que a sua escrita (da fala), não favorece a alfabetização e
sua escrita numérica não permite uma matemática avançada (atualmente todos os
povos do oriente utilizam a grafia numérica ocidental). A China é uma nação com
uma grande maioria de analfabetos. Um número fornecido pelo governo chinês
(naturalmente camuflando a verdade), admite haver 116 milhões de analfabetos. O
problema é que um cidadão chinês deve saber pelo menos 1500 caracteres chineses
de cor (decorados), para conseguir ler e escrever fluentemente, e a grande
maioria dos que são alfabetizados em idade adulta esquecem facilmente parte
disso e voltam a ser analfabetos.
12)ODDNG). Com o exemplo dos povos africanos sem ter uma
escrita e com o exemplo da mais numerosa sociedade humana com uma escrita
fundamentada em caracteres ideográficos onde os grafemas se reportam à noção
das coisas e não aos grupos fônicos da língua falada, o que gera naturalmente
um número enorme de símbolos gráficos de difícil memorização (no chinês são
mais de 6.000 seis mil), minha teoria é que a civilização ocidental, embora mais
nova que a chinesa, passou esta última de roldão, pela simplicidade de sua
escrita, alfabética e numérica. Se o mundo usufrui de 100.000 (cem mil)
inventos, a civilização chinesa não produziu nem 100 (cem) desses inventos. A
África, nem falar! Nunca acreditei no perigo amarelo. Quando a China se vir com
uma população tão grande que não será mais possível alimentá-la dentro de suas
fronteiras, a mortandade causada pela fome fomentará o surgimento de pestes e
de muitas outras, pandemias, o que não permitirá que esta imensa massa humana
deixe suas fronteiras (refiro-me a uma antiga ameaça de uma invasão potencial
chinesa à costa oeste dos Estados Unidos em milhões de pequenos barcos). O
perigo amarelo pra muitos sempre foi um eterno perigo. Para pessoas lógicas!
Sempre foi uma falácia.
13)ODDNG). Se os ingleses no século XIX não tivessem levado a
cultura ocidental para a China, com a derrota dos chineses na guerra do ópio –
e isto ocorreu nos anos de 1840-1842 – se nenhuma outra nação ocidental levasse
o conhecimento ocidental à “Conchinchina” (assim era conhecida a China na
época), a China continuaria feudal e atrasada e seria considerada hoje como uma
nação de bárbaros. Então todo desenvolvimento atual da China deve-se à ganância
dos ingleses. E ainda se considera uma nação como a Inglaterra, como uma nação
de povo culto e evoluído! Trucidaram uma nação com ópio, pelo resultado
financeiro. Os exemplos se multiplicam pelo mundo afora. Não vejo nenhuma nação
que mereça o título de nação evoluída, ou de povo evoluído. Se puserem
“gongôlo” nos seres sem evolução espiritual no mundo, ninguém dorme mais neste
planeta, seria um tinido só!
14)ODDNG). Voltemos à
nossa tabela. No caso do povo ocidental, às vezes o humano exagera na dose, por
inventarem uma religião/estado com um Rei/Deus contínuo, pois, quando morre um,
elegem outro imediatamente. O que sabemos é que o medo e o obscurantismo
duraram aproximadamente 1500 anos. Como esta religião/estado não oferecia nem
oferece, até hoje, nada saboroso para o pós-morte dos indivíduos, a população
do planeta levou 1500 (um mil e quinhentos) anos para dobrar. Em 1500, a
população do planeta era de 600 milhões. Aos 1500 anos d.C., dois monges desta
mesma religião se revoltaram com o “status quo” estabelecido, “picuinhas
internas”, cobranças de indulgências, batismo, crismas, liberação de
penitências em troca de dinheiro, e outras mazelas, se separaram dessa
religião/estado, proporcionando uma grande mudança no mundo ocidental. Na
realidade, as insatisfações de Lutero e de Calvino teve origem em outro grande
problema! É que os monges não tinham acesso às rendas desta região para aplicar
em benefício do seu povo local pobre, impedidos ´por esta religião/estado.
Portanto a briga foi por dinheiro, e nada mais! O certo é que, com este
movimento, iniciou-se a retirada da humanidade do obscurantismo e, em 300 anos,
a humanidade voltou a dobrar. Observe a tabela. A humanidade não só dobrou,
como evoluiu tecnologicamente. Em 1800, o medo estava quase dominado,
naturalmente o fator religioso por si só não tem o poder de controlar ou mesmo
retardar uma explosão demográfica, sei que foi o desenvolvimento que motivou, a
partir de 1500, a aceleração da explosão demográfica. O que a religião fez ao
longo dos séculos foi impedir o desenvolvimento e o surgimento da ciência, o
que impedia, por sua vez, o desenvolvimento da saúde e da educação. Tanto é
que, a partir de 1800, passados apenas 150 (cento e cinquenta) anos, portanto
em 1950, a população voltou a dobrar, passando para 2.500.000 (dois bilhões e
quinhentos milhões de habitantes). Acho que o colchão de molas tem algo a ver
com isso... Observe que em 30 anos voltou a dobrar, pois, em 1980, passou para
5.000.000 (cinco bilhões de seres). Desta vez o culpado foi o colchão de
espuma, ou, talvez, a televisão colorida! De 1980 até 2005, a população mundial
vem aumentando em torno de 100.000.000 (cem milhões de seres) por ano, mas
todos que tratam do assunto insistem em afirmar que o crescimento demográfico
está controlado. Dá pra entender! Deixemos por aqui a questão do controle do
crescimento populacional.
A SEGUNDA GRANDE CATÁSTROFE
15)ODDNG). O certo é que ninguém mais pode afirmar que a
situação do planeta é segura quanto à estabilidade do clima. Qualquer pessoa
medianamente informada (não é necessário “Ser” culta) percebe que, ao redor do
mundo, o clima anda bastante irritadiço! Vejamos: o número de furacões no mar
do Caribe vem aumentando assustadoramente... Antes eram em média 17 por ano, em
2008 foram quase 40. As monções na Índia nunca foram tão assustadoras! As
monções tão esperadas e que eram tão benéficas estão ficando, a cada ano, mais
temidas. A China tem sofrido as maiores enchentes da sua história. Nunca houve
um número tão grande de enchentes e de mortes! Na Indonésia, os mesmos
descontroles climáticos se repetem a cada ano, nunca houve enchentes como estas
d’agora. Os incêndios no estado da Califórnia e na longínqua Austrália estão
sendo de proporções nunca vistas. O oceano já começa a se enfurecer em várias
partes do mundo, o degelo nos polos não pode mais “Ser” negado. As tempestades
de neve no norte dos EEUU têm paralisado constantemente os Yankees. É bom
observar que o aquecimento global não provoca somente secas e incêndios! O real
e mais forte efeito do lançamento de CO2 para a alta atmosfera é
o descontrole do clima, que é o principal resultado do aquecimento global. No
momento em que escrevo estas linhas, as grandes metrópoles da Europa estão com
suas ruas simplesmente paralisadas pela neve, e o inverno nem começou ainda por
lá. Aqui na América do Sul, o clima anda pra lá de amalucado, há poucos anos a
região amazônica sofreu uma seca de magnitude assustadora. No Sul do Brasil,
quem mais tem presenciado a fúria da natureza é o Estado de Santa Catarina, são
furacões, a que chamam de ciclones extratropicais, ou seja, fora de sua
“jurisdição” o que vem comprovar que são de natureza anômala. Neste fim de ano
de 2008, as chuvas inclementes têm matado e desabrigado parte de sua população.
Parece-me que o povo de Santa Catarina está pagando a conta à natureza pelos
estragos provocados pelo próprio estado, pelos outros Estados “desmatadores”,
Pará, Mato grosso, Amazonas etc. A lei é esta! Não há escolha de local para as
diatribes do clima, indiscriminadamente dentro do tempo e do espaço todos hão de
pagar suas cotas “de lançamento de CO2” e pagar ao descontrole do
clima. As cotas de lançamento de CO2 retornarão como cotas de
descontroles climáticos. No princípio, serão pequenas cotas isoladas, quando
estas cotas crescerem o bastante, seu efeito será sentido de forma global, aí
todos pagarão simultaneamente. Daí advirá o ranger de dentes, e os tão falados
“ais”. Muitos pedirão a morte e não a encontrarão! Estamos somente no começo
das dores! A grande atribulação está por vir! O sofrimento será tanto que é
impossível imaginá-lo ou tentar descrevê-lo. Quando o planeta que nós tentamos
matar se enfurecer por completo, dele receberemos uma grande resposta... A
resposta será a fúria descontrolada dos elementos, que provocarão a morte de
milhões de seres, o número de mortos será em tão grande número que não haverá
como enterrá-los, daí se originarão as grandes pandemias que levarão a
humanidade ao CAOS. A fuga das populações das pestes advindas das pandemias
espalhará estas mesmas pestes por todo o planeta. Aí será o CAOS do CAOS. Então
advirá o fim, já não adiantará rogar a Deus nem aos Santos nem aos Querubins.
Ainda me aparecem alguns néscios a se intitularem
de “Céticos” dizendo que está tudo normal! Mereciam uma orquiectomia!!!... Bem
que mereciam...
Edimilson Santos Silva Movér
Vitória
da Conquista, Bahia,
19 de dezembro de 2008.
moversol@yahoo.com.br
O DESTINO DA NAVE GAIA - Décimo quinto ENSAIO da Obra 21 (17)