DA SÉRIE: ENSAIOS QUE
NOS LEVAM A PENSAR
Subsérie: A memória e a
ressonância mórfica, e uma abordagem mecanicista do tema.
E A MENTE HUMANA
Uma singela tentativa de ampliar o conhecimento sobre o nosso “eu” interior, com reflexo na visão que temos de nosso próximo, nesse ensaio incluo uma transcrição “ipsis litteris” de um artigo do biólogo e filósofo Rupert Sheldrake.
1)ORDS). O recôndito do “Ser” continua desconhecido, sendo a razão de inumeráveis estudos, o recôndito conteria a
essência da essência? Até o momento, não somente isso, mas desconhecemos tudo que se relacione com o recôndito do "Ser". Mas,
o que seria realmente a mente humana? Nossa essência seria nossa mente? Ou conforme
Martin Heidegger, a mente seria a essência da essência do “ente” ou o “isto é”.
Este é o maior mistério existente no universo. E nunca recebeu de nenhum ramo
da atividade intelectual humana qualquer resposta que viesse dar uma consistente
e razoável definição de que seria o “ente” ou o “Ser” pensante e falante, as
perquirições são muitas, e as respostas verdadeiramente concludentes nunca
conseguiram ultrapassar o número zero. Tal é o tamanho do mistério que envolve
essa fugidia e estranhíssima criatura chamada “Ser”. Debalde a filosofia o
tentou. A dificuldade é tamanha, que até hoje, (com todo desenvolvimento que
atingimos em setores da episteme humana, não se chegou a uma conclusão
definitiva sobre o que seja a consciência. Tudo me leva a crer que o conhecimento
científico do homem, não possua caráter evolutivo na área espiritual, ou seja
não foi montado com a finalidade de evoluir a espiritualidade do “sapiens”. Ao que
podemos perceber, trabalha no sentido de promover a sua involução. O conhecimento
científico moderno, ou ciência. Teve início no século XVI, e ao que vemos, a
espécie tem regredido no campo da espiritualidade. A ciência não somente nos
trouxe a tecnologia, mas, também muita barbárie. Analise as ações praticadas pelos
homens durante a última segunda grande guerra mundial. Evoluímos ou regredimos?
Como disse, a ciência não contribui com a evolução do “sapiens” no campo espiritual.
Pois, o conhecimento pretérito sempre será substituído por novos conhecimentos
científicos mais avançados, o que faz aumentar a fé na ciência, e diminuir a fé
na divindade. Resultado, a ciência tornou-se uma fábrica de ateus, e o pior, de
ateus embrutecidos exatamente pela falta de fé no divino, terreno fértil para
florescer a barbárie. O homem ainda não possui suficiente evolução espiritual para
entender o que seja a Inteligência Cósmica, que chamamos de Deus, no entanto, neste
estágio em que se encontra, não vai conseguir viver sem uma, mesmo que seja uma
falsa divindade. A bagagem de conhecimentos que conseguiu formar num tempo
anterior ao raiar do século XX, foram conhecimentos empíricos, e que foram
completamente substituídos pelos novos
conhecimentos sob a égide dos laboratórios da física, relativista e quântica, da
química, da astronomia, e da cosmologia, o que produziu uma imensa quantidade
de cientistas ateus, em que uma imensa maioria se transformaram em professores
de seguidas gerações de novos alunos ateus, donde sai novas gerações de professores
ateus, imaginem o resultado disso, em seguidas gerações de alunos. Isto em
todos os países. Em quinhentos anos, do século XVI até hoje, a ciência, embora
ela em si, não seja a culpada, está, antes de tudo, ao contrário do que pensam,
diminuindo a razão e a inteligência dos “sapiens”, pois, seus cientistas embevecidos
com a ciência, tornada mecanicista e atomista pelos próprios cientistas, que se
tornam ateus pelo conhecimento adquirido nas universidades, estes cientistas burros
temem confessar o que a razão lhes diz, que uma Inteligência Cósmica que
transcende tudo, criou o universo e o homem como partícula inteligente pensante.
Partícula que toma conhecimento de si própria e do universo. Quando na
realidade a ciência nada mais seria que uma das milhares de formas de se fazer
a leitura dessa imensa obra da Inteligência Cósmica, obra que chamamos de
universo. O resultado observado, é que o conhecimento científico do homem,
possui caráter evolutivo, como disse antes, pois conhecimentos pretéritos são completamente
substituídos por novos conhecimentos, o que torna a história da ciência uma
história fragmentária, não possuindo o conhecimento, portanto, uma sequência
evolutiva, só assim compreendo a episteme humana. Continuo dizendo que a
ciência “evolui”, pois, falta-me um verbete para dizer que ela avança, mas, não
evolui. Os setores da ciência como; neurologia, psicologia e a psiquiatria, em
suas áreas ligadas à pesquisa científica do “Ser” não conseguiram descobrir nem
mesmo o que seja a consciência nem tampouco onde fica a morada dessa senhora, e
assim, não se chegou a nenhuma resposta definitiva sobre o que seja o “Ser”, ou
“ente”, mente, consciência, enteléquia, identidade, eu, personalidade, e
pasmem, não definiram nem onde seria a morada de nossa memória. Para assombro
dos cientistas mecanicistas, mas, não meu! Uma nova proposta foi tornada pública
em 1981, ela chama-se Ressonância Mórfica, criada pelo biólogo, bioquímico, parapsicólogo
e palestrante inglês Rupert Sheldrake, (1942- ???), ele criou e desenvolveu os
conceitos de “Ressonância Mórfica” e de “Campos Morfogenéticos”. Onde esta teoria
prediz que: a turma antes citada, como o Ser”, o “ente”, mente, pensamento, consciência,
enteléquia, identidade, eu, personalidade, inclusive nossa memória, não residam
em nossos neurônios, é de atordoar, se não residimos em nosso cérebro, onde
residimos então! Será que o ”Ser” não está dentro de nosso corpo? E de que na
realidade o nosso corpo é que está dentro do “Ser”? Então, é o “Ser” que nos
envolve! E de que na realidade nós sejamos nossas auras! Esta proposição é de
difícil compreensão e aceitação. A biologia caminha serenamente, e
provavelmente irá no futuro resolver este impasse. Depois de 1981 com o advento
da teoria da Ressonância Mórfica preconizada e defendida por Rupert Sheldrake,
talvez a neurociência tenda a acreditar que nossa memória não tenha residência fixa
em nossos neurônios. Sempre acreditei que à medida que o conhecimento, ou o que
chamamos de ciência do homem se desenvolvesse nessa área, o mistério tenderia a
aumentar! É de enlouquecer! Debalde a filosofia tentou resolver o mistério, que
a filosofia nunca chamou de mistério, unicamente por vaidade, no entanto, nunca
o conseguiu resolver. A psicologia e a psiquiatria são ciência irmãs, a última
sempre tentando encontrar o caminho da cura para este “Ser” extremamente abstrato
e inatingível, seus responsáveis sempre andaram no escuro. Dentro dessas
ciências há mais questões por responder que respondidas. (Não é pra menos”, as duas
lidam com a maior complexidade do universo, chamada de “Ser” pensante. O interessante
é que à medida que estas ciências “evoluem”, (isto, com as restrições acima), o
mistério aumenta. O que acontece é que o número de questões a serem respondidas
simplesmente aumentam a cada passo “evolutivo” dessas ciências, pois tanto as
velhas, como as novas perguntas nunca são todas respondidas, então as perguntas
novas não respondidas somam-se às velhas, e o número só tende a aumentar. Finalmente!
Eis que aparece alguma esperança de elucidarmos o mistério maior e talvez num
futuro próximo possamos responder à pergunta! (Quem somos nós?). E o faremos
com a teoria da Ressonância Mórfica, que inclui o conceito de “campos
morfogenéticos”, pois, depois da estruturação da física quântica, nas primeiras
três décadas do século passado, considerada a “excelência” das ciências, por se
tratar exatamente do fundamento de tudo existente no universo! As questões
pertinentes à pergunta (quem é o “Ser”) tornaram-se ainda mais difíceis de
serem respondidas. Será que a física penetrando na intimidade da matéria de que
somos constituídos, calou a filosofia para sempre? Tudo que a filosofia disser,
(no momento), sobre o “Ser” será tido no mínimo, como inconsistente,
inadequado, inábil, e com certeza errado. O “Ser” material quando sob uma
abordagem quântica profunda, simplesmente não existe, pois ele se apresenta em
algum momento, como uma incerteza, ora como onda, ora como partícula, ou ora
como o gato de Scrödinger, vivo e morto ao mesmo tempo, podendo até estar em
dois lugares ao mesmo tempo. Durma com um barulho deste, e diga que tem dormido
bem! Fundamentando-se nesta contextualização, este singelo ensaio em princípio,
está impossibilitado de elucidar a questão. Devendo ser considerado como uma
propedêutica do tema. O que posso e pretendo fazer é deixar de lado o que a
religião e a filosofia pensam e dizem sobre o assunto, e direcionar o enfoque
para as últimas proposições que uma pequena parcela da biologia tem tentado
divulgar como postulado maior da ciência da vida. Portanto, este ensaio será
uma abordagem sistêmica e holística de um assunto que até hoje tem sido tratado
pela ciência de forma atomista e mecanicista! Assim, este ensaio terá caráter
estritamente semiológico e heurístico. Depois da descoberta que o universo
evoluiu a partir da indefectível “singularidade” que já continha em si, um
universo uno e energético, na fase anterior ao Big-Bang, ou seja, na própria “singularidade”,
ficou assente que a evolução seria inerente ao próprio universo, e não somente
uma particularidade do pensante. Podemos aceitar então, de forma compreensível e
mais natural que: Se o universo evolui! Tudo que nele é contido é passível de
evolução, inclusive suas leis físicas, (isto nos é proposto pelo cientista Rupert
Sheldrake). Uma grande verdade que nos trouxe a teoria do Big-Bang somada a
recente descoberta de o universo está em expansão, é de que o universo evolui. O
postulado da teoria de um universo em expansão comporta a priori o conceito de
evolução, pois tudo que está em movimento está sujeito a alterações. Eis, aí, a
nossa esperança de elucidar o mistério da “essência” do “Ser”. Rupert Sheldrake
é um cientista/filósofo, não sei se mais filósofo ou mais cientista, ele tem escrito
e feito conferências em um grande número de universidades, sendo levadas ao
conhecimento de todo mundo através de seu site na internet: www.sheldrake.org/
este site é muito conhecido, visto, e lido no ambiente acadêmico, sobretudo no
mundo científico ligado a alta pesquisa teórica da neurociência, na busca do “Ser”,
o que comporta altos estudos da consciência humana. Este pensador inglês vem
divulgando uma ideia que embora não seja nova (as suas bases foram lançadas em
1920 pelos biólogos), ela é inusitada, por conter em si um enfoque novo, e que
tem causado furor no mundo científico. A parte da população não ligada às
coisas da ciência da vida passa ao largo sem nada conhecer a respeito dessas ideias.
A teoria de Rupert tem mais cores de misticismo e metafísica que mesmo cores de
ciência, no entanto, a abordagem que ele faz sobre sua teoria é extremamente
científica. A essência de sua teoria os místicos e as religiões orientais
sempre a pregaram, certamente que com outras palavras, mas, sempre o fizeram. Na
sua essência o que prega o biólogo é que o universo é fruto da evolução, é vivo
e pulsante, e o mais importante, ele apregoa que o universo possui memória,
tudo que sofre modificação ou se desenvolve tem memória, os cristais, as
plantas, os animais, o homem é óbvio que tem, mas o que ele apregoa com mais
ênfase é que todos os seres vivos possuem memória desde quando óvulos!
Inclusive as sementes, uma semente de Cedro sabe que é um Cedro e cresce como
um Cedro, uma semente de Jacarandá não se desenvolve como um Pau Brasil, uma
semente de Pimenta crescerá sempre como uma Pimenteira. Só entenderá esta
proposição quem se aprofundar na teoria, e tiver profundos conhecimentos da
biologia da fauna e da flora, para os leigos esta teoria não é uma teoria
óbvia. À sua teoria ele deu o nome de teoria da “Ressonância Mórfica”. Em 1981
ele publicou o livro “Uma Nova Ciência da Vida”, na época este livro causou
muita polêmica, foi pouco compreendido, mas com o passar do tempo a biologia
teórica absorveu a “essência do cerne” da teoria, e tudo se acalmou. Na época a
revista “NATURE” o classificou como um forte candidato à fogueira, por outro
lado a revista “NEW CIENTIST” classificou sua teoria como “uma importante
investigação científica a respeito da natureza da realidade biológica e física”.
A teoria não é nova, o enfoque e a abrangência que Sheldrake dá a sua teoria é
que é nova. A visão de mundo da maioria dos biólogos ocidentais, e mesmo de
todos os países é atomista, reducionista, mecanicista, portanto, uma visão materialista,
para os biólogos que têm este tipo de universo como real, e o tem como seu
universo existencial, é extremamente difícil perceberem o mundo holístico
proposto por Rupert Sheldrake na sua teoria da Ressonância Mórfica. Desta extrema
dificuldade de perceber é de onde advém a demora e a “lerdeza” da teoria para
ser absorvida e aceita como uma verdade axiomática universal. Talvez passe
vários séculos para que uma teoria com estas proposições possa ser aceita “como
disse”, como uma verdade universal, principalmente pela ciência neurológica
ortodoxa. A não aceitação das teorias sobre conceitos abstratos, envolvendo a
imaterialidade provém da dificuldade ou mesmo da impossibilidade de uma
comprovação da teoria por experimentação em laboratório, o máximo que se
consegue, é em última instância, a análise de resultados de fatos não
experimentais. Estas “análises de resultados” são frequentemente consideradas
como frágeis e inconsequentes.
dominava
a física quântica como um físico quântico, e já era conhecedor da teoria da
Ressonância Mórfica. Esse professor conseguiu acalmá-lo, fazendo-o ver que a
teoria existia, mas, ainda estava sub judice, e que tudo que ele tinha
aprendido no curso de biologia continuava válido. Desde o princípio notei que
sua resistência em aceitar esta nova proposição do Sheldrake se prendia aos
valores por ele depositados nos conhecimentos adquiridos no curso de biologia. Com
certeza haverá muita resistência e dificuldades a vencer para se universalizar
estes novos conceitos, principalmente, nas universidades de pouco ou nenhum
renome, elas naturalmente, fogem destes temas ainda não totalmente aceitos como
verdades científicas universais, temendo o descrédito e mesmo o ridículo em que
incorreriam ao ensinar assuntos tão controversos. Com certeza Rupert Sheldrake
escapará da fogueira, mas pelo menos durante esse século XXI provavelmente, não
será agraciado com um prêmio de peso como um Nobel. Embora sua descoberta valha
muito mais que isso. Sua teoria é tão velha quanto a ideia de que o mundo material
que nós percebemos à nossa volta seja uma ilusão. Os Vedas na antiga Índia há
mais de seis mil anos já tinham conhecimento desse fato, e até o início do
século XX não tínhamos nós, (os ocidentais), como entender isso, foi somente
com o advento da física quântica que se tornou possível entender de que forma o
mundo é uma ilusão, ou seja, é “Maya”. Com o novo modelo de átomo, onde o seu
núcleo é tão diminuto, que se o crescermos um átomo onde o seu núcleo passe a ter
um diâmetro de 30 cm, os elétrons em sua órbita mais externa estarão a 500
metros de distância do núcleo. Percebe-se assim, que a matéria possui imensos
vazios no seu interior. Se possuíssemos visão mais acurada, veríamos através da
matéria, então os Vedas estavam certos ao dizerem que o mundo é uma ilusão. Com
a universalização dos conceitos sistêmicos e holísticos, talvez esta
compreensão seja facilitada aos modernos cientistas, que pensam que tudo sabem.
Existem conceitos que nos enternecem e nos fazem sentir mais esperançosos e divinizados
como seres humanos, mas, nos assustam e nos confunde o entendimento do existir.
Conforme as leis da física quântica nós não existiríamos, como seres materiais,
seríamos somente um amontoado de átomos com seus elétrons em disparada, somente
isso. Também o holismo e a semiótica nos remetem a um mundo extremamente
universal e impessoal, onde não somos nada relevantes como seres. Talvez, nem
mesmo individualmente sejamos necessários ou de alguma importância para o
existir da humanidade ou da vida planetária. Isto, talvez por termos sidos
formados dentro dos conceitos já ultrapassados do atomismo criado por Leucipo e
seu discípulo Demócrito, do determinismo de Laplace e do materialismo filosófico
deflagrado a partir do século (VII a.C.) na Grécia antiga pelos filósofos pré-socráticos.
Com todo o uso da inteligência dos filósofos modernos, e aqui incluo pensadores
do passado como Descartes, 1596-1650, de Baruch de Espinoza, 1632-1677, John
Locke, 1632-1704, e sobretudo Immanuel Kant,1724-1804, este teve a sorte de beber
de todas estas fontes. Não somente estes, mas toda a filosofia com todo seu
aparato intelectual nunca conseguiu penetrar um milímetro sequer na essência da
essência do “isto aí”, do “é”, ou “ente”, do “tò” grego ou “Ser”. Não utilizo
aqui a distinção heideggeriana, entre o “ente” e o “Ser”.
3)ORDS). Não posso, nem devo tornar este
ensaio em um prolegômenos dessa interessante teoria do Rupert Sheldrake, vamos
a ela de forma sucinta, mas sistematizada, em 1920 foi difundido dentro do
mundo da biologia a teoria dos Campos Biológicos ou Campos Morfogenéticos, “coisas
absolutamente abstratas”, que eram os campos das formas vivas, talvez
influenciados pelas descobertas (1873), dos campos eletromagnéticos pelo
cientista inglês James Maxwell, também “coisas absolutamente abstratas”. No século
passado,
Sheldrake
levou ao conhecimento do mundo, através de seu livro A New Science of Live, 1981,
(Uma Nova Ciência da Vida), suas descobertas e análises, o que resulta em suas
crenças, do que chamou de Ressonância Mórfica, parecida com a teoria dos campos
morfogenéticos dos biólogos de 1920, no entanto, bem diferente em sua forma e
no conceito geral. Não posso dizer que Sheldrake ampliou o conceito de campos
morfogenéticos, de tão diferentes que eles são, embora parecidos, são
completamente díspares, os campos morfogenéticos se atém as formas dos seres
vivos, enquanto vivos e cada um “per se”. A Ressonância Mórfica se reporta aos
seres sempre em abrangência grupal, embora a função seja individual. Abrangendo
tanto os seres superiores, como os inferiores como as células, o reino das
plantas e até os cristais estão sujeitos à Ressonância Mórfica, no dizer de
Sheldrake, os planetas, os sistemas planetários, as galáxias, o universo enfim,
ele defende a teoria de que tudo no universo possui memória, memória esta
resultante da ressonância mórfica. Para uma melhor e maior compreensão do
leitor, seria mais acertado juntar um artigo do próprio Sheldrake, resultado de
uma conferência sua e traduzido do site: www.sheldrake.org/ --
desconheço o autor da tradução, a transcrição é “ipsis litteris”.
Resumo
dos comentários e do texto traduzido livremente do site: www.sheldrake.org/
Neste
artigo Sheldrake confirma a teoria de Darwin para quem os hábitos dos
organismos eram de vital importância. Na hipótese da causação formativa, propõe
que a memória é inerente à natureza. A maior parte das, assim, chamadas leis da
natureza são mais como hábitos.
EIS
A BASE DA TEORIA
Os
campos morfogenéticos na biologia.
4)ORDS). Todas as células vêm de outras
células, e todas as células herdam um campo organizacional. Embora os genes
façam parte da organização celular, participando diretamente no controle e da
informação da síntese das proteínas, não pode explica-la. (...). os genes não
podem por si mesmos determinar formas; (...), não fosse assim, moscas de frutas
não pareceriam diferentes de nós.
A
maioria dos biólogos do desenvolvimento aceita a necessidade de uma concepção
holística ou integrativa da organização viva, e desde 1920 que muitos
desenvolvem a proposta de que a organização biológica depende do campo,
diversamente chamado (entre outros nomes) de campo biológico ou mais como
(campo morfogenético).
5)ORDS). Sheldrake sugere que os campos morfogenéticos trabalham imprimindo padrões que de outro modo seriam de atividades randômicas ou indeterminadas. (...) Os campos morfogenéticos não são fixos para sempre, mas se desenvolvem, e foram transmitidos por seus antepassados por um tipo de ressonância local, chamada de ressonância mórfica. O campo organizaria a atividade do sistema nervoso como se fosse herdado através ressonância mórfica, transmitindo uma memória coletiva e instintiva. Cada indivíduo simultaneamente escreve sobre e contribui para a memória coletiva da espécie. 2. A ressonância do cérebro com seus próprios estados passados também ajuda a explicar as memórias dos indivíduos, animais e humanos. Não é necessário de que todas as memórias estejam estocadas no cérebro. Grupos sociais possuem memórias distintas e são igualmente organizadas por campos (...).
A
memória da natureza.
6)ORDS).Do ponto de vista da hipótese da ressonância mórfica, não é necessária a suposição de que todas as leis da natureza foram completamente formadas no momento do Big-Bang, como um tipo de código napoleônico cósmico, ou que existam num reino metafísico além do tempo e do espaço (hipótese realista, na filosofia, nas ideias de Platão – todos os conceitos universais existem à priori, num reino metafísico além do tempo e do espaço).
7)ORDS). (...) Se nós queremos continuar com a ideia de leis naturais, podemos dizer que se a natureza evolui, suas leis também evoluem. Assim como as leis humanas evoluem no tempo. Mas então como as leis naturais seriam lembradas ou utilizadas? A metáfora da lei é embaraçosamente antropomórfica. Hábitos são menos centrados no homem. Muitos organismos tem hábitos. Mas só os homens tem leis. Os hábitos da natureza dependem de um esforço de similaridade não local. Por meio da ressonância mórfica os padrões de atividade nos sistemas auto-organizantes são influenciados por padrões semelhantes no passado, dando a cada espécie e a cada tipo de sistema auto-organizantes uma memória coletiva. Acredito que a seleção natural dos hábitos, terão papel essencial em qualquer teoria integrada da evolução, incluindo não apenas a biológica, mas a física, a química, a cosmologia, a área social, a ciência por excelência, e a cultura em geral. Os hábitos estão sujeitos à seleção natural. E quanto mais frequentemente são repetidos, mais prováveis eles se tornam. Os animais herdam os hábitos de sucesso de suas espécies como instintos. Nós herdamos hábitos corporais, emocionais, mentais culturais, incluindo os hábitos de nossas linguagens, independentemente dessa diversidade, são chamados simplesmente de “hábitos”.
Campos
da mente
8)ORDS). Os campos mórficos subjazem nossa atividade mental e nossas percepções, e levam uma nova teoria da visão. 3. A existência desses campos é experimentalmente testável por meio da sensação de ser observado. Há muita evidência de que esse senso realmente existe. 4. Os campos mórficos de grupos sociais conectam juntos membros do grupo mesmo quando estão milhas distantes, e promove canais de comunicação por meio do qual os organismos podem se tocar a distância. Eles ajudam a prover uma explicação para a telepatia. 5. Telepatia é normal, não paranormal, natural não sobrenatural, e é também comum entre pessoas, especialmente pessoas que se conhecem bem. Os campos mórficos de atividade mental não são confinados ao interior de nossa cabeça. Eles se estendem muito além de nosso cérebro por meio da intenção e atenção. (...). os campos de nossas mentes se estendem muito além de nossos cérebros. Escrito por Sheldrake em fevereiro de 2005.
OS
FINALMENTES
9)ORDS). Tenho certeza que a transcrição “ipsis litteris” acima, do artigo do Rupert Sheldrake tenha levado mais informação ao leitor que alguns artigos escritos por mim sobre o assunto. A Ressonância Mórfica vai ser assunto a ser discutido pelos próximos séculos, não custa tentar entender, pelo menos “entender”, seus fundamentos mais elementares, já que é um assunto extremamente complexo e controverso, tanto é, que tem criado uma grande cisão no campo da biologia moderna. Mas como não sou biólogo e muito menos filósofo, também, não me contento com o pouco que pude até o momento entender da matéria, isto não impede que eu continue a pesquisar a área. Sendo um assunto que talvez nos traga algumas respostas, “no futuro”, sobre a origem da vida, o que será de interesse de toda a humanidade. A despeito do que opine e pense as religiões e a filosofia, a Ressonância Mórfica ainda vai dar: (muito pano pras mangas). E como vai dar!
Caríssimos
amigos e raríssimos leitores.
10)ORDS). O próximo ensaio (me refiro ao
décimo quarto ensaio), será voltado para a difícil “tentativa”, de alcançar uma
melhor compreensão do que somos, e do que chamamos de: (“Ser”, “Mente”, “Tò”, “Consciência”, “Enteléquia”,
“Ego”, “Ente”, “Eu”, “Sopro”, “Espírito”, “Alma”, e outras lagartixas! E o que mais acertado julgardes chamar. E de
como a ressonância mórfica poderia vir desde muito tempo alterando o
comportamento de parcela da sociedade brasileira para o mal, principalmente
para a "Violência".
Edimilson
Santos Silva Movér
Vitória
da Conquista,
22
de julho de 2008
77
99197 9768
O RECÔNDITO DO "SER” - Décimo terceiro ENSAIO da Obra 21 (15)