QUEM SOU?
O
Ser mergulha no mais profundo do seu eu e pergunta! Quem sou?
Ao
começar a entender a simplicidade contida na complexidade da existência, ele encontra dentro de si, algumas sutis
respostas!
Nunca perguntaste a ti
mesmo! Quem sois?
Se com o teu “eu” tu
não te importas!
Arriscas a nunca ser
nada e,
Nunca a ti mesmo
encontrar!
Indo viver qual
vegetal!
Se a ti não conhecerdes
Viverás como um
animal,
Sem nunca a vida
entender!
Ou como a espuma do
mar
Que existe sem se
conservar!
Eu pergunto e não me esmoreço,
E de mais coisas vou
indagar
Pelo que sou eu tenho
apreço!
Assim!
Eis o que creio que
sou!
Sou a centelha divina,
Sou minúscula parte da
vida,
Sou uma usina
pequenina,
Sou a fímbria do
infinito,
Sou a orla do absurdo,
Sou ao nascer! O
grito,
Sou o “Ser” mais
complexo que há!
Sou o nada absoluto,
Sou as helicoides do
meu DNA
Sou oriundo dos
cromossomos,
Sou a soma de dois
seres,
Sou o universo a
caminhar,
Sou muitos trilhões de
átomos,
Sou um “Ser” finito e
infinito,
Sou um “Ser” uno, duo
e trino a um só tempo,
Sou um “Ser” a viver
contrito,
Sou o monge do
convento,
Sou feito da água do
rio!
Sou feito do que
contém o granito,
Sou o tudo e sou o
nada!
Sou filho do Deus da
vida,
Sou feito do pó do
chão!
Sou feito disso e não
me esqueço não!
Sou este mundão sem
fim,
Sou a árvore na
floresta.
Sou o grilo lá no
jardim,
Sou o escorpião lá no
canto,
Sou o pasto na
campina,
Sou o pirilampo no
campo,
Sou mais uma criação
divina,
Sou um poeta de
improviso,
Sou invisível, pois
sou a ilusão,
Sou quem nunca perde o
siso,
Sou filho do fogo!
Sou de Deus a benção!
Sou filho de Gaia
Sou feito de sua
energia!
Sou o real e sou o
maya
Sou filho do gelo,
Sou a pura harmonia,
Sou filho do trovão,
Sou a pura rebeldia,
Sou as asas lá nos
céus,
Sou as pernas aqui na
terra
Sou as guelras no
oceano,
Sou o que Deus criou
de mais belo
Sou filho do homem!
Amém,
Sou a vida que tudo
encerra,
Nasci no ano da
guerra,
Sou filho de Onedino
Santos Melo,
E de Odília Maria da
Silva,
Sendo deles
descendente,
Trago comigo a
inteligência
Com que Deus os dotou,
Vivo e obedeço às
leis,
Que a divindade criou,
Devido a rotação da
terra,
Passo meus dias na
luz,
E as noites na
escuridão,
E por ser filho da
energia
Quem me mantém vivo é
a eletricidade!
Que faz bater meu
coração,
No final de tudo isso!
Simplesmente eu nada
seria...
Principalmente sem
Deus
Ou mesmo sem a razão!
Acredito num Deus
Cósmico
Sendo único, e
impessoal,
Sem o qual nada
existiria!
Meu Deus é
transcendental,
Sem Ele! Eu aqui não
estaria
Mas eu aqui estou!
Por isso pergunto!
E digo! Quem sou...
Vitória da Conquista -
Ba. 2007
Edimilson Santos Silva
Movér
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