VOLÚPIA DESEJO E INSTINTO
(Para
o amor não há distância nem fronteiras)
Alucinante enlouquecer, trêmulo e
convulso,
Um vórtice de elétrons percorre o
organismo,
Arrebatamento do momento, que belo impulso,
Leva-nos de forma sublime à beira do
abismo.
Há muito! Ao ouvir tua voz ao telefone
me estremeço,
Todos os teus cromossomos "X",
vão buscar a mim.
Todos meus cromossomos "Y",
trago desde o berço,
Não há distância que impeça de me sentir
assim,
Nos desvãos incognoscíveis do instinto
e da vontade,
Querer e não querer, este é o nosso
viver e destino,
Saber-te longe, e desejar-te tanto, e
morrer de saudade,
O poder da mente e do nosso espírito,
grita em desatino.
Macho e fêmea ao sabor do mais puro
instinto,
Debalde o ego sozinho tenta o id
controlar,
Fêmea e macho com vontade, e o mais
faminto,
Apossar-se-á do outro e o instinto
prevalecerá.
Macho e fêmea, sentidos penetrantes e
sensuais,
Nas formas mais acertadas, o côncavo e convexo,
Fêmea e macho coleiam em movimentos
sexuais,
Orgasmos múltiplos no ondular do
amplexo.
Sete mil quilômetros separava os
amantes,
Nem telefone eles tinham, só o
computador,
Sem webcam nem áudio, embora bem
distantes,
Pensamento afinado ao par, e afinal, o
amor...
Incrível, indizível poder tem o
pensamento,
Concentrar-se um no outro com suave
ardor,
Vem! Amada pra perto de mim, por um
momento,
Tenhamos um orgasmo, veja o quanto pode
o amor.
Edimilson Santos Silva Movér
Vitória da conquista, Ba.
26 de outubro de 2006
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