ELIZANGEANAS I
A
meninice e a saudade,
O
Capinal tão distante, nas bandas de cá!
Caminhadas
pra casa da avó lá na campina,
O
trabalho e a labuta nas bandas de lá!
Saudades
tão vivas dos tempos de menina.
Descendo
o boqueirão com Thiago e Teteu,
Que
bom viver rindo e guardar a lembrança
Da
comida gostosa e do beiju que a avó deu,
Oh! Saudades
infinitas dos tempos de criança!
Meninada
a correr pelos caminhos em fila,
Brincando
“tontonguê e picula”, isto é demais!
Meninice
saudosa com os filhos de Nila,
“Meus
oito anos! Que os tempos não trazem mais!”
Vem
abraçar teu pai, que velhinho ficou,
Vovó
Eurides, tão boa que ninguém se esquece,
Vovô
Bilu, tão querido, Deus sorrindo o levou,
Solange,
meio chorosa também se entristece.
Venha
ligeiro, pule o oceano pelos ares!
Traga
bem faceiro teu espírito mais risonho,
Vem,
feche teus olhos e atravesse os mares!
Dima,
que era sempre alegre já vive tristonho.
Podes
percorrer o mundo, és destemida!
Elizângela,
menina sonhadora e sem igual,
Deus
há de protegê-la por toda a vida,
Inda passarás
tua velhice lá no Capinal...
Vitória
da Conquista, Ba. - 18 de outubro de 2005
De
quem muito te quer
Edimilson
Santos Silva Movér
moversol@yahoo.com.br
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