DA SÉRIE:
ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR
Subsérie: Uma
nova proposição sobre os raciocínios e os fundamentos da sua origem e
elaboração.
ENSAIO SOBRE UM
RACIOCÍNIO QUALQUER
Por: Edimilson Santos Silva Movér
1)ESURQ). Existem 8 (oito) afecções, modos ou práticas atuando ao
se iniciar um raciocínio qualquer, ou seja, todo raciocínio compõe-se de: ou
inicia-se com:
1) - uma indagação;
2) - uma proposição;
3) - uma afirmação;
4) - uma negação;
5) - um enlace de uma indagação
com algo anteriormente, proposto, afirmado ou negado;
6) - um enlace de uma proposição
com algo anteriormente, afirmado, negado ou indagado;
7) - um enlace de uma afirmação
com algo anteriormente, negado, indagado, ou proposto;
8) - um enlace de uma negação de
algo anteriormente, indagado, proposto ou afirmado.
Todo
novo raciocínio será sempre precedido de uma dessas afecções ou atuações, ou de
um dos enlaces dessas afecções. Sendo estes, os únicos fundamentos lógicos que
afetam a elaboração de um raciocínio qualquer. Esta é a base fundamental do
raciocínio, pensamento ou “cogito” a que se refere Descartes, e que a ciência
moderna delega aos nossos neurônios, portanto, a um órgão ou fonte material. Os
gregos pré-socráticos denominavam esta luz mental de “espanto”. Poucos pensadores
modernos, atentaram para o fato do porquê, dos primeiros pensadores gregos
nominarem um raciocínio novo de “espanto”, pois, se o fizeram não comentaram,
ou não tive acesso a este comentário, o que seria o mais provável.
2)ESURQ). Depois de explicado e analisado à luz da lógica, é fácil ver que um
raciocínio novo realmente causa um “espanto”. Hegel e Nietzsche com seus
estudos sobre os pré-socráticos, muito nos facilitou o entendimento de muitos
de seus raciocínios, ou (espantos), contidos nos fragmentos, observe o que nos
transfere Plutarco sobre Demócrito no fragmento 159. Idem, sobre o (Desejo e a
Dor)2. - É natural que o corpo tenha esta antiga” acusação contra a alma a
respeito das paixões. E Demócrito imputando à alma a causa da infelicidade, nos
diz: - Se o corpo instaurasse um processo contra a alma pelas dores que padeceu
e pelos maus tratos que sofreu e se fosse eu o juiz da acusação, com prazer
condenaria a alma, alegando que, de um lado, ela fez perecer o corpo por suas
negligências e o exauriu com a embriaguez e, de outro, o destruiu e dilacerou
com o amor do prazer, como se, estando um instrumento ou utensílio em mau
estado, eu acusasse quem o emprega sem cuidado. – Se este fragmento faz parte
dos estudos de Hegel ou de Nietzsche, não importa! Podemos deduzir desse
fragmento que a distinção entre a alma e o corpo antecede de muito os
arrazoados de Anaxágoras e de Demócrito, pois nesta época, a acusação já é
reportada como uma “antiga” acusação, o que nos leva a dedução de que desde os
primórdios do raciocínio lógico já se separava a alma, “ânima”, do corpo, e,
isto muito antes do século V (a.C.). As proposições dos pré-socráticos, nos deixam
claro a “distinção” entre os modos de raciocinar, deles e dos pensadores ditos,
pós-socráticos, assim, este divisor, se se bem observar, pode-se tomar claro a partir da época de
Sócrates. O problema, (a meu ver), é que à medida que o homem evolui dentro do
tempo, e com o passar das gerações e dos séculos, sua visão de mundo ou
paradigma evolui, este evoluir dentro do tempo, não impede que uma visão geral
de mundo dure por décadas, séculos ou milênios. Só a evolução do “Ser” e suas
ações frente ao mundo, altera esta visão, independentemente do tempo! A
evolução da visão de mundo, não está no mundo, mas, sim na evolução da
percepção do observador! O efeito do tempo neste caso não é significativo,
predomina a priori o efeito da evolução do entendimento do “Ser”. Enquanto o
tempo provoca a mudança da visão de mundo muito vagarosamente, um fator ou
causa evolutiva forte no entendimento, o faz rapidamente.
3)ESURQ). Na leitura dos fragmentos, dos séculos VIII até o V (aC), talvez! Até
por sua dispersão dentro do tempo), nestes fragmentos, é onde uma visão de
mundo torna-se mais notada, quanto mais disperso está o enfoque desta visão, mais
atenção recebe no estudo e, torna-se mais evidente este paradigma. (E isto,
pode ter sido motivado por problemas de tradução, não sei ao certo). O
diacronismo semântico altera o sentido de certas palavras dentro de um período
especifico de tempo. E traduções muito posteriores, séculos ou mesmo milênios
depois, não tem como reconhecê-las, ou não tem como perceber tais nuances. O
certo, é que os fragmentos, no geral contém uma só visão de mundo, parece que a
visão de mundo foi transferida de filósofo para filósofo, sendo esta visão dos
pré-socráticos diferente da visão de mundo dos dois primeiros quartos do século
V, época em que viveu Sócrates - 469 a.C. -
399 a.C. – pelo
menos, no que restou dos escritos dos pré-socráticos, a não dispersão do ponto
de vista de mundo, pode ser originária do tão pouco que restou, tanto é que estes
escritos ficaram conhecidos como “fragmentos”. A mudança da visão de mundo é fácil
de ser percebida. Antes de Galileu a visão do universo era de um universo com
um céu estático à exceção dos planetas, Mercúrio, Vênus, Marte, Saturno, Júpiter,
e do Sol e da Lua. Depois, com os telescópios de Galileu e Newton, outra visão já
bem diferente! E somente, recentemente, em 1923 o astrônomo
Edwin Powell Hubble descobriu as galáxias, com o
auxílio do telescópio de 100” (polegadas), de Monte Wilson! Mas, suas
distâncias corretas só foram estabelecidas em 1932 por Hubble, quando utilizou
o telescópio de 200” (polegadas), de Monte Palomar. Então! Outra visão de
universo completamente diferente se fez presente! No entanto, o universo não
mudou, o que mudou não foi o mundo, mas sim, o nosso raciocínio ou entendimento,
sobre esta nova visão de mundo.
4)ESURQ). Nesta minha análise sobre o raciocínio, quero deixar bem claro o meu
ponto de vista, de que é a intensidade, e não a origem ou a fonte, desse
fenômeno, (raciocínio)! Que nos separa dos nossos irmãos animais, indevidamente
chamados de irracionais, quem é mais irracional! O cão que defende a prole até
a morte, ou um humano que mata pai e mãe por alguns dinheiros? Sendo, portanto,
a intensidade do raciocínio o que marca e separa o falante do não falante, a
razão e o bom senso nos diz que os não falantes tomam decisões, e estas
decisões não são decisões instintivas, estas decisões estão fundamentadas em
raciocínios, certamente, não tão elaborados quanto os dos falantes, mas com
certeza, trata-se de raciocínios. Portanto o que nos separa dos não falantes, é
somente o grau ou nível de elaboração do raciocínio! A que chamo de “intensidade
de raciocínio”, que seria o grau da elaboração destes raciocínios. Raciocínios estes,
naturalmente com graus de elaboração distintos em cada espécie, mas,
raciocínios. O resto é pura semântica. Dar novos nomes aos bois, não os fazem
deixar de comer capim. A voz de um tribal numa taba na Amazônia, e a voz de uma
soprano num teatro europeu, são cantos ou coisas diferentes?
VOLTEMOS AOS FILÓSOFOS
5)ESURQ). Embora conheça o assunto, nunca me ative a nenhuma discussão ou tomei
posição sobre a diferença entre a alma, (espírito), e o ente, (tomado como o
corpo senciente), ou o ( “tò”) grego e o corpo), a que se reportaram Anaxágoras
e Demócrito. Julgo ser esta, uma discussão inócua, (dentro do enfoque dos
pré-socráticos). O grande pensador Demócrito, discípulo de Leucipo, (o dos
átomos), considerava a alma, como algo com a forma esférica, assim, não entro
nessa discussão. Interessante! Os povos modernos utilizam uma auréola em forma
de círculo para identificar os “Santos”, interessante mesmo! Não creio que um
raciocínio ou pensamento seja algo material ou possa ter sua origem num órgão
material, muito menos que tenha uma forma geométrica, inda mais definida. Deixo
claro, bem claro, que creio na existência do espírito, embora não possa
explicar “a todos”, sua origem, nem sua forma, nem todos seus atributos e muito
menos sua essência! Mas, creio que um dos seus atributos é exatamente o
“cogito” humano. Creio que a maioria dos animais superiores possua um tipo de
“pensar”. Com certeza inferior ao “cogito” de Descartes, mas, o possuem, assim,
eu, particularmente não vejo problema algum em admitir a existência de um
espírito em todos os seres vivos da natureza, sem distinção de reino ou de fase
evolutiva, muito naturalmente creio e admito que para cada fase evolutiva da
vida em cada espécie, exista um tipo de espírito, com: “também”, sua própria
fase evolutiva. Pois a evolução é inerente à vida, e não tão somente, inerente
aos seres falantes. Tenho o hábito de “tentar” deixar bem claro meus pontos de
vista, ponto em que a maioria dos filósofos falharam, senão, seus pontos de
vista não seriam alvo de tantas críticas e tantas interpretações díspares. O
que é um grande mal para a filosofia, que devido a isso se tornou, desculpem-me
a expressão, um grande “balaio de gatos”. Passei boa parte de minha vida
estudando os filósofos e foi isto o que encontrei! Hobbes por exemplo; era sem
o saber um douto mecanicista, no tempo de Hobbes nem se falava em postura
mecanicista, ele acreditava e já dizia que: - No que se refere aos pensamentos
do homem, considerá-los-ei primeiro isoladamente, e depois em cadeia, ou
dependentes uns dos outros. Isoladamente, cada um deles é uma representação ou
aparência de alguma qualidade, ou outro acidente de um corpo exterior a nós, o
que comumente se chama de objeto. O qual objeto atua nos olhos, nos ouvidos, e
em outras partes do corpo do homem, e pela forma diversa como atua produz
aparências diversas. Hobbes continua: A origem de todas elas é aquilo que
denominamos sensação (pois não há nenhuma concepção no espírito do homem, que
primeiro não tenha sido originada, total ou parcialmente, nos órgãos dos
sentidos). O resto deriva daquela origem -. Viu! Mecanicismo puro, tudo
deriva do “Ser” material, “nos órgãos dos sentidos”, ele, nos diz isso. Mente
brilhante a de Hobbes, naquele tempo, (1588-1679), ele já penetrava nesses
meandros.
6)ESURQ). Dá para perceber claramente que pode-se questionar a
origem do pensamento ou raciocínio, que, conforme Hobbes tem origem na
percepção do mundo material que nos cerca através dos nossos sentidos, sendo
estas sensações transmitidas ao nosso entendimento, ou alma, ou espírito. Ora!
Se nossos raciocínios são o resultado somente da afecção, esta, no sentido de
atuação da matéria sobre os nossos sentidos, se isso fosse verdade, todos
nossos raciocínios seriam objetivos e concretos, e o que dizer dos nossos
raciocínios subjetivos e abstratos? Observem bem! Que o discurso de
Hobbes sobre o assunto está embasado no conhecimento científico de sua época, e
de que ele não era um ateu, mas também não era um religioso convicto. E que
aqui não teço uma crítica aos raciocínios de Hobbes, somente observo que o
fundamento do seu pensar é notadamente mecanicista. Thomas Hobbes escreveu
estes pontos de vista, no primeiro quarto do século XVII. Leibniz, foi
contemporâneo de Hobbes, quando Hobbes morreu em 1679 Liebniz estava com 33
anos, no entanto, Liebniz nos seus “Novos Ensaios Sobre o Entendimento Humano”,
no capítulo XII faz uma abordagem diferente sobre este mesmo entendimento, ou
“apercepção” do raciocínio. 70 anos depois Kant nos traz um enfoque muito mais
elaborado sobre o raciocínio, no seu primeiro livro da analítica transcendental
que ele chama de (analítica dos conceitos).
VEJAMOS A ANALÍTICA DOS CONCEITOS DE KANT
7)ESURQ). Aqui, a abordagem de Kant é muito complexa e “explicitatória”, ele
começa separando sua analítica dos conceitos em quatro títulos, cada um com
três momentos a saber:
1) Quantidades dos juízos: Universais, Particulares e Singulares, 2) Qualidades: afirmativos, Negativos e Infinitos,
1) Quantidades dos juízos: Universais, Particulares e Singulares, 2) Qualidades: afirmativos, Negativos e Infinitos,
3)
Relação: Categóricos, Hipotéticos e Disjuntivos,
4)
Modalidade: Problemáticos, Assertóricos e Apodíticos,
A
partir daí, Kant começa a se defender de futuras críticas dos lógicos, talvez,
já por perceber algumas incompatibilidades no tratamento dados aos juízos
singulares e universais pelos lógicos. Pude agora observar, que este assunto
tratado com brilhantismo por Immanuel Kant ocuparia um grande espaço, merecendo
um ensaio à parte, o que vos fico devendo.
Quanto ao meu entendimento do que seja, ou de onde se origina nossos raciocínios, diferentemente dos filósofos e dos cientistas; eu não creio que nossos raciocínios tenham origem num órgão “físico” do nosso organismo. A ordem natural no universo é de que os organismos ou sistemas mais importantes (ou mais complexos), tenham prevalência sobre os menos importantes, (ou menos complexos), sendo de se esperar que o mesmo ocorra conosco, como somos um organismo extremamente complexo, qualquer falante independentemente de sua cultura, dirá que a parte menos importante de nós, seja a parte material. Assim, não vejo por que, esta parte menos importante seria a causa e a fonte da parte imaterial, que por sua vez é a mais importante! Antes de tomar conhecimento da teoria geral dos sistemas de Bertalanffy, eu já tinha pendores para o holismo e não para o monismo, minha busca pelo conhecimento muito se deve a minha insatisfação com o modelo de mundo que o cientificismo me apresentava! Desde cedo, que o mecanicismo laplaciano levava o meu “eu interior”, de Schopenhauer a contradições nada aceitáveis, e às vezes terríveis! Nesta época o comportamento das religiões e dos humanos religiosos, para mim, era incompreensível! Nunca entendi porque os filósofos e os cientistas, tão questionadores e inteligentes, (principalmente os da renascença), não conseguiam compreender a essência e a lógica da existência de um Deus Cósmico. Ou seja, de uma inteligência com transcendência sobre o universo, e logicamente sobre o nosso “raciocínio” ou nosso “Ser”. Claro, que não trato aqui do Deus das religiões! Este foi posto de lado, pelos filósofos e cientistas desde o iluminismo. Fora do holismo não há a menor possibilidade de se compreender a lógica da existência de um Deus Universal. A divindade só faz sentido de forma impessoal, infinita e universal. E assim, minha busca continuava. Pensando bem! Foi necessário que a ciência do homem primeiro se desenvolvesse e nos mostrasse este novo universo, que visualizamos hoje, para que pudéssemos ter esta tênue visão de uma Divindade, não subjacente, mas transcendente ao universo como um todo. Com o passar do tempo, em 1998 ou 99 me deparei, (ainda com respeito à origem do nosso raciocínio), com uma teoria científica bastante “intrigante”, no princípio não a compreendi totalmente, depois de buscar mais esclarecimentos sobre esta nova teoria, eu a compreendi melhor, e nela encontrei muitas explicações para a maioria dos meus questionamentos existenciais. Esta teoria é a teoria da Ressonância Mórfica, do Rupert Sheldrake, trato muito superficialmente dela, nos meus ensaios postados aqui nos blogs. Veja a lista dos ensaios no final deste ensaio, em que trato da problemática existencial.
Quanto ao meu entendimento do que seja, ou de onde se origina nossos raciocínios, diferentemente dos filósofos e dos cientistas; eu não creio que nossos raciocínios tenham origem num órgão “físico” do nosso organismo. A ordem natural no universo é de que os organismos ou sistemas mais importantes (ou mais complexos), tenham prevalência sobre os menos importantes, (ou menos complexos), sendo de se esperar que o mesmo ocorra conosco, como somos um organismo extremamente complexo, qualquer falante independentemente de sua cultura, dirá que a parte menos importante de nós, seja a parte material. Assim, não vejo por que, esta parte menos importante seria a causa e a fonte da parte imaterial, que por sua vez é a mais importante! Antes de tomar conhecimento da teoria geral dos sistemas de Bertalanffy, eu já tinha pendores para o holismo e não para o monismo, minha busca pelo conhecimento muito se deve a minha insatisfação com o modelo de mundo que o cientificismo me apresentava! Desde cedo, que o mecanicismo laplaciano levava o meu “eu interior”, de Schopenhauer a contradições nada aceitáveis, e às vezes terríveis! Nesta época o comportamento das religiões e dos humanos religiosos, para mim, era incompreensível! Nunca entendi porque os filósofos e os cientistas, tão questionadores e inteligentes, (principalmente os da renascença), não conseguiam compreender a essência e a lógica da existência de um Deus Cósmico. Ou seja, de uma inteligência com transcendência sobre o universo, e logicamente sobre o nosso “raciocínio” ou nosso “Ser”. Claro, que não trato aqui do Deus das religiões! Este foi posto de lado, pelos filósofos e cientistas desde o iluminismo. Fora do holismo não há a menor possibilidade de se compreender a lógica da existência de um Deus Universal. A divindade só faz sentido de forma impessoal, infinita e universal. E assim, minha busca continuava. Pensando bem! Foi necessário que a ciência do homem primeiro se desenvolvesse e nos mostrasse este novo universo, que visualizamos hoje, para que pudéssemos ter esta tênue visão de uma Divindade, não subjacente, mas transcendente ao universo como um todo. Com o passar do tempo, em 1998 ou 99 me deparei, (ainda com respeito à origem do nosso raciocínio), com uma teoria científica bastante “intrigante”, no princípio não a compreendi totalmente, depois de buscar mais esclarecimentos sobre esta nova teoria, eu a compreendi melhor, e nela encontrei muitas explicações para a maioria dos meus questionamentos existenciais. Esta teoria é a teoria da Ressonância Mórfica, do Rupert Sheldrake, trato muito superficialmente dela, nos meus ensaios postados aqui nos blogs. Veja a lista dos ensaios no final deste ensaio, em que trato da problemática existencial.
8)ESURQ). Há raciocínios simples, banais, corriqueiros, que tripudiam do mecanicismo!
1º)
Uma coisa fruto do acaso, criada por si mesma, tende a ser desordenada e não
inteligente! Experiências de laboratório nos dizem isto.
2º)
Uma coisa inteligente tem maior facilidade e probabilidade de criar uma coisa
inteligente e ordenada.
3º)
Uma coisa sem inteligência tem facilidade e probabilidade nula de criar uma
coisa inteligente e ordenada, exatamente pela ausência de inteligência.
4º)
O que nos leva a seguinte dedução: A inteligência é filha de si mesma.
5º)
Com fundamento no raciocínio de que uma inteligência primeira criou o universo,
esta inteligência primeira criou a si própria!
6º)
Ao continuarmos inteligentemente por este caminho, nunca chegaremos ao irrespondível
(Quem criou Deus?).
7º) Podem
tomar estes argumentos como uma suma apologética, isto não vai mudar a realidade
do existir da Transcendência Cósmica Universal, ou Deus, não vai mesmo!
VOLTEMOS AOS PRE-SOCRÁTICOS
9)ESURQ). Quem me contradizer, (uso o infinito flexionado mesmo), não penetrou fundo nos
problemas da filosofia. Nem Hegel nem Nietzsche explicitaram por que gostavam
tanto dos pré-socráticos, dirão que não se tratava de gostar, mas, era gostar
mesmo, não se dedica tanto tempo a algo que não se gosta. Lá, nos pré-socráticos,
creio que eles encontraram a essência do raciocínio grego, quem se aprofundar
na análise do conteúdo dos fragmentos que nos restaram dos pré-socráticos,
entenderá o que digo. Considero todos os filósofos como seres lúcidos, os
mais lúcidos do planeta, isto quanto a sua capacidade de analisar os assuntos
abstratos da filosofia. Mas, quanto a Georg Wilhelm Friedrich
Hegel e Friedrich Wilhelm Nietzsche, estes, são de uma lucidez impressionante. Só que Hegel é
realmente, às vezes, muito obscuro. Nos meus primeiros contatos com Nietzsche o
considerei um ser extremamente pessimista e niilista, e me afastei dele, só
voltei a sua obra depois de adulto. Só então assim, o compreendi, (em parte), e
pude ver toda sua lucidez. Lendo seus críticos pude esclarecer alguns
pontos obscuros dos seus raciocínios, ao entender Nietzsche eu pude entender
que a filosofia é como uma imensa teia de aranha, embora seja algo radialmente
dispersa, ela é uma só, o problema é que nenhum filósofo, no passado, no
presente ou no futuro abarcará toda a filosofia. Cada filósofo é como uma
aranha, que faz a sua teia, mora na teia, vive na teia, e vive da teia, mas,
nunca terá toda a teia sobre seus pés. A única diferença entre a filosofia e a
teia de aranha, é que a teia por ser algo físico possui um limite, enquanto a
filosofia, por não ser algo físico crescerá eternamente, ou enquanto durar a
humanidade. O que me faz crer que a filosofia está chegando ao fim.
10)ESURQ). Este raciocínio me leva a encerrar o ensaio sobre o
raciocínio, com um raciocínio nada alentador! O caminho que a humanidade
escolheu para se desenvolver, (que é o crescimento ilimitado do capitalismo), a
levará, assim creio eu, e muitas pessoas de bom senso, inexoravelmente a sua
autodestruição está próxima, segundo Sthepen Hawking não levará 200 (duzentos)
anos. Disto já tratei em outro ensaio. Infelizmente, nós gastamos nossos
recursos naturais como se eles fossem inesgotáveis, e isto eles não o são!!!...
Todos os governos do mundo sabem disso, mas, fazem de conta que não
sabem, todos os flagelos a que a humanidade for submetida no futuro próximo, o
será, pela irresponsabilidade dos governantes do planeta. A burra busca
por mais PIB os fazem esquecer do controle da natalidade. Preferem o CAOS!
11)ESURQ). A história da humanidade me faz lembrar a história dos
perus! Um criador de perus convencido que aquela era uma atividade lucrativa,
resolveu vender tudo que tinha e investir no crescimento daquela atividade. E
assim o fez: vendeu, fazenda, carro, mulher, filhos, jegues, gatos,
cachorros, pulgas, tudo enfim. Comprou um número de perus compatível com seu
capital, alugou um terreno e ali pôs seus perus, comprou ração e iniciou seu
negócio, ao chegar o fim do mês vendeu alguns perus, pagou o aluguel,
comprou mais ração, ao chegar o fim do mês vendeu alguns perus, pagou o
aluguel, comprou mais ração, ao chegar o fim do mês vendeu alguns perus,
pagou o aluguel, quando só restava um peru, ele para não morrer de fome comeu o
peru, não chegou ao fim do mês, ele educadamente morreu de fome, e “c’est
fini”.
12)ESURQ). Escrever ensaios pode não servir para ganhar dinheiro,
mas, que é divertido, isso é.
Chamo
a atenção para o fato de que: este ensaio é somente um ensaio, não o tomem como
um postulado filosófico. Estou querendo dizer humildemente com isso, que não
sou um filósofo, nem nunca o serei. Eu escrevi este ensaio somente como um
aprendizado, uma diversão! Na realidade, escrever qualquer coisa, é como levar
o cérebro, (espírito ou entendimento), para a academia da escrita, e ler é
levar nosso cérebro, (espírito ou entendimento), para a academia da leitura, só
que na academia da escrita tem poucos frequentadores, e a academia da leitura
anda “quase” sempre lotada, eu disse “quase”, porque na academia da leitura por
certo, que cabe toda a humanidade. São nestas duas academias que são projetados
todos os atos responsáveis pelo desenvolvimento de toda a humanidade. Estes
atos a que me refiro, são os novos raciocínios que levam os falantes a novos
raciocínios, que por sua vez amplia de forma exponencial o desenvolvimento
humano.
13)ESURQ). Ah! Os jornalistas: um dos motivos do meu respeito
pelos jornalistas é que estes, diferentemente dos escritores, escrevem todos os
dias, o que resulta numa miríade de assuntos, eles são diferentes dos
escritores sim, embora alguns também sejam escritores, a diferença entre um
jornalista e um escritor é a capa. A capa é que encarece o que se escreve, e
quanto mais cara é a capa, mais longe estará o que se escreve do grande público
frequentador da imensurável academia da leitura. O problema é que o raciocínio
do jornalista alcança um número maior de leitores que o raciocínio do escritor.
A
capa a que me refiro, (naturalmente, não é a capa material do livro em si). É a
capa da (usura), que recobre o livro editado, representada pelo lucro atribuído
à edição e distribuição do material escrito. Uma editora de São Paulo me
convidou para fazer uma parceria com a mesma, na edição e distribuição do livro
“21” na forma de e-book, em condições humilhantes, eu entendi, (humildemente com
meu parco entendimento), que os ditos senhores, estavam acreditando que eu
estivesse numa UTI, em fase terminal, sofrendo da mais terrível peste que
assola a humanidade, desde que ela se acantonou há dez mil anos no crescente
fértil, esta peste é o que conhecemos hoje, como burrice.
14)ESURQ). Só através da imprensa, isto é, (do conhecimento
distribuído em larga escala, num futuro próximo, em meio digital), o mundo se
tornará culto e raciocinará mais! Também, através da imprensa escrita e falada,
na formas de livros, jornais, revistas ou TV, que ainda durará muito tempo.
Atenção a imprensa de que falo é a coisa escrita, que nada tem a ver com a
mídia ou imprensa digital, sendo que, inescapavelmente a substituirá: em forma moderna
num futuro, não tão distante. Mormente
na nova forma de livros digitais, os e-books, estas modernas formas ou maneiras
de veicular as informações que abarquem todo o conhecimento humano oriundo dos
raciocínios dos falantes, tornarão possível fazer o conhecimento alcançar toda
a humanidade, o grande diferencial dos e-books, é a sua natural universalidade.
Seu mal atual, naturalmente, como nos livros escritos, é a usura de quem edita
o pensar humano, em meio material ou virtual. Não importa! Pois, isto no futuro
será superado.
15)ESURQ). Nestes ensaios listados abaixo: trato em alguns, da teoria da
ressonância mórfica, e em todos da problemática existencial. (Todos estão neste
Blog), procure-os, pela janela de busca existente no alto da front-page.
A VIOLÊNCIA EM NOSSO PAÍS, – (UMA ENFÁTICA E
REAL VISÃO ESPIRITUAL DO “SER”, - (UMA PÁLIDA E SURREAL VISÃO QUÂNTICA DO “SER”,
– (A EVOLUÇÃO DA VIDA, – (A COMPLEXIDADE DO “SER”, – (A ETERNIDADE).
16* Nada, absolutamente nada, existente no mundo pode ser
tomado como definitivo e permanente, como diziam os pré-socráticos, a única
coisa permanente no universo é a impermanência, devido a este raciocínio,
costumo mudar de ponto de vista, como jogador e treinador de futebol mudam de
clube. Sempre acreditei que é salutar termos coragem suficiente para mudarmos
de opinião, isto, quando necessário, pois uma antiga opinião pode eventualmente
perder seu valor ou sua função.
Em tempo:
17)ESURQ). Finalmente
encontrei uma definição para o verbete afecção! Pois, No princípio do texto
utilizo o termo “Afecção” - Num sentido
amplo e filosófico de atuação,
onde, afectar significa atuar sobre um ser vivo, especialmente consciente,
máxime em sua sensibilidade e sentimentalidade no pensar, e em seus interesses
vitais, com forte enfoque na formação de seus raciocínios.
18)ESURQ). Minhas férias terminaram, e não alcancei a sonhada
Pasárgada.
Saudações moverianas...
Edimilson Santos Silva Movér
Vitória da Conquista, setembro de 2010
Atualizado
em 28/03/2018Vitória da Conquista, setembro de 2010
moversol@yahoo.com.br
ENSAIO SOBRE UM RACIOCÍNIO QUALQUER - ENSAIO (132).