INCONSCIÊNCIA
A humanidade com certeza, vive
como se não
possuísse
consciência, ou até mesmo memória.
Saia
do sono letárgico, Ser insensível...
Desperte
pra vida não fique invisível...
No
recôndito de vós um grito horrível...
A estremecer
vosso íntimo corruptível...
Deixe
de ser ilusão! Volte a ser visível...
Alerte
aos puros que nada percebem!
Os
ricos mais ricos e o pobre a sonhar,
Aos
simples do mundo nada concedem,
Eis
como é o mundo! E o mundo a girar!
Aos
doutos fazedores da história,
Nego-lhes
a mais comezinha desculpa,
A
maldade, o egoísmo e a ação vexatória,
Condenam
o homem, por sua própria culpa.
Perderam
o senso tão útil e necessário
Para
discernir o certo do que é errado,
O
preço a pagar é um terrível fadário,
O
anjo da morte já está raivoso e irado.
Fulminar
o mundo com insensatez cruel,
O
ímpio por si próprio a si mesmo corrói,
Vós
inda beberás desta mesma taça de fel,
A
natureza em resposta a todos destrói.
Em
todas as paragens medra fácil a ganância,
Mísero
e louco, cego e tolo, não se engane!
Impossível
viver sozinho nesta abundância,
E o
resto da humanidade a morrer de fome.
Um
inútil aviso dou à consciência do mundo...
Perderam
o bom senso e também a pureza,
Trabalho
de séculos se esvai num segundo,
Se não
mais respeitarem as leis da natureza.
Consciências
mutiladas doentias e inusuais,
Com
senso falso e razões incompreensíveis,
Poluem
todo o planeta, é certo? Ponderais!
Outorgam
a si, velhas razões incognoscíveis.
Usando
matéria em forma de energia
Matam
a natureza com ares naturais,
É
comum o homem agir com covardia,
Poluindo
mares, terras e zonas siderais.
Como
um inconcebível ato de genocídio,
Maneira
mais mesquinha de se suicidar!
Matar
a fonte do sustento de cada dia,
Não
vês que praticas um mero suicídio?
Matando
a si e aos outros! Que ironia!
Néscios
ambientalistas, quiçá o costume!
Ir
proteger-se da fera apagando o lume,
Que
adianta proteger a natureza assim!
Sem
diminuir a vil pressão demográfica,
Que
ocasiona tudo que é de mal e de ruim.
Cegos
lendo mais uma carta enigmática,
Mancos
e rotos pensadores de improviso,
Sem
acertar e sem resolver a problemática,
De
tantas asneiras feitas já perderam o siso.
A
pressão demográfica destrói o mundo
Disto
todos sabem, é a grande realidade,
Arriscamos
a perder tudo num segundo
A
salvação? Só o controle da natalidade!
Nulidade
de raciocínio, tudo um falso riso,
Se
não cuidarmos disso eis a fatalidade!
Prevalecerá
então, o raciocínio impreciso
Então!
O nosso destino será a bestialidade!
O
homem vai desaparecer deste planeta
Ronda
sobre nós, absconso anjo da morte,
Assina
e sela nosso destino a sua caneta,
Sendo
a extinção da vida a nossa sorte.
Cruel
destino vos aguarda, oh! Humanidade,
Perdemos
a consciência via egoísmo e usura,
Não
teremos o que explicar para a posteridade,
Cadê
o bom senso, a lógica e a autocensura?
A
quatro milhões de anos atrás ficou de pé,
Oitocentos
mil anos e aprendeu a pegar
Com
uma simples oposição do polegar,
Milhares
de anos para enxergar a “aretê”
Duzentos
e trinta mil veio o entendimento,
Trinta
mil anos atrás ele aprendeu a pintar.
Reconheceu
a si próprio! Que momento!
As
cavernas na Europa a testemunhar
Viu Deus
na natureza, dez mil anos atrás.
Com os
gregos aplainou o pensamento.
Organizou-se
em sociedade, que beleza
Os
árabes no deserto aprenderam a somar.
Sete
ou seis mil, ele inventou a escrita.
Os
povos hebreus inventaram a religião,
Cristo
veio ao mundo de forma já prevista,
A
igreja que ele deixou fez a vil inquisição!
Vergonha
das vergonhas, trupe maldita!
Toda
a história do ocidente é aberrante,
Alexandre,
Hister, Stalin e Napoleão!
A dos
povos do oriente é horripilante!
Mao
Tse Tung, Pol Pot, Ho Chi Min e o “Cão”
Até
alguns loucos se tornaram heróis,
Átila,
o Rei dos Hunos, e um Genghis Kham,
Eis o
lado bárbaro dos povos mongóis!
Ninguém
pode assim alegar inocência,
Todos
são assassinos com o mesmo afã,
O
mundo inteiro abstraiu a consciência,
Pois
toda a humanidade é do mesmo clã.
Edimilson Santos Silva Movér
Vitória da
Conquista, Bahia
26 de outubro de
2006
INCONSCIÊNCIA - POESIA