SONHOS CARMESINS
Os sonhos vermelhos anunciam o fim do amor!
Lágrimas vermelhas nos sonhos dos amantes
Manchando de carmesim os
tristes versos meus,
Choro e grito em ânsia,
em lástimas delirantes
Caio em prantos e
lamento os duros risos teus,
Tu sorris, e eu tremente
vivo a minha loucura!
Deixaste meu Ser, assim!
Apático e entristecido,
Vã, e infinita tentação,
eu morrerei em tua procura,
Sentindo esta certeza, não
me sinto enlouquecido,
É necessário ser livre
no amor! A paixão tudo corrói,
Livre eu viverei em paz,
com a minha vida rotineira,
És a versão do amor que com
o ódio tudo destrói,
Persegues, cospes e
acertas como a Naja cuspideira.
Porque fazer versos? Já
os vejo nulos e sem sentido,
Relembrar coisas banais,
que não mais me emocionam,
Martelar no mesmo ponto
que nem fere nem é dolorido,
Nem dores nem sofrimentos!
Pois, só sorrisos ocasionam,
Incompreensíveis, falsos
e inúteis versos feitos de roldão
A demonstrar que é inútil
o amor, se o ódio tudo destrói,
O sonhos carmesim! São
os baluartes
E defesa d´alma; que a
todos enfim protegem,
Viver sem liberdade é
ter a vida de um anti-herói!
Gritos que vem da
fímbria d’alma!
Machucando o coração,
Estandarte dos que amam!
Que têm fé na vida, e
coragem,
Sonhos carmesins!
Ao iluminar a mente fortalecem
a paixão...
Só sente-se amor por quem
se ama e adora!
Com verdadeira
adoração...
Oh! Ódio que vive no
centro,
Oh! Paixão que grita lá
fora!
Sois o choro que vem de
dentro!
São os sonhos que não gostamos!
Dores que nos machucam!
Cantos que não cantamos!
Prantos que não se
acabam!
Ventos que nunca passam!
Chuvas que nunca vêm...
Desamores que pressentimos!
Raivas que nós passamos...
Tristezas que mais nos
ferem!
Tudo nos alerta e não
desistimos,
Alegria! Onde é que
estais?
Diga-me onde é que
estais!
Choros, paixões, ódios, sonhos,
dores, cantos,
Prantos, ventos, chuvas,
desamores, raivas, tristezas!
Vos peço! Vos peço, me
abandonais...
Sonhos carmesins por que
viestes?
De mim vos afastais!
Só o enlevo do amor é que
não volta mais...
Vitória da Conquista, Ba. - 14 de
janeiro de 2007
Edimilson Santos Silva Movér
moversol@yahoo.com.br
SONHOS CARMESINS - POESIA (129)fcw