MORAIRA
(Sonhos que nunca
entendi)
Aos primeiros
ataques!
Diante
do inimigo meu braço se fortaleceu...
Vi! Como num sonho, ou em memória,
Regressando a um tempo distante,
De Madri, o Rei visigodo partia para
Moraira.
Uma súcia de Mouros se aproximava,
Mas, demoraram para se reunir em
Ibiza
Por Eivissa na ilha e por Moraira
foram avistados,
Fogueiras nos navios e espelhos avisaram
Valência.
Valência os avistou depois,
Navios ao largo os denunciaram,
Eram esperados em dois locais
Valência e o Condado de Barcelona!
De
prontidão estavam!
De Barcelona veio o socorro.
Os mouros escolheram Valência
Devido à baixa resistência esperada,
Os espanhóis, continente a dentro,
aguardavam
A uma légua os esperavam e viam ao longe!
Espadas em punho, cavalos estranhos
cavalgavam,
Caudas a prumo, e turbantes estranhos
na cabeça.
“Increíble visión a los lejos”,
O Rei espanhol, em frente às tropas
enfileiradas,
Adagas mouras a brilhar ao sol nascente,
Aproximava-se a batalha no
descampado,
A bela planície valenciana seria
banhada
Com o sangue de trinta mil Mouros "aturbantados".
Sobre as altas torres do secular Castelo
Tremulavam as bandeiras de todos os
reinos de Espanha,
Mais de trinta mil mouros se preparavam
para a batalha,
De Barcelona vieram vinte e oito mil
bravos espanhóis,
Em marcha!
Em espera!
Em marcha!
Em espera!
Cinquenta e cinco mil em Valência atrás
da ravina,
Somente cinco mil enfileirados sobre
a colina.
Os mouros seriam massacrados.
O rei espanhol esperou que todos
desembarcassem,
E na hora aprazada os flancos foram
tomados
Pelas tropas espanholas que atrás da
pequena elevação estavam!
A batalha durou até o dia seguinte
Quando o último Mouro pisou o solo
pátrio
A esquadra moura, por eles, foi
incendiada ao largo.
Não havia como recuar!
Enfrentamos os Mouros incendiários
na praia.
Corria o distante ano de 602 da era
cristã,
A data eu vi no Átrio da Capela
lotada,
Nada mais vi! Minha visão toldou-se
De vermelho, minha espada
Da mesma cor banhou-se,
Vi ao largo, o incêndio naval,
Minha memória! Apagou-se...
Dentro da fumaça negra do grande
incêndio
Na direção da grande Ilha.
Só em
711 os Mouros conquistaram a Espania...
E para
nossa tristeza, por lá permaneceram até 1492...
A data
602 na história da Espania, nego-me a retirá-la...
“No
saldrá”...
Nunca entendi
esta data! Faz parte da lembrança...
No
princípio classifiquei esta poesia de,
(Contos do incredível)
Nunca
quis publicá-la,
um
amigo espírita me demoveu dessa ideia..
Edimilson Santos
Silva Movér
Vitória da
Conquista,
madrugada de 12 de
outubro de 2007
moversol@yahoo.com.br
Interessante a descrição dos detalhes!!!
ResponderExcluirMe ví nesta guerra ao ler a riqueza dos detalhes...
Belíssimo...
Parabéns Mover!!!