OS "FINALMENTES" SOBRE A CONSCIÊNCIA.
29)PADC). A neurociência e a filosofia enfrentam grande dificuldade para conseguirem uma perfeita, ou mesmo, uma razoável definição do que seja a consciência humana. Ao longo dos séculos os filósofos têm dedicado boa parte de seu tempo tentando definir o que seja a consciência. A maior dificuldade seria exatamente definir a consciência como um fenômeno que ocorre no sistema físico neural, ou que, no mínimo interaja com este sistema cerebral humano. Produzindo inclusive o pensamento, as emoções, e principalmente a sensaçaõ do reconhecimento do "Eu" individual existente em cada "Ser". Sempre vejo os animais como seres conscientes, embora em graus evolutivos diferente. Comparando-os com o grau da evolução da consciência humana, são bem diversos, e menos evoluídos. Não posso entender um animal que interage com os humanos, sem possuir algum grau de consciência. É interessante observar como os pensadores ateus, acusam os pensadores Deístas, de praticarem o pampsiquismo, que eles chamam de doutrina . Fora os falantes, ninguém pode crer que um outro animal possua consciência, por mais rudimentar que seja esta consciência, que logo é classificado e acusado de praticar a doutrina "pampsiquista". A burrice corre solta e desembestada pelos rincões do planeta. As gerações se sucedem, e sempre se sucederão e um dia chegarão ao fim, inclusive as gerações dos néscios! Um dia o planeta se verá livre deles, mesmo que passe mais 4,6 bilhões de anos, eles desaparecerão de minha vista, pois nesse tempo ainda estarei por aqui, mesmo que nesse futuro de 4,6 bilhões de anos, estarei por aqui! mesmo que, como prevejo, e não mais necessite falar, muito menos me alimentar da forma usual d'agora! Crer que somente os animais falantes possuam consciência e desenvolveram a fala, como se a fala fosse o único meio de comunicação entre os seres vivos! Observem uma revoada de 300 mil andorinhas em perfeita sincronia, se aquilo não for feito com comunicação entre os pássaros, é feitiçaria pura nos céus da Paraíba. Sabemos que a linguagem entre os humanos, foi algo essencial e indispensável para seu desenvolvimento. Mas a comunicação existe entre todos os seres vivos, nalguns casos, extremamente diferentes da comunicação dos humanos, mas, existe! Ora! Quem se comunica possui algum tipo de consciência, que pode ser extremamente diferente da nossa, mas, a possui. Quanto ao fato de uma espécie ter a “consciência de ser consciente”, com lógica, pode-se debitar este poder cognitivo aqui na Terra, somente aos humanos.
domingo, 8 de março de 2020
DA SÉRIE: ENSAIOS
QUE NOS LEVAM A PENSAR
Subsérie:
Analisando sob as "sombras das dúvidas", o que penso que sou! Esta
singela análise, claro, não me levará à essência do que sou como consciência,
mas, para minha tristeza, me distanciará bastante daqueles que não buscam saber
o que seja sua essência.
“Posso
não concordar com nenhuma das palavras que dizeis, mas defenderei até a morte
vosso direito de dizê-las”. Frase de Evelyn Beatrice Hall (1868 - 1939),
atribuída a Voltaire.
PEQUENO
ANTITRATADO DA CONSCIÊNCIA
Consciência, que
eu não sei o que é, nem nunca saberei!
Daí, advém o antitratado...
PROLEGÔMENOS
Iniciemos este ensaio sobre nosso “eu” transcendental, que também
chamamos de nossa essência ou consciência, com esse curto prolegômenos. Não
sendo necessário relembrar que, tudo que se escreve e se publica, torna-se
dirigido indistintamente a todas as pessoas que deles tomarem conhecimento, que
os acessarem e os lerem! No entanto, especificamente esse, é dirigido aos meus
leitores e amigos leigos, e não aos meus amigos e leitores com formação
acadêmica, senão, não teria transcrito os textos sobre os psicólogos e sobre os
filósofos, nem o texto do Fédon, nem tampouco seu link. Ao que podemos perceber
e ver, as academias de ciência no mundo todo ensina aos seus alunos, coisas
Como: O que há além do Campo Profundo? De que são feitos os Quarks? O que ouve
antes do Big-Bang? O que faz as Galáxias girarem como corpos sólidos! Como foi
criada a Vida em nosso planeta? O que fez, ou como as Eucariontes resolveram se
associar! Se transformando em organismos complexos? O que é a Consciência? Que
função tem, ou o que são os Buracos Negros no universo! O que levou a Radiação
de Fundo em micro-ondas já se encontrar a 46 Ga de distância? Então, o Big-Bang
não ocorreu somente há 13,81 Ga ou Bilhões de anos! Ora! Se a galáxia mais distante, no limite do campo profundo, uma entidade material, já viajou 13,81 bilhões de anos luz até nós! Isto significa, que mesmo considerando que a constante de Hubble da expansão média do universo seja igual a 68 km/s/Mpc/. Mesmo considerando que estas galáxias primordiais estavam a 13,81 Ga quando emitiram a luz que chega hoje até nós, em função de que, isto não explica o porquê da radiação de fundo, em microondas, esteja somente a 46 Ga de distância do centro do universo observável. Esta falta de informação que causa estes imbróglios não saem das salas dos astrofísicos, mas sim, das salas de quem as publica. Isto ficou claro para mim, ao ler um elucidativo artigo de um astrônomo mineiro, depois li um artigo escrito por um jornalista sobre o mesmo tema, notando a diferença de interpretação. Ao que pude deduzir, o
academicismo, molda, enquadra, padroniza, paralisa o espírito criativo,
comprime e encartucha a mente de quem mais necessita de liberdade mental para
raciocinar livremente e corretamente! O estudante não tem escolha, sob pena de
não concluir seu curso, ou conseguir alcançar uma graduação no curso escolhido!
Então! O jovem acadêmico não tem escolha, é obrigado a obedecer! Se vê preso a
um modelo que castra o raciocínio pelas normas acadêmicas ultrapassadas, mas,
adotadas, a mente que obedece normas, pensa dentro dos limites dessas normas,
que não liberam a criatividade dos jovens estudantes, principalmente a sua
liberdade de criar raciocínios dedutivos elaborados, nada que eles façam pode
ultrapassar os limites estipulados subliminarmente pelos mestres, isto, para
não eclipsar a vaidade dos mestres, levando os alunos a não poderem criar e
expressar livremente seus raciocínios! Os que se dizem seus “professores”,
através das normas, tornadas leis nas instituições de ensino, leis, que os
obrigam a obedecer aos padrões ditados pela mesma normatização acadêmica, este
proceder contradiz todo o bom senso, e então, o aluno torna-se um “Ser”
completamente incapaz de criar. Como pude perceber! Essa adquirida incapacidade
de criar, o segue silenciosamente pelo resto da vida. Inutilizando-o como
cidadão pensante e criativo. Porque o número de discípulos que sobressaem é tão
pequeno? Isto acontece exatamente pela castração intelectual instituída! Isto
não é particularidade do ensino brasileiro, essa praga campeia solta e
desembestada por todos os países do mundo em desenvolvimento! Com um forte enfoque
em nossa Pátria. Esta é a única explicação para as instituições de ensino
brasileiras nunca terem conseguido produzir ou moldar um aluno em qualquer área
do conhecimento acadêmico, que conseguisse ganhar um Prêmio Nobel. Tudo fruto
desse tipo de “pseudoliberdade” de raciocínio que se torna castradora, devido
às normas, e nada mais. O que de forma unívoca empobrece a cultura geral da
população! Não há outra maneira para enfocar o assunto. Desde quando, as
instituições de ensino são as únicas responsáveis dentro das nações pelo
desenvolvimento da cultura do seu povo, refletindo em seu “bem-estar social”, a
que chamam de IDH. Esse modo de como o corpo discente das instituições de
ensino brasileiras procura desenvolver o conhecimento, é terrível, pois, em
contra partida, também limita o poder e a liberdade de raciocinar do jovem
“sapiens” que está submetido ao poder do corpo docente composto por “alguns”,
(não digo de todos), os, que não sei como, passaram num concurso e se dizem
professores, quando muitos deles raciocinam com menos potência, profundidade e
qualidade que muitos de seus jovens discípulos! Essa reclamação é velha, ela é
tão velha quanto o iluminismo, coisa do fim do século XVII e do início do
XVIII. Quando a velharia tomou conta do ensino universitário na velha Europa,
pela data da criação de nossas primeiras instituições de ensino, este modelo se
mudou para o Brasil bastante tempo depois, só no meio do século XX tivemos a
criação de uma instituição de ensino de porte. Sendo impossível
escapar da castração produzida pelos velhos métodos criados pelas antigas gerações de
mestres, as gerações se sucedem também castradas pelas gerações de
mestres que as precederam. Dentro do tempo, as gerações se sucederão, e não
vejo como cessar este círculo vicioso. Estou fazendo essa ressalva devido ao
fato de que, minha caixa de guardar besteiras acadêmicas anda ultimamente
“entupigaitada” até a tampa, depois que dirigi minhas pesquisas, “por pura
necessidade”, para um específico setor do conhecimento acadêmico humano, isto,
nas nossas instituições de ensino. Vejam, que procurei e não encontrei, um
conhecimento acadêmico animal, este danado deve ter se escondido numa das
minhas inúmeras caixas de guardar sandices. Minhas pesquisas são dirigidas à
maioria das instituições de ensino brasileiras, e a algumas no exterior, A
diferença de qualidade entre estes trabalhos, de cá e de lá, é de estarrecer,
ver tantas asneiras nos trabalhos de nossas instituições de ensino! Encontrei
um trabalho em que o autor diz que os habitantes de Pindorama são originários
dessas bandas de cá! Se encontrar outro trabalho dizendo que o vale Turkana com
lago e tudo, se encontra no lado de cá, e no interior de Pindorama, juro, que
não vou me assustar. O que se nota nesses trabalhos é uma repetição de jargões
sem fim, criatividade zero! O que se vê, é que alguns professores,
tentando se perpetuar como luminares de cada área do conhecimento, publicam
suas teses de mestrado e doutorado e seus trabalhos científicos que servem como
modelo para os jovens alunos, perpetuando a estultícia, como disse, os alunos
ao repetir os conceitos e procedimentos ali encontrados, tornam esse proceder
descabido, num “círculo vicioso”. Meu tipo de pesquisa atinge trabalhos de
vários períodos, e o modelo encontrado é sempre o mesmo, e não é uma questão
semântica, o problema é de uso do raciocínio mesmo. Se vocês lerem o que disse
Richard Feynman sobre o ensino de física no Brasil, isto, quando ele ensinou
física no Rio de Janeiro, na década de 1950. Ele o relata no capítulo “O
americano outra vez!” em seu livro “Surely You’re Joking, Mr. Feynman!”,1985
com título em português de: “O senhor está brincando Sr. Feynman!”, - vocês vão
“cair duros”. E ainda perguntam! Porque nunca tivemos um Prêmio
Nobel? Adianto que: O título de “prolegômenos” dado a esse capítulo, foi só pra
chatear a turma dos famosos raciocínios profundos. Sempre estive disposto, e
sempre estarei, se necessário, beberei minha cicuta! Mas, jamais me dobrarei a
burrice instituída.
INTRODUÇÃO
Por pura pirraça do destino, este ensaio será dedicado exatamente a uma
pessoa com formação acadêmica, só que este, é de um tipo especial de acadêmico,
especialíssimo. Nalguns casos, meus insossos ensaios são feitos, ad hoc, “já de
encomenda”, em homenagem ou dedicados a um amigo. Este também o será! Conheço a
pessoa a quem dedico este ensaio desde sua infância, ele é filho de um grande
amigo, o inteligente e saudoso engenheiro civil Eliu Andrade Matos, elaborei
para o mesmo, o Eliu, muitos programas para atender aos seus projetos de
hidráulica, foram muita adutoras, de agua bruta e tratada, muitos projetos de
irrigação, várias barragens, o nome Hazen-Williams (Alen Hazen e Gardner
Stewart Williams), não me sai da mente. Seu filho, a quem dedico estes
rabiscos, é um mestre em raciocínios complexos, em minha longa vida
profissional nunca encontrei um profissional tão competente na área a que ele
se dedicou! “A Geografia”. Refiro-me, ao meu amigo Felipe Oliveira Matos, a quem eu humildemente dedico este ensaio. Ele possui domínio absoluto
na área do conhecimento que abraçou, a ciência da geografia! Sendo
extremamente inteligente, íntegro, como sói ser os Matos, um cidadão de escol,
um dos maiores QI, que conheci até hoje. Um mestre em raciocínios
abstratos.
Por Edimilson
Santos Silva Movér
A CONSCIÊNCIA E O
BOM SENSO
1)PADC). Estou sempre sob um manto de infinitas sombras de dúvidas, que
cobrem meu existir! Mas, todos os “sapiens” possuem o direito
universal de procurarem a claridade e se analisarem como bem entenderem,
quiserem e serem o que conscientemente acharem que são. Isto não muda um
quark da realidade. Sabemos que possuímos uma consciência, mas, nenhuma área do
conhecimento humano, nos elucida verdadeiramente o que seria esta entidade que
chamamos de consciência. Este fato faz parte das buscas dos humanos desde os
primórdios de sua existência, quando o descendente do “homo erectus”, o
Cro-Magnon, nosso mais antigo ancestral pensante, há trezentos mil anos
adquiriu o dom de pensar, portanto, já humano. Nossa consciência é infinita,
pois pode abarcar o universo que conhecemos, e ir infinitamente além deste
universo tido como finito! Ela será infinita enquanto estivermos vivos, se
expandindo por sua própria ação. Tornando-se finita quando já estivermos
mortos, existindo uma condicionante nessa última proposição! Ela só se torna
finita sob a visão dos vivos, pois, desconhecemos completamente a visão e a
“doxa” dos mortos sobre o tema. Isto, é o que nosso senso comum nos diz! Senso
comum este, que é o senso de muitos. E assim, eles, os muitos, que utilizam o
“senso”, tentam elucidar tudo com a coisa que chamam de bom senso! Então! Se
existe esta ferramenta de trabalho chamada de bom senso! Existe seu oposto, o
mau senso. Que também é chamado de heterodoxia! Sendo a “doxa” a opinião, que
pode ser entendida como o primeiro conhecimento que se forma ante alguma
“coisa”, e que se chama “doxa”. A “doxa” não se refere ao conhecimento primevo,
nem absoluto, por ser impossível conhecê-lo ou acessá-lo, refere-se antes a
opinião que se tem de um novo conhecimento, ainda não analisado. Mas, não
podemos nos esquecer que o mundo é feito de dúvidas, no entanto, quando
analisamos as proposições de Sócrates feitas à Cebes e a Simias, transcritas
por Platão no Fédon! Elas, as proposições de Sócrates, diante das dúvidas se
dissipam como as neblinas da madrugada se dissipam diante do alvorecer de um
dia ensolarado. Este feito, Sócrates o fez, utilizando a mais poderosa arma
entregue aos homens! A consciência e seu poder de análise dedutiva.
NESTE MARCADOR DE
LEITURA 2PADC). LOGO A SEGUIR, OBSERVA-SE A PRESENÇA DA DÚVIDA, GERANDO A
PREDOMINÂNCIA DA INCERTEZA EM NOSSA EXISTÊNCIA.
2)PADC). Para contrariar o título acima, eu, bem que poderia invertê-lo, mas, “não
o quis fazê-lo”, escrevendo este marcador de leitura 2* de forma inversa, para
que desaparecesse a dúvida e prevalecesse a certeza. Deduzo logicamente, que
nesse modelo de texto invertido desapareceria a verdade das coisas e
prevaleceria a ilógica da estultícia. A proposição da existência
dicotômica da consciência com relação a sua pleiteada e possível “infinitude- finitude”,
deriva do fato de que nossa consciência “talvez” possa ser uma “provável”
energia que na “maioria dos casos”, só se faz presente e seria vivenciada pelos
humanos, através de seus corpos materiais, onde está instalado seu “eu” ou o
que os psicólogos chamam de “personalidade”, foi comprovada pela própria psicologia,
que ela é formada durante a existência material do pensante. É interessante
observar que o “sapiens”, no geral, acredita que entre os animais somente sua espécie
é capaz de pensar! Se isso fosse verdade os animais não reconheceriam seus donos
nos campos, ou mesmo, no meio de um grande número de animais e de homens! Eu
disse acima, “na maioria dos casos”, porque, existem casos relatados e
comprovados de pessoas sem essa coisa adquirida por aprendizagem, que chamamos
de conhecimento, episteme ou “saber”. Onde alguns desses seres comuns,
portanto, “não especiais”, quando em alguns ambientes religiosos apropriados,
falam várias línguas, sem as ter aprendido! Não utilizando da sua própria
personalidade, mas da personalidade de outras pessoas montadas noutras vidas, e
que são, portanto, personalidades de pessoas pretensamente, estranhas e já
mortas, ou até mesmo, às vezes utilizando de personalidades de pessoas das mais
distintas origens e nacionalidades, portanto pessoas que viveram em épocas
remotas, e países longínquos, lógico, também já desaparecidas e mortas. Estas
se fazem reconhecer através da voz, da verve, da oratória, do conhecimento e
nas sutilezas dos raciocínios, já do conhecimento geral, através de livros
escritos em épocas distantes. Tudo isso acontece em momentos religiosos especiais; quando perdem completamente aquela sua personalidade a que
chamam de “eu”, e passam a se comportar como pessoas com personalidade,
capacidades e conhecimentos distintos dos adquiridos ao longo de suas
existências. Quando já fora desse, ou quando se encerra e saem desse ambiente
místico e religioso, onde estavam, voltam a readquirir sua própria personalidade.
Essa, que hoje chamamos de “personalidade” é o pensamento oriundo da consciência a que se referia Sócrates diante da
cicuta e na presença de seu corpo material, com sua consciência e
personalidade”, que para a psicologia moderna são coisas distintas.
Diferentemente de Sócrates, as pessoas pouco dadas as abstrações filosóficas,
confundem sua personalidade com sua consciência. Creem que tudo se resume à sua
visão de mundo! Como se a matéria de que é constituído seu corpo fosse capaz de
produzir algumas das idiossincrasias demasiadamente abstratas, produzidas pela
consciência, tão naturais nos “sapiens”, mas, quase sempre incompreensíveis para
os mesmos “sapiens”, como, os sonhos, as emoções, que mesmo com o auxílio dos
neurotransmissores, continuam inexplicáveis, ou como as premonições, a
telepatia, a separação da memória, em implícita e explícita, o insondável mistério
da visão nalguns seres vivos! Quando na realidade o que observamos é que, sem a
existência da consciência não teríamos como tomar conhecimento da nossa própria
existência, nem mesmo através dos sentidos, não conseguiríamos perceber e
analisar nem mesmo o nosso corpo material. Isto, é observado nos animais, que mesmo
de posse dos sentidos, a maioria muito mais desenvolvidos que os sentidos dos
“sapiens”, não se reconhecem! Os primeiros filósofos desde a Hélade, perceberam
a importância de nossa consciência. Agora, já me referindo, aos estudiosos da
mente humana, ou consciência, jà em nossa contemporaneidade! Os mestres,
Breuer, Freud, Jung, Adler, Cloninger, Groff e outros pensadores maiores e
fundadores da psicologia, que com seus trabalhos nos tiraram da escuridão em
que vivíamos. Antes deles, vivíamos sem ter a mínima ideia do que somos como
personalidades, e do que somos como seres pensantes! Embora não saibamos ainda quem
somos! A psicologia melhorou bastante nosso entendimento no assunto. Observando a literatura sobre psicologia, onde! Três psicólogos
de nomes: Gardner Lindzey, Calvin S. Hall e John B. Campbell de forma
didática, na sua monumental obra sobre psicologia “Teorias da Personalidade”-
4ª Edição, 2000, em suas 592 páginas, nos apresenta várias teorias sobre
como é formada nossa personalidade, entretanto, não definem qual dessas
inúmeras teorias é a verdadeira, ou o que seja esta personalidade e o que
seria nossa consciência. O certo é, que mesmo depois de uma análise profunda
dos conceitos ali contidos, minha razão me diz que continuo na dúvida sobre as
questões ali tratadas. Como é que uma só coisa, não importa qual! Possui um
grande número de teorias sobre a formação e a aquisição dessa alguma “coisa”
chamada de personalidade pelos humanos? Sem estabelecer pelo menos qual delas, “poderia”
ser a mais provável teoria possuidora da verdade sobre o assunto ali tratado.
No entanto, com isso, ali, fica demonstrado de forma efetiva e cabal, a lisura
e a honestidade profissional dos autores da obra.
A LIVRE COMPREENSÃO DE CADA LEITOR
SE FUNDAMENTA NA SUA LIVRE ESCOLHA
3)PADC). Os humanos herdaram vários “algos” interessantes de seus antepassados
mais antigos, a que os seus semelhantes modernos chamam de “instintos”. Um desses
“algos”, é a sua natural tendência de busca, e de análise de “coisas”
pertinentes a seu “eu”, pois, o reconhecimento do “eu” é próprio do “sapiens”,
e somente dele, este reconhecimento se fundamenta na sua livre escolha. O
reconhecimento de si próprio é necessário no início da formação de sua
personalidade, no seu processo de interação com o universo que o cerca, pois,
só assim, o pensamento lógico surge, e é estocado como memória! Memória que
dará suporte, e resultará no que hoje chamamos de pensamento racional. No
entanto, nós não conseguimos nos reconhecer como fazendo parte de um organismo maior
que chamamos de “vida”. E, isto é o que somos, a vida no planeta é um imenso
organismo, e obviamente somos parte dele, e não percebemos isto. Daí, advém
que: Quando nos dizem que nós somos algo que nós não percebemos que nós somos.
A reação é imediata, quando não podemos falar, pensamos, este cara é um idiota,
quem mais recebe esta pecha são os psicólogos novatos, os mais experientes
perscrutam primeiro o entendimento do paciente a este respeito. Quando formamos
nossa personalidade, formamos instintivamente o retrato do nosso “eu”, um
retrato diferente de si próprio! Isto, nos leva sempre a contestar a ideia de
que somos uma pluralidade, e de que somos um imenso organismo chamado vida, a
individualidade formada com a personalidade, nos faz recusar a ideia de que
somos um coletivo, e pior, é que ninguém
consegue conceber como montamos o retrato do nosso “eu”. Cada pessoa possui de forma
profunda uma visão do que seja seu “eu” particular! Mas, não consegue se conceber como
partícula formadora da vida em si! Pode se ver como partícula da sociedade
humana, só isso! Ou como dizem que eles o são! Isto, eles o sabem
instintivamente, não digo, que tenham uma visão de coletividade, sabem que
pertencem, mas não se veem como uma coletividade. A profunda individualidade da
personalidade criada por cada um, são distintas, mas, parecidas, possuem
altíssima probabilidade de manterem um bom relacionamento, com os “sapiens”. E
isto o fazem como individualidades, como um ser único, quando na realidade todos
nós somos seres coletivos. Sei que é extremamente difícil entender isso! O
problema é que cada qual “monta” mentalmente seu próprio universo existencial,
aqueles que formam paradigmas existenciais coletivos são tidos como visionários
e malucos. É tido como de formação de personalidade anormal, pois junto a
personalidade se forma o seu paradigma de mundo, e nesse prevalece o conceito
de indivíduo! Isto, em todos os sentidos! Os que possuam paradigmas
existenciais diferentes, são arredios e às vezes, inimigos naturais, de seus pares, ninguém
aceita ser uma comunidade! Digam os psicólogos o que disserem! Esta é uma
verdade conhecida por todos, a famosa simpatia e seu oposto a antipatia, estão
fundamentadas nesse fator existencial. Quando alguém tenta penetrar nossa
individualidade, o temos como inimigo natural!
Aqui estou dizendo taxativamente sem subterfúgios que a manada é a parte
pura da humanidade! Embora, no momento, não seja a que levará a humanidade ao
desenvolvimento! Sendo este o destino natural das civilizações no Cosmos! Para
melhor compreendermos o que seja nossa consciência, vejamos como pensava sobre
o mesmo assunto o criador da moderna psicologia, vejamos como pensavam os
criadores da psicologia moderna, naturalmente cada leitor fará sua própria
análise dos princípios criados e cridos por estes pensadores, dou ênfase à
psicologia transpessoal do Dr. Stanislav Groff já no Século XX, década de
setenta. Trataremos dos pioneiros da psicologia humana, no século
XIX. Somente por último, apareceu o Stanislav! Isto é irrelevante. Trataremos
disso no marcador de leitura 5#. o modelo da psicologia transpessoal do mesmo
Stanislav Groff deve ser levada ao conhecimento geral, atendo assim, a um
direito natural do leitor, que é o seu direito de saber o que pensam, ou o que
eu penso sobre o assunto! Ou o que os cientistas dizem, atendendo o seu direito fundamental
de tudo saber, independentemente do que seus semelhantes que chamamos de
psicólogos freudianos comuns pensam!
4)PADC). Existem muitas proposições feitas pelos cientistas da mente,
sobre a psiquê humana e também pelos filósofos, que por mais que
discordemos delas, este discordar não tem importância alguma, nem nos afeta,
pois, não conseguir entender e não estar de acordo com os princípios adotados
por quaisquer desses ilustres pensadores, sobre nossa consciência e nossa
personalidade não é essencial ao nosso entendimento, a única coisa essencial
seria como cada um pensa sobre o que seja a própria consciência! A consciência
é uma entidade que existe em cada pessoa, ela é a própria pessoa! Ela não pode
ser considerada ou estudada como uma generalidade, sendo ela uma
individualidade! Assim, no planeta existem mais de 7.6 bilhões de consciências!
Que valor ou utilidade teria para você o que pensa outras consciências sobre alguma
coisa referente a “existência de sua consciência! Seguramente o número de
pessoas que desconhecem o que as pessoas com culturas específicas pensam ou
dizem sobre as consciências, ultrapassa mais da metade da população do planeta,
mesmo assim, estas pessoas não vivem pior ou melhor que as outras que tudo
sabem sobre o assunto consciência! Não estou afirmando que a filosofia e a
psicologia sejam dispensáveis, quem delas necessitar que as utilizem! Estou dizendo
que somos nossa própria consciência! O que se falar a respeito dela, não nos
afeta de forma alguma, salvo se uma ação interferir diretamente com nossa
consciência alterando nosso comportamento. Primeiro: Porque, ninguém sabe o que
seja a consciência. Segundo: Senão não haveria tanta discordância entre esses
estudiosos. A única coisa a nos interessar é como pensamos sobre nós mesmos. E
isso, só a própria pessoa pode fazê-lo! Sobre os filósofos e psicólogos, o que
devemos fazer é tentar entendê-los como pessoas, que estudam a personalidade e
a consciência através desses pequenos textos sobre suas ações. Difícil conhecer
todas suas obras. Propositadamente não transcrevi suas biografias, as
biografias nunca nos transmitem o pensamento do biografado, nem mesmo as
autobiografias. As biografias "post-mortem", nos mostram as pessoas
como elas gostariam que fossem vistas, e não o que elas foram ou pensavam em
vida! Por isso, preferi transcrever estes textos adiante, que nos mostram suas
“marcas” nos seus raciocínios, mas, não suas biografias, pois não existe um
bicho mais puxa-saco que biógrafo. As referências utilizadas são aleatórias e
independentes, sendo “doxas”, escritas por outras pessoas, assim, são castas na
medida do possível, e sem nenhuma intencionalidade. Dentre todos os textos
adiante, o que reflete e descreve o pensamento de Adler é o meu preferido! Por
outro lado, veremos nos relatos, como eles viam a si próprios, pois, é como
viam os resultados de suas próprias pesquisas e criações científicas sobre os
“sapiens”.
A CIÊNCIA DA MENTE
Comecemos pelo
pioneiro:
JOSEF BREUER
5)PADC). Tudo se iniciou com o caso de Bertha: Os problemas
de Bertha Pappenheim, de 21
anos, - na ficha médica (de Josef Breuer), 1842-1925. "Anna
O", eram depressão e nervosismo, com um quadro de hipocondria com os mais
diversos sintomas (uma condição na época denominado "histeria"). Em
certas ocasiões se acreditava paralítica, em outras acreditava estar
impossibilitada de deglutir e por algum tempo não conseguia comer ou beber
água, mesmo estando com fome e sede. Em outras ocasiões; tinha distúrbios
visuais, paralisia das extremidades e contraturas musculares, perda de
sensibilidade na pele, tosse nervosa, de modo que sua personalidade ora era a
de uma deficiente, ora a de uma pessoa normal. Por vezes sentia-se incapaz de
falar seu próprio idioma, o alemão, e recorria ao Francês ou Inglês para se
comunicar. Breuer submeteu-a a hipnose e ela relatou casos de sua infância, e essa
recordação fazia que se sentisse bem após o transe hipnótico. Após estimular a
paciente a conversar sem rodeios, aos poucos ficou claro para Breuer que a
hipnose poderia ser dispensada, se o médico conduzisse a conversa habilmente,
no sentido de provocar as recordações mais difíceis de serem trazidas à
consciência. Aos poucos entendeu que os sintomas eram conexões simbólicas com
recordações dolorosas, relacionadas à morte de seu pai – as quais ela
revelou durante a terapia. O interesse de Breuer por Bertha despertou a atenção
de sua esposa e a crise matrimonial que isto deflagrou levou Breuer a
interromper o relacionamento. Bertha então forçou um encontro íntimo por meio
de um artifício: enviou um chamado ao terapeuta dizendo-se grávida e em estado
de parto. Breuer atendeu ao falso apelo, mas com a decisão de se afastar dela
definitivamente. No dia seguinte embarcou com sua mulher para uma viagem
destinada a recondicionar o clima de afeição em sua vida conjugal. Dessa
experiência Breuer concluiu que os sintomas neuróticos resultam de processos
inconscientes e desaparecem quando esses processos se tornam conscientes.
Chamou a esse processo Catarse. Porém Breuer não quis continuar a prática
terapêutica que havia descoberto nem publicou de imediato os resultados do
tratamento de Bertha, porém ensinou seu método a Sigmund Freud. Quando Freud começou a
usar o método de Breuer, ambos discutiam os casos dos pacientes de Freud, as
técnicas e os resultados do tratamento. Em 1893 ambos publicaram em conjunto um
artigo sobre o método desenvolvido, e dois anos depois fizeram o livro que
marcou o início da teoria psicanalítica, “Studien über Hysterie”.
("Estudos sobre a histeria"). Esse livro é geralmente considerado
o marco inicial da psicanálise, mas
valeu a Breuer muitas críticas que o magoaram, feitas pelos colegas no meio
médico vienense.
SIGMUND FREUD
6)PADC). Sigmund Freud, 1856-1939, foi o fundador da psicanálise e
da abordagem psicodinâmica da psicologia. Essa escola de pensamento enfatizava
a influência da mente inconsciente no comportamento. Freud acreditava que a
mente humana era composta de três elementos: o id, o ego e o superego.
As teorias de Freud sobre os estágios psicossexuais, o inconsciente e o
simbolismo dos sonhos continuam sendo um tema popular entre os psicólogos e os
leigos. Apesar disso, seu trabalho é visto hoje com ceticismo por muitos.
Muitas das observações e teorias de Freud foram baseadas em casos clínicos e
estudos de casos, o que dificultou sua generalização para uma população maior.
Independentemente disso, as teorias de Freud mudaram a forma como pensamos
sobre a mente e o comportamento humano e deixaram uma marca duradoura na
psicologia e na cultura.
CARL GUSTAV JUNG
7)PADC). Segundo Carl Gustav Jung, 1875-1961, fundador da Psicologia Analítica, a
Consciência é a única parte da mente humana diretamente conhecida pelo
indivíduo. A Consciência se manifesta desde muito cedo. Carl Gustav Jung afirma
que a Mente Consciente se desenvolve, provavelmente, antes mesmo do nascimento
da criança. Ao observar uma criança, podemos notar que a percepção do
consciente opera enquanto a criança reconhece e identifica os pais e os
brinquedos, por exemplo. A Percepção da Consciência cresce no indivíduo,
através das quatro Funções Mentais, analisadas e desenvolvidas por Carl Gustav Jung. Essas
funções são: Pensamento; Sentimento; Sensação e Intuição. É importante
ressaltar que todos nós somos uma totalidade e todos nós temos estas quatro
funções, no entanto, sempre uma delas é predominante. A orientação do Consciente
não se desenvolve apenas pelas funções, mas também pelas atitudes psicológicas,
que são: Introversão; Extroversão. Para Carl Gustav Jung, o
processo pelo qual a Consciência de um indivíduo se individualiza ou se
diferencia das outras é o Processo de Individuação. A individuação consiste no
processo em que uma pessoa se torna um indivíduo, uma unidade ou um Todo
separado e indivisível. O principal foco da Individuação é o conhecimento de si
mesmo. A Consciência e a Individuação caminham juntas, passo a passo no
desenvolvimento de uma personalidade, pois o início da formação da Mente
Consciente marca também o início do processo de Individuação.
ALFRED ADLER
8)PADC). Alfred Adler, 1870-1937 em contraste com a
psicanálise de Freud, a psicologia individual fez a ênfase na importância da
vontade consciente e da capacidade de cada indivíduo para se encarregar de seu
próprio destino. Alfred Adler compreende o comportamento em termos de contexto
(ambiente físico e social), onde o indivíduo está integrado ao social e vê o
indivíduo como uma entidade unificada e coerente. De acordo com a teoria
Adleriana, o que determina o nosso comportamento não é o mundo real, mas a nossa
concepção do mundo. Os seres humanos moldam as suas próprias personalidades e
não se limitam a ser impotentes e governados por forças externas. A busca pela
perfeição como fator motivacional humano é um dos pontos enfatizados por Adler.
O próximo texto faz referência a um psicólogo nosso contemporâneo e
ainda pouco conhecido, Robert Cloninger.
ROBERT CLONINGER E O ENFOQUE DA IRRACIONALIDADE NO CONSUMO DOS RECURSOS
Este personagem entra na lista, por puro merecimento. Vamos situá-lo no
cenário da psicologia.,
9)PADC). Claude Robert Cloninger, (1944- ), doutor em Medicina, psiquiatra e geneticista,
conhecido por sua pesquisa pioneira sobre as bases biológicas, psicológicas,
sociais e espirituais da saúde e da doença mental. Professor de Psiquiatria e
Genética e diretor do centro do Bem-estar da Universidade Washington em Saint
Louis. Membro dos programas de genética estatística e de neurociência da
Divisão de Biologia e Ciências Biomédicas da Universidade Washington. Autor de
Feeling Good: The Science of Well-Being (Sentido-se bem, a ciência do bem-estar)
(Oxford University Press). Diretor da Fundação Anthropedia. Autor de mais de
250 artigos indexados no PUBMED. Este psicólogo separa a consciência da
personalidade. Eu, sei por que ele teve uma sucinta biografia aqui,
O texto a
seguir é o resumo do artigo: A importância
da consciência ternária.
10)PADC). [... Os seres humanos evoluíram em etapas, de
modo que nossa consciência desenvolveu três componentes centrais – aprendizagem
processual de hábitos e habilidades, aprendizagem semântica de fatos e
proposições e autoconsciência de uma identidade que se desenvolve ao longo do
tempo e do espaço. Consequentemente, a consciência humana implica o crescimento
de nossa subjetividade, integrando esses três aspectos da aprendizagem e da
memória. A psiquiatria contemporânea é substancialmente comprometida por um
viés antiespiritual que está implícito nas abordagens operacionais de
diagnóstico, pesquisa e tratamento. ...].
11)PADC). [...O funcionamento saudável requer o
desenvolvimento da autotranscendência, além do autodirecionamento e da
cooperatividade. Sem a autotranscendência as pessoas estão consumindo mais
recursos do que a terra pode repor. A busca do bem-estar individual, na
ausência do bem-estar coletivo, é uma ilusão autodestrutiva. Consequentemente,
a psiquiatria contemporânea precisa centrar sua atenção na compreensão da
consciência humana por meio de uma via ternária equilibrada, em vez de tentar
reduzir as pessoas a objetos materiais separados...].
Finalmente vamos ao caso de Stanislav Groff:
STANISLAV GROFF (1931-???)
12)PADC). Psicologia Transpessoal e
Stanislav Grof,
publicado em 16 de fevereiro de
2009 por antoniovaszken.
["A Psicologia Transpessoal visa integrar os
conceitos da ciência ocidental com os conceitos das ciências orientais.
Considera a espiritualidade um aspecto fundamental do humano, sem a qual
pode-se viver de uma maneira bastante doente, tanto individual quanto
coletivamente. De uma maneira geral, o que a Transpessoal tem a trazer de novo é uma
noção de que o ser humano é multideterminado. Não somos apenas aquilo que a
nossa história pessoal nos moldou, nem somos apenas o que o ambiente nos
condicionou. Também não somos apenas seres que tem instintos, valores, crenças,
razão e emoção, e que vivem numa luta constante em busca de equilíbrio. Somos
tudo isso, sem dúvida! Somos também seres que estão ligados a uma inteligência ou
consciência muito maior e mais complexa do que a humana. O que também nos
determina ou influencia é uma ligação com essa consciência. Tal conexão não é
condicionada por nossa criação ou educação. A ausência de sentimento de tal
conexão pode levar uma pessoa a se tornar viciada em substâncias tóxicas, em
comportamentos obsessivos, a ser extremamente ansiosa, entre outras coisas.
Fazemos parte de um contexto maior do que o humano. Somos parte de um
ecossistema de seres que também são dotados de consciência, como os animais,
plantas, processos físicos e químicos dos quais muitas vezes não temos o
conhecimento de como ou por quê acontecem. Essa visão ampliada está cada
vez mais se mostrando verdadeira e cientificamente comprovada, ao mesmo tempo
que modifica ligeiramente aquilo que se entende por rigor científico. Aquilo
que antes era considerado impossível de ser replicado, atualmente é mais aceito
de ser incluído na lista do que se compreende como Ciência. Por exemplo,
experiências místicas ou religiosas com potencial curativo, e integrador.
Estudos sobre paranormalidade, levando em conta aspectos qualitativos, que
ultrapassam e ampliam a zona de normalidade previamente estabelecida. Espiritualidade
não é o mesmo que religião, não segue doutrinas e não necessita de templos.
Seus parâmetros de saúde e bem-estar são ampliados, no sentido de ver o ser
humano um ser capaz de se auto realizar e ter acesso a experiências
transcendentes, profundas e transformadoras"]. Agora, depois que os leitores tomaram conhecimento da visão de Stanislav
Groff sobre a psiquê humana, e da leitura que este psicólogo faz da essência do
homem, leitura focada em sua consciência, ficará mais fácil, o leitor pouco
afeito aos imbróglios da existência, entender os questionamentos que faço sobre
minha existência! Espero que sim!
Agora, um neurocientista para completar e finalizar a lista:
ANTÓNIO DAMÁSIO
13)PADC). António Rosa Damásio, (1944- ), é um médico e neurocientista
português. Sendo professor na "University of Southern California".
Ele publicou o livro “o Erro de Descartes”, causando mudanças nas ideias das
pessoas, ao entenderem a conexão existente entre a razão e a emoção. Numa
entrevista ele diz textualmente: A
consciência é uma grande peça sinfônica. Podemos dizer que ela é o principal ingrediente
da mente, que, ao contrário, seria apenas cérebro, capaz de poucas operações
básicas. A mente consciente, ao invés, tem diversos níveis de "si": o
"eu primordial", o "eu nuclear", o "eu
autobiográfico". Nós compartilhamos com diversos animais um tipo de
consciência muito simples, que pode ser distinguida com o termo senciente. Em
inglês, equivale à consciência, mas, para sermos mais precisos, é a condição de
ser senciente. De fato, é um termo mais antigo do que consciência, deriva do
latim “sentire". Este é substancialmente um "eu primordial", que
permite ter sensações como sentir dor e prazer, mas não refletir sobre essas
sensações.
A LUZ DA PSICOLOGIA
14)PADC). Nossos estudiosos da psiquê humana já disseram tudo sobre a personalidade e a consciência. Dentro da neurociência fico
com António Damásio da “University of Southern California, e na área
da psicologia fico com o Stanislav Groff, aquele da psicologia
transpessoal. Mesmo porquê, não é necessário ser nenhum
psicólogo, para perceber a dicotomia existente nessa área a
diferença existente entre consciência e personalidade é uma
realidade tangível. A ausência da personalidade e a presença da
consciência é facilmente observada nos loucos! observe um
esquizofrênico profundo, ele perde completamente sua
personalidade, restando no seu “eu” o comportamento dos
instintos inatos, moradores naturais e representantes de sua
consciência, como o ódio, a alegria, o ensimesmamento, o
instinto de defesa, principalmente, o instinto de posse e
territorialidade, instintos primitivos adquiridos quando ainda
hominídeo, como “homo erectus”, quando engendrou o machado
acheulense! Portanto, há mais de dois milhões de anos!
15)PADC). Sabemos que o homem é especial, e que em relação aos outros animais
ele é especialíssimo, mas, diante do universo ele torna-se uma minúscula
infinitude. Como “Ser” que evolui, está somente no início, pois, não alcançou
ainda o ápice de sua evolução, nem material nem espiritual! Tudo que nós julgamos
e classificamos como certezas, num julgamento mais lógico e racional, veremos
que na realidade são na sua essência, somente dúvidas e nada mais. Tomemos como
exemplo o caso do que nominamos de “morte”, que desde tempos imemoriais, nós,
os pensantes dizemos que é nossa única e maior certeza! Ora! Se cada um de “per
se” enquanto crer nisso ainda estiver vivo, claro, que é uma verdade! Mas, como
podemos ter certeza de que depois da sua, e da minha morte, nós não
continuaríamos vivos e existentes na forma de energia e consciência? Portanto,
essa tão apregoada certeza, não passa de uma dúvida. Naturalmente, que me
refiro à morte do corpo físico, que provoca um “off” na nossa consciência
enquanto, seres materiais e vivos! Quanto a nossa relação com o mundo físico,
nada sabemos se depois de mortos se persistiria ou existiria uma relação com um
mundo físico e existencial, enquanto mortos. Eu não entendo a essência do meu
“Eu”, como produzida pelo meu corpo físico”, considero meu “Eu” como minha
consciência, senão, depois de morto, já no caixão eu poderia escrever um poema
de despedida! Coisa que não poderei fazê-lo, porque minha consciência já está
separada do meu corpo físico, e este, já morto, mesmo assim, isto não prova que
minha consciência esteja morta! (1). Portanto, o fato da tão
apregoada certeza da morte, seria mais uma dúvida que uma certeza! Lógico, pelo
menos perante o de cujus quando já morto! O certo é, que não podemos ter uma
certeza fundamentada numa dúvida! Ora! Mesmo depois de meu corpo físico estar
morto, minha consciência pode estar viva e funcionando! E, portanto, posso
estar vivo como consciência! Então, mesmo depois de morto, eu posso continuar
como consciência, e estar vivinho da silva, e como energia ser um
"Ser" eterno, adquirindo um novo entendimento da passagem que
entendemos enquanto “vivos”, como sendo a “vida”. E se enquanto mortos, nada
soubermos sobre as práxis da “vida”? Vixe! A danada da dúvida teima em não me
abandonar. E, se enquanto mortos, nada soubermos do que seja a vida "enquanto
vivos" aqui nessa bolota de terra?
16)PADC). Sendo os seres sencientes, e não somente o homem! O universo tomando
conhecimento de si próprio! Portanto, como o universo é feito de dúvidas! As
consciências dos sencientes, como são o próprio universo! Este mesmo universo
seria portanto, feito unicamente de dúvidas. A física quântica só fez reforçar
a minha visão nessa proposição filosófica. A física relativista também, veja o
caso da gravitação dentro das galáxias! Que antes da criação do duplo escuro
era uma dúvida para a ciência. Só é possível existir os braços nas galáxias
espirais, se no decorrer da existência de uma galáxia espiral como a nossa, o
seu diâmetro estiver por atração de forças gravitacionais centrípetas agindo no
sentido radial! Agindo em oposição às naturais forças centrífugas radiais de um
objeto em rotação. Força esta, que faz nosso planeta ser achatado nos pólos e
"engravidado" na zona equatorial! Agora descobri, porque uma
mulher prenha, diz-se "grávida". Isto, posto e estabelecido, tomamos
consciência de que nossas consciências também, sem dúvida, são feitas da mesma
cepa de que é feito o universo! Portanto, também são feitas de dúvidas. Fica
mais fácil entender as proposições e fundamentos desse ensaio! Se se
considerarmos o nosso “Eu” ou nossa personalidade e que alguns chamam de nossa
consciência” como entidades díspares e separadas. Isto, torna-se necessário por
que num momento, como consciência, somos o agente da ação, noutro momento, como
personalidade, somos resultado e consequência dessa ação de aprendizado! Aqui,
tento transformar algumas dúvidas em insuspeições temporárias, ou em coisas
aparentemente não duvidosas, mas, que continuarão para nós pela eternidade a
fora, enquanto estivermos vivos, sendo insuspeitadas dúvidas, embora com ares
de certezas suspeitas, que de forma alguma são certezas absolutas. Embora
pareçam certezas, nada mais são que dúvidas! Para facilitar a compreensão do
que aqui será proposto e tentado explicitar, vou separar os diversos
raciocínios que envolvem o assunto numa lista que chamaremos de arrazoados:
OS ARRAZOADOS
17)PADC). Sobre algumas dúvidas que nalguns momentos concebemos
conscientemente como certezas. Aqui faço um estudo de suas dicotomias.
A. (1) da
objetividade e da subjetividade do universo.
Existem dois
universos, um objetivo e outro subjetivo, o universo objetivo, conhecido
pelo menos por nossos instrumentos, e o universo subjetivo e desconhecido,
este, seria o universo que ultrapassa os 13.81 Ga.
A. (2) da dinâmica
e da estática.
Nada no universo é
estático! Embora não possamos ter certeza! No universo os únicos locais onde
existe uma provável estaticidade seria no centro dos buracos negros e no centro
de uma singularidade, embora, estas dois entes, continuem sendo duas
dúvidas.
A. (3) A certeza e
a dúvida sobre qual a energia que forma nossa consciência? Temos certeza de
que nossa consciência é feita de energia, mesmo com a dúvida que nos acompanha
sempre sobre a assunto, energia essa, supostamente representada por 100 % do
que é feito o universo. De matéria ou de barro é que ela não é feita. Como a
energia de que é feita nossa consciência, ainda é desconhecida! Na verdade, não
sabemos se esta energia é oriunda das quatro forças fundamentais, ou mesmo
somente do eletromagnetismo, ou se tem origem em alguma força ou partícula
ainda ausente do Modelo Padrão. Sabemos que a consciência existe, isto nós
sabemos! Mas ela não deixa de continuar gerando dúvidas.
A. (4) da matéria
e da energia. Temos certeza de
que o nosso corpo físico é feito da mesma “cepa”, ou matéria de que é feito o
nosso universo, onde somente quatro por cento é feito de matéria. Na realidade,
o que chamamos de matéria não é matéria, pois já sabemos que a matéria em sua
essência, é feita por cem por cento de energia, conforme E=mc² daí advém mais
uma dúvida.
A. (5) a essência
da consciência estaria no cérebro? Ou ela seria extracorpórea? Nossa
consciência, é certo que não está essencialmente no estado material. Isto não
nos livra de uma dúvida, pois, não conhecemos sua essência, muito menos, onde
ela faz sua morada. Se no cérebro! Ou em Cloud?
A. (6) a dúvida da
origem do “eu”. Tudo de que sou
feito, inclusive minha consciência na forma de energia é feita da mesma matéria
prima de que é feito o universo. Por isso, eu disse acima que a consciência é
feita de energia, mas, filosoficamente deduzimos que o universo é feito de
dúvidas. Onde ficamos? Posso propor uma solução simplista para o Arrazoado (6)!
Dizendo! Que, o que chamamos de dúvidas e de "coisas" desconhecidas!
Elas o são! Unicamente existentes como dúvidas e desconhecimentos, devido ao
nosso atual e baixo grau de evolução espiritual! Vixe, se o
"espiritual" causou algum incômodo, podemos, ambos os dois, leitor e
este escriba, mudar o verbete "espiritual", para o verbete
"entelequial". Vixe! Ficou melhor?
A. (7) veja o
arrazoado (2). Se temos certeza
de que nosso corpo físico obedece ao arrazoado (2), podemos admitir que nossa
consciência também seja dinâmica. Somente admitir. Estática é que ela não é!
Ela movimenta o mundo dos animais sencientes.
A. (8) a
similitude e a repetição.
Nosso conhecimento
evolui sempre, tendo origem no universo, ele sempre se referirá ao universo.
Por mais que criemos outros universos, paralelos e outras frescuras, sempre nos
referiremos ao (nosso), universo. O universo donde somos oriundos estará sempre
dentro de nosso universo consciente, embora prenhe de dúvidas, as dúvidas no
universo aumentam na mesma proporção do aumento do conhecimento sobre este
universo, dúvidas estas, adquiridas pelas consciências ao analisar sua origem,
que possui a mesma origem no universo, e no conhecimento, uma origem nas
origens! Portanto, uma maiêutica que nos leva ao eterno retorno do estoicismo,
mais recentemente Nietzsche, dá uma analisada nesse relógio universal que ele
chama de "ewige wiederkunft", em A Gaia Ciência.
A. (9) um
contraponto ao arrazoado (8), nossa consciência tem origem no universo? Ou o
universo se origina em nossa consciência? Como a nossa consciência é
imanente ao universo, somos a representação do universo como consciência.
Assim, como o nosso corpo físico é o universo, embora nosso corpo físico não
seja nossa consciência! Nossa consciência é que dá forma ao nosso próprio
universo! Pois, só tomamos conhecimento de nosso universo através de nossa
consciência. No que podemos deduzir que nossa consciência é tudo, inclusive
nosso universo.
A. (10) a
centralidade de tudo!
A consciência nos
diz que somos o centro de tudo? Ou tudo estaria concentrado em nossa
consciência?
Existem arraigadas
na consciência humana muitas dúvidas tomadas como certezas! A de que existimos
de forma material e a de que tudo em volta se irradia de nós, ou seja, tomamos
nossa consciência como o centro do universo. Sendo ambas, as mais absolutas incertezas tomadas como certezas.
A. (11) a proposição de Pascal, e os
limites.
O universo de
duplo infinito de Pascal, de forma objetiva só seria válido para a época em que
Pascal viveu, (1623-1662). Onde os infinitos não possuíam limites. Mesmo na
matemática isto só foi possível com a renormalização dos infinitos, concebida
por Joseph Lagrange, (1736-1813), utilizada hoje pela teoria dos campos. Pascal
desconhecia, portanto, as lagrangeanas. A seta no sentido do micro, na física
moderna na escala de 10-33 cm de Calabi-Yau é tida como limite
da estrutura do microuniverso proposto nas “cosmic string”. Sendo que a escala
de 1028 cm representa toda dimensão e limite de nosso
macrouniverso visível, mas, não o limite visível de nosso universo concebível.
A. (12) as duas direções da seta da
escala.
A seta referida no
arrazoado (11), na direção do microuniverso continua indefinida. Assim como, a
seta no sentido do macrouniverso, (além do campo profundo), sendo este um
limite ainda desconhecido pela ciência, se é que ele existe! Este limite do
universo conhecido é estimado e admitido como sendo de 13.81 bilhões de anos
luz, que é igual a 1028 cm, além desse limite a ciência o
nomina de universo invisível, ou desconhecido. Portanto, o que passar desse
limite, é teoria e dúvida. Lembrar que a NASA nos propõe dois universos! Um
conhecido e outro desconhecido, esse último existindo além do campo profundo.
Filosoficamente, nesse sentido a seta é infinita, no sentido oposto o limite
proposto é a escala de Calabi-Yau, além disso, nem teoria há nesse sentido para
estabelecer o limite do micro. Portanto, o que passar do limite, de 10-33 cm
é teoria e dúvida. À exceção da escala de Planck de 10-35 cm,
que está abaixo da escala de Calabi-Yau. Sendo ainda uma teoria, assim, a
escala de Calabi-Yau não nos tira da dúvida.
A (13) o
crescimento do conhecimento dos “sapiens”.
Nessa área é
incoerente generalizar, temos que pontuar. Na proporção que a episteme humana
se desenvolve, mais cresce o setor desconhecido e ainda a ser pesquisado, junto
com este setor, cresce as dúvidas, fora as que vem junto com o novo
conhecimento. O crescimento do conhecimento adquirido por um “sapiens”,
racionalmente é tido como infinito, como sua consciência, ou no mínimo esse
conhecimento crescerá enquanto durar a sua existência, como espécie. Aqui ficou
pretensamente estabelecido que as dúvidas dos “sapiens” prevalecem sempre, e
crescem enquanto ele estiver vivo, salvo se sua consciência continuar viva
quando ele já estiver morto.
VAMOS AOS PAIS DA FILOSOFIA OCIDENTAL,
AQUI NÃO TRATAREI DA FILOSOFIA DOS MESTRES
CONFÚCIO E LAO TSÊ, ESTES, MERECEM UM ENSAIO A PARTE
(Sempre me
perguntei porque, no ocidente se divulga tão pouco do pensamento dos Mestres
Orientais (Confúcio e Lao-Tsê. 600 aC.)
18)PADC). Explanados
estes singelos arrazoados, ou pontos de vista, pois, eles não são nem leis nem
teorias. Agora tentaremos conhecer as fases que chamamos de vida racional ou
consciência vivencial, e de morte ou inconsciência, isto, se a consciência
morrer ou desaparecer com a morte do “sapiens”. Nos reportando aos gregos vemos
que, os gregos viam a consciência como algo separado do organismo. Mas, a
chamavam de pensamento, e viam este pensamento como algo próprio da
personalidade do indivíduo. Num diálogo de Sócrates, e seus pares no Fédon,
pouco antes de sua morte, isto fica evidenciado. Notavelmente, os filósofos que
viveram há 24 séculos na Grécia, conheciam as imperfeições dos sentidos do
corpo físico, e buscavam aperfeiçoar as qualidades do espírito, coisa que o
grosso da humanidade atual faz exatamente o contrário. As academias do espírito
caíram em desuso e no esquecimento, nosso maior exemplo são as academias que
existiam na Grécia antiga, e que não existem mais. O que levaria um povo que
moldou a cultura do ocidente, hoje viver da esmola da (UE) União Europeia!
Analisem bem o assunto: (GRÉCIA). O problema grego merece um cuidadoso estudo,
pois reflete o embate entre a direita e a esquerda na Europa. Quando na
realidade trata-se de um "perceber", ambas as ideologias percebem a
outra de forma diversa em suas percepções, quando na realidade são duas
idiotias exatamente iguais. As academias do corpo físico pululam no planeta
como os vermes num cavalo morto. O homem ao matar o espírito! Inevitavelmente,
pouco tempo depois, virá o desaparecimento da espécie! A humanidade não
sobreviverá sem as qualidades naturais do que se chamou de moral espiritual,
durante toda a existência do homem! O homem sempre teve a escolha de praticar o
bem ou o mal! E ao que se pode deduzir conforme Stepen Pinker, o bem
prevaleceu! Senão, a humanidade já teria desaparecido dentro da própria
maldade. Ela só chegou aos dias de hoje porque a taxa do bem sobrepujou a taxa
do mal. Aquele que viesse a contradizer tal proposição? Seria reconhecido e
tomado como um tolo e apologista do mal! Portanto, sua contradição não teria
qualquer valor. Primeira prova de que o "bem" prevaleceu!
O PENSAMENTO GREGO
NO FÉDON A RESPEITO DA CONSCIÊNCIA, QUE ERA CHAMADA DE “PENSAMENTO”, QUE CESSA
COM A MORTE
19)PADC). Vou citar um pequeno trecho do Fédon, quando Sócrates já próximo de
beber a cicuta dialogava com seus discípulos e colegas. Melhor que isso, vou
juntar depois da transcrição destes curtos textos do Fédon, um link do Fédon,
considerando que poucas pessoas já leram o Fédon! Na realidade, depois do
notebook, do tablet e do smartphone, a maioria não lê nem os folhetos de
propaganda distribuídos gratuitamente nas ruas, muito menos jornal, livros! Nem
falar! Sendo muito difícil filtrar o joio do trigo no sistema de informação
atual. Vou transcrever “ipsis litteris” uns textos dessa área da filosofia que
trata da morte, assim, os leitores poderão analisar o que ali é exposto e
proposto, e praticar um pouco de filosofia pura, tirando suas próprias
conclusões sobre as razões de Sócrates e de seus discípulos, principalmente
conhecer como pensavam aquele grupo de homens sobre a “morte”, há dois mil e
quatrocentos anos, e sobre o espírito ou alma e consciência que chamavam
de pensamento, aqui damos atenção principalmente as palavras de
Sócrates, que era o condenado a enfrentar Thânatos. Alguns vão pensar! Movér já
entrou ou está na idade e fase de se preocupar com a morte, no entanto, há
muitos anos escrevi um ensaio sobre a “MORTE E A VELHICE”, este ensaio
está postado nesse Blog, portanto, não se trata disso, pois trata-se
justamente do contrário, eu como um “ser” que analisa, estou convencido pelo
resultado dos meus estudos sobre a existência, não da minha existência, mas da
existência da “vida”, onde aprendi através de análises dos fundamentos, a que
nomino de “estudos” assim, em meus singelos estudos sobre este assunto,
estudos extremamente complexos, que me levaram a entender e a crer
piamente na minha pequenez como “Ser” que pensa! - Primeiro, nós não somos
absolutamente o que pensamos que nós somos, nem tampouco o universo é o que nós
pensamos que ele seja. - Segundo, na essência, não existimos como seres
materiais, esta visão é criada por nossa mente, o corpo material existe, ele é
exatamente o que é chamado! “Corpo material” e nada mais! Mas, ele não possui
nossa essência. - Terceiro, a segunda proposição se fundamenta também na
verdade contida em E=mc², desde quando, ela seja verdadeira. - Quarto,
sendo o universo feito unicamente de energia, de que seríamos feitos então!
- Quinto, a essência do homem atual está expressa com todas as letras em
Ecles. 1:2 - Sexto, o que a maioria dos homens pensam não merece
atenção, são uns idiotas atrás de pecúnia, eles tentam enganar até a si mesmos.
- Sétimo, cabe a cada um, analisar e descobrir a essência de si
mesmo. - Oitavo, então o “Ser” descobrindo a essência do seu “Eu”,
descobre calma e suavemente a plenitude e a infinitude do “Desconhecido”.
Vamos agora aos pequenos textos do Fédon.
este com o título atual
de:
A MORTE COMO
LIBERTAÇÃO DO PENSAMENTO
20)PADC). [... Deixa-o falar – prosseguiu Sócrates – A vós,
entretanto, que sois meus juízes, devo agora prestar-vos contas, expor as
razões pelas quais considero que o homem que realmente consagrou sua vida a
filosofia é senhor de legítima convicção no momento da morte, possui esperança
de ir encontrar para si, no além, excelentes bens quando estiver morto! Mas
como pode ser assim? Isso será, Símias e Cebes, o que me esforçarei por vos
explicar.
Receio,
porém, que, quando uma pessoa se dedica à filosofia no sentido correto do
termo, os demais ignoram que sua única ocupação consiste em prepara-se para
morrer e estar morto.
Se isso é
verdadeiro, bem estranho seria que, assim pensando, durante toda vida, que não
tendo presente ao espírito senão aquela preocupação, quando a morte vem, venha
a irritar-se com a presença daquilo que até então tivera presente no pensamento
e de que fizera sua ocupação. ...].
DA CONSCIÊNCIA OU
ALMA, SER IMORTAL
Página 131
21)PADC). [... Assim que Sócrates terminou de falar, Cebes tomou a palavra e
disse: -
- Sócrates,
tudo que acabas de dizer me parece correto. Só há uma coisa que será
inacreditável para os homens: o que disseste a respeito da alma. Porque os
homens imaginam que quando a alma é separada do corpo, não esteja em lugar
algum, ou que, no mesmo dia que o homem morre, é destruída e perece, e que a
partir do momento dessa separação, foge do corpo e se dissolve como um vapor
que se esvai e não existe em parte alguma. Razão pela qual, se subsistisse
sozinha, recolhida em si
Continuando
na página 132,
mesma e
liberta de todos os males de que nos falaste, seria uma grande e bela
esperança, Sócrates, de que tudo o que nos disseste fosse real. Mas que a alma
vive após a morte do homem, que age e pensa, é o que necessita de explicação e
provas concretas.
- Tem razão, Cebes – respondeu Sócrates. - Mas como as
obteremos? Queres que, nesta nossa conversa, analisemos se é possível ou não?
- Apreciaria muito – respondeu Cebes – ouvir o que pensas sobre isso.
- Ao menos – disse Sócrates – não existiria ninguém, nem
mesmo um
poeta cômico, que, ao ouvir-me agora, declarasse que sou um charlatão e falo a
respeito de coisas que não me interessam. Se esta é a tua opinião, devemos
analisa-la bem. Veremos, em princípio, se as almas dos mortos se encontram ou
não no Hades. É uma opinião muito antiga que as almas, ao deixarem este mundo,
vão para o Hades, e que dali voltam para a Terra e retornam à vida após haverem
passado pela morte. Se é assim, e se os homens após a morte regressam à vida,
deduz-se necessariamente que as almas estão no Hades durante esse tempo, porque
não voltariam ao mundo se não existissem, e isso é uma prova de que existem, já
que os vivos nascem dos mortos. Se não for assim, será necessário procurar
outras provas.
- Concordo – disse Cebes.
- Mas – acrescentou Sócrates, - para termos certeza dessa verdade, não
basta analisar os homens entre si, e sim em relação com os animais, com as
plantas e com tudo aquilo que nasce. Desse modo observar-se-á se todas as
coisas nascem da mesma forma, isto é, de suas contrárias, quando possuem
contrárias. Por exemplo, o belo é o contrário do feio, o justo do injusto e
assim por diante. Vejamos, então, se é absolutamente necessário que as coisas que possuem seu contrário nasçam
desse contrário, como quando uma coisa cresce é necessário que haja
sido menor para depois crescer.
- Sem dúvida.
- E quando se torna menor, é necessário que haja sido maior para ter podido
diminuir.
- Certamente.
Continuando na página 133,
- De igual maneira, a força provém de debilidade, e a rapidez da
lentidão.
- Correto.
- Então, quando algo se torna pior, não é porque antes era melhor? E
quando se torna mais justo, não é porque antes era mais injusto?
- Logicamente deve ser assim, Sócrates.
- E entre esses dois contrários não existe sempre um nexo, gerações de
um ao outro e do outro ao um?
Continuando
adiante na mesma página 133
Diz Sócrates:
- O mesmo acontece com aquilo que se chama mesclar, separar,
Esquentar, esfriar, e todas as outras coisas. E ainda que às vezes não
tenhamos palavras para exprimir essas transformações, vemos que pela
experiência que as coisas nascem umas das outras e passam por meio de um
intermediário.
- Sem dúvida.
- Então – indagou Sócrates -, a vida também possui seu contrário, como o
sono e a vigília?
- Com certeza – respondeu Cebes.
- Qual o contrário da vida?
- A morte.
- e essas duas coisas, por conseguinte, não nascem uma da outra pelo
fato de serem contrárias, e não há entre elas duas gerações?
- Correto.
22)PADC). Transcrevi estas duas páginas do Fédon para que os leitores às
apreciassem e tomassem gosto pelo conteúdo dos diálogos de Sócrates com seus discípulos
e amigos, onde Sócrates trata da imortalidade da alma. Portanto, da permanência
eterna da consciência. Esses diálogos foram registrados por Platão, onde se
inicia com Fédon relatando a Eqrécrates, o acontecido, e depois Sócrates
dialoga com Críton, Cebes e Símias, e já no fim do texto, Fédon com Equécrates.
Os diálogos do Fédon são longos, indo da página 115 à página 190, eles
ocorreram nos dias que antecederam a morte de Sócrates. Portanto, aqueles que
não os possuírem em casa podem seguir o link abaixo, e lê-los integralmente.
Quando abrir o arquivo em PDF, no título aparecerá:
PLATÃO*O
BANQUETE*FÉDON*SOFISTA*POLÍTICO*. No entanto trata-se somente do texto de
Platão no FÉDON, com 73 páginas
Mãos à obra!
23)PADC). Voltemos ao nosso “tema/assunto”, a Consciência.
Só estaremos
próximos da verdade sobre a consciência, se entendermos o que
realmente somos, embora desconheçamos o que somos! Mas, antes de sabermos o que
somos, temos que descobrirmos o que somos como consciência, ao conseguirmos
isto, o conhecimento de tudo, aflora como a luz num dia ensolarado. Assim, não
somos, o que pensamos que nós somos. Isto não é tão difícil de compreender. Os
filósofos no geral, são discordes quanto a maneira de abordar o tema
“consciência”, vamos ver essa verdade, tomando conhecimento como os filósofos
tratam o tema consciência em seus pronunciamentos sobre o “Ser” pensante e
consciente. Nalguns casos é somente um “caso” de semântica, pois, é natural que
o diacronismo semântico altere o sentido de algumas proposições com o decorrer
dos séculos. E as traduções não ajudam! Mas, nem sempre é assim, na maioria dos
casos é discordância pura e simples mesmo. Alguns filósofos, mesmo quando
contemporâneos foram discordes, quanto ao tema. Sendo impossível
citar todos os filósofos que trataram do tema, só citaremos alguns, e
aleatoriamente. O que ninguém quer enfrentar, é a verdade de que, nossas
crenças não possuem nenhum valor diante da potência da existência da
consciência no que chamamos de “vida” humana! Um verdadeiro mistério para o
entendimento do “sapiens” atual, inclusive para a profunda análise que os
filósofos desenvolveram através dos séculos sobre o tema. Se assim, não fosse
todos seriam concordes sobre o tema consciência. Digam o que quiser e puder, a
neurociência, a química, a física, a cosmologia, a psicologia, a filosofia e as
religiões em todos os tempos. Atualmente, simplesmente não sabemos o que é a
vida! Tudo que se disser a respeito no atual grau de desenvolvimento desse
mesmo “sapiens”, não passará de teorias! Se até mesmo a física quântica, não
sabe de que são feitos os quarks, que são a base de tudo que forma o universo
material! Como saber o que é a vida que em nós os “sapiens” é o coroamento e o
ápice de tudo que representa um organismo material e inteligente! Sendo a vida
consciente uma mínima parte do tudo, e ao mesmo tempo uma partícula ínfima
desse mesmo universo tomando conhecimento de si próprio.
COMO UTILIZAMOS A
MENTE PARA PENSAR
OS FILÓSOFOS (1)
Vamos à Immanuel
Kant: 1724-1804
24)PADC). Este ato de síntese de Kant analisa em doze princípios, “categorias”
ou leis de pensamento. As categorias são para o entendimento aquilo que o tempo
e o espaço são para a consciência. Incluem noções como qualidade, quantidade e,
notavelmente, causalidade. O mundo externo é assim o produto de sensações
condicionadas pelas formas de consciência e associadas pelo pensamento segundo
suas próprias leis. Consiste de impressões, phenomena; mas as causas dessas
impressões, noumena, entidades em si, se situam além dos limites do conhecimento
e não podemos, com a ajuda da razão apenas, além das impressões, chegar à
verdade absoluta, pois a razão leva a certas contradições insolúveis, ou
antinomias, como a impossibilidade de conceber o espaço, limitado ou ilimitado.
Mas onde a metafísica falha, a razão prática vem em nosso socorro. A
consciência moral aceita certos “imperativos categóricos”, como “não mentirás”.
A partir daí, segue-se a convicção de que o homem é de certo modo livre, de
crença na imortalidade (porque a autorrealização dentro de qualquer período
finito é impossível) e de crença em Deus. Somos impelidos pela característica
de nossas mentes a ver um desígnio. E uma “boa vontade”, uma consciência que
controla habitualmente a participação numa comunidade ideal de seres racionais,
garantia única de que a existência do homem pode ter um valor absoluto. Embora
as vantagens resultantes da obediência a certas leis morais particulares possam
ser demonstradas, a obrigação moral em si é um imperativo categórico, algo que
sentimos que não podemos explicar. Segundo Kant, é algo que vem de nós,
puramente humano. Algo que nos diz: deves proceder desta ou daquela maneira;
deves proceder corretamente. De onde vem este “tu deves”? Não da natureza, a
natureza oferece fatos, mas nenhum dever moral. Do entendimento? O entendimento
conhece ideias e desconhece mandamentos imperativos. As pessoas chamam a esse
“tu deves” de “voz da consciência”. Para Kant, era o imperativo categórico.
Então...
Observe em Kant
quando ele diz: Pois a razão leva a certas contradições insolúveis, ou
antinomias. Quando a consciência é levada a seus níveis menores.
OS FILÓSOFOS (2)
Vamos à Baruch de Espinoza: 1632–1677
25)PADC). As coisas, diz Espinoza, não são como no-las
apresenta a imaginação, baseada no conhecimento empírico; mas como são
apresentadas pela razão. Desta maneira, analisando o mundo com a razão, sabemos
que este é manifestação da substância eterna e infinita (conforme definição VI
da parte I da Ética) e, portanto, necessário. Considerar o mundo necessário
(não podendo não existir), significa considera-lo “sub specie aeternitatis”,
sob certa espécie de eternidade. Da mesma forma, se o mundo e tudo que existe é
necessário, não há lugar para uma vontade livre, uma vontade não condicionada.
Qualquer vontade é determinada por fatores conhecidos ou desconhecidos, que por
sua vez, são determinados por outros fatores, até que em determinado ponto da
sequência a vontade (ou a mente) não tenha mais controle sobre estes fatores.
Desta forma, a vontade é determinada em última instância por fatores que
desconhecemos e sobre os quais não temos controle. Portanto, para Espinoza a
vontade não é livre. Esta ideia será posteriormente retomada por grandes
pensadores como Schopenhauer e Nietzsche, que também negarão a existência do
livre-arbítrio. Como consequência deste raciocínio, Espinoza deduz que agimos
necessariamente pela vontade de Deus (ou pela vontade/impulsos da matéria). A
partir deste pressuposto (ou corolário, como escreve o filósofo) Espinoza
infere toda uma ética baseada na vontade, na compreensão dos obstáculos da
vida; separando aquilo que podemos mudar daquilo que não podemos. Toda esta
ética é baseada na constatação de que tudo que ocorre, acontece de maneira predeterminada.
Então...
Observe em Espinosa, logo no início do texto lemos: As coisas, diz
Espinoza, não são como no-las apresenta a imaginação, baseada no conhecimento
empírico; mas como são apresentadas pela razão. Logo a razão humana comanda o
espetáculo, ele se refere à razão, como nossa consciência, como a essência do
“Ser”.
OS FILÓSOFOS (3)
Vamos à Georg Wilhelm Friedrich Hegel:
1770-1831
26)PADC). Entendemos então que o que a Consciência faz é uma aparição para si
mesma, e que o que lhe aparece é somente ela mesma, portanto, sua verdade. Com
isso, temos que a Fenomenologia do Espírito, em contraposição à tradição
filosófica anterior, é uma abordagem do fenômeno – mais propriamente, do saber
fenomenal – não como uma simples aparência que não fornece a verdade da coisa,
mas como algo essencial à verdade, como a verdade em sua forma manifesta. Ou
melhor, como o primeiro passo na construção da verdade, já que esta só é em sua
totalidade, segundo Hegel. Embasado nessa necessidade do aparecer da verdade da
Consciência, Hegel inicia a Introdução de sua obra criticando a própria
necessidade de uma crítica do conhecimento, realizada pela tradição filosófica
antecedente. Uma crítica do conhecimento, que, em geral, ora o toma como um
instrumento para nos apoderarmos da verdade, ora como um meio para contempla -
lá, apesar de parecer ser uma precaução sensata contra o erro, se faz
desnecessária. Ao tomar o conhecimento como um “algo dado” (tanto faz se um
instrumento ou um meio) para alcançar a verdade, ela pressupõe o conhecimento
como uma representação, ou seja, como algo não natural à Consciência, mas sim
diferente, separado dela e, por conseguinte, separado da verdade. Mas na
abordagem hegeliana a verdade já está presente desde sempre no conhecimento.
Segundo sua concepção do fenômeno como a forma manifesta da verdade (em seu
modo mais “natural” de manifestação) da Consciência, o conhecimento só pode ser
conhecimento da verdade, e ele ocorre de forma natural, pela necessidade
própria que Consciência tem de se manifestar. Sendo assim, a crítica do
conhecimento é um engano. O que era uma precaução contra o erro acaba se
desvelando como o próprio erro. Essa precaução se traduz por um temer, por um
desconfiar do movimento que a verdade realiza em seu aparecer; e esse é o
verdadeiro erro. Esse movimento do aparecer da verdade é o movimento da
construção da ciência. Essa é a ciência da verdade da consciência, pois,
segundo Hegel, a verdadeira figura em que a verdade existe só pode ser no
sistema científico.
Então...
Observe em Hegel, também logo no início do texto: Entendemos então
que o que a Consciência faz é uma aparição para si mesma, e que o que lhe
aparece é somente ela mesma, portanto, sua verdade. Com isso, temos que a
Fenomenologia do Espírito, em contraposição à tradição filosófica anterior, é
uma abordagem do fenômeno – mais propriamente, do saber fenomenal – não como
uma simples aparência, um “noumena” ou abstração, que não nos fornece a verdade
da coisa, mas como algo essencial à verdade, como a verdade em sua forma
manifesta. Ali fica expressa a posição da consciência nos seres como uma
personalidade à parte, e não como a essência do “Ser”.
OS FILÓSOFOS (4)
Vamos à Edmund Russerl, 1859-1938
27)PADC). Russerl e o resultado esperado do método fenomenológico. À fenomenologia caberia, portanto, promover impetuosamente uma
investigação rigorosa do imenso campo da subjetividade transcendental. Movido
por seu projeto filosófico, Husserl anuncia-nos explicitamente – em A
Ideia da Fenomenologia, núcleo das "Cinco Lições" proferidas em
abril-maio de 1907 – que, com a fenomenologia, deparamo-nos com a proposta de
uma "nova atitude" e de um "novo método". A atitude
fenomenológica consiste em uma atitude reflexiva e analítica, a partir da qual
se busca fundamentalmente elucidar, determinar e distinguir o sentido íntimo
das coisas, a coisa em sua "doação originária", tal como se mostra à
consciência. Trata-se de descrevê-la enquanto objeto de pensamento. Analisar o
seu sentido atualizado no ato de pensar, explicitando intuitivamente as
significações que se encontram ali virtualmente implicadas
em cogitos inatuais, bem como os seus diferentes modos de
aparecimento na própria consciência intencional. Explorar a riqueza deste
universo de significações que a coisa – enquanto um cogitatum – nos
revela no ato intencional é o que é próprio da atitude fenomenológica, enquanto
um "discernimento reflexivo" levado a cabo com rigor. A
especificidade de tal atitude faz da fenomenologia a "ciência
clarificadora" por excelência. Já o método fenomenológico será, por sua
vez, um método de evidenciação plena dos fenômenos. Também será, para Husserl,
o método especificamente filosófico, cuja estratégia maior consiste, para o
alcance de um grau máximo de evidência, no exercício da suspensão de juízo em
relação à posição de existência das coisas. Tal exercício viabiliza, assim, a
chamada "redução fenomenológica" e, com ela, a recuperação das coisas
em sua pura significação, tal como se revelam (ou se mostram), enquanto objetos
de pensamento, na consciência intencional.
Então...
Observe em Edmund Russerl, como grande filósofo que foi, ele herdou de
Brentano, o modo de tratar a consciência como expressão ou exteriorização do
conhecimento comum do “sapiens”, no caso específico da fenomenologia, como coisa
adquirida durante a formação de sua personalidade, não como uma essência inata
e transcendental, mais, como a capacidade do pensante de conhecer e analisar os
fenômenos. Isto transparece, quando ele admite a consciência intencional. Não
se tratando aqui, do ato da “intenção”, natural nos pensantes, inclusive nos
diversos animais “ditos” superiores.
Deixemos os filósofos em sua santa paz, mas, antes disso,
um
arrazoadozinho.
UM ARRAZOADOZINHO DE NADA
28)PADC). O moderno mundo da filosofia cientificista, materialista
e ateísta, na atualidade não trata a consciência como a entidade maior do “Ser”
que pensa! Esta mudança na filosofia se deu com a ascensão do protestantismo e
a consequente queda do poder da igreja católica nas universidades no mundo,
principalmente onde se passou a ensinar filosofia, não mais sob a tutela de
Roma, foi quando a filosofia ateísta encontrou um caminho seguro para o
materialismo viajar pelo mundo. A partir do início da revolução industrial, em
meados do século XVIII, na Europa, quando o campesinato começou a se mudar para
as cidades industriais em busca de trabalho nas primeiras fábricas mecanizadas
pelas máquinas a vapor, também, tendo acesso ao conhecimento filosófico através
dos livros, cada vez mais populares. Para quem analisa essa mudança nos
posicionamentos filosóficos dos pensadores, a partir do século XVIII. Não há
como não perceber este fato. É só ver o crescimento do número de filósofos
ateus, oriundos das universidades particulares inclusive das católicas nas
principais capitais europeias a partir desse período! Neguem-no, o quanto
quiserem e puderem.
Por mais que eu tente, Da Vinci não me abandona! Ou seria eu que não
abandono Da Vinci e seus enchedores de latrinas? Sei lá!
Edimilson Santos Silva Movér
Vitória da Conquista, Bahia
09/08/2019
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